Em democracia, o difícil é conseguir tempo de antena.
Mas alguns portugueses são criativos: interrompe-se um jogo de futebol, grita-se e ameaça-se o árbitro, dá-se uns pontapés numas placas e já está. Convém assegurar previamente que a televisão lá está.
É certo e sabido que seremos convidados para dois ou três telejornais. Nessa ocasião, há que fazer render o peixe e barafustar, fazer frente a qualquer custo aos jornalistas, "esses malandros" que o povo tanto gosta/odeia e criar mais um "caso". As televisões também agradecem.
Depois, as coisas andam por si: os comentadores, os proto-comentadores, o 24 Horas, o pessoal dos cafés passarão a mensagem: o gajo isto, o gajo aquilo.
Dirão: má publicidade. Assim não se ganham eleições. Há que ser respeitável.
Meus amigos, não conhecem o povo. Amarante que se cuide. O Estádio local corre sérios riscos de passar a chamar-se "Avelino Ferreira Torres II".
A seguir com atenção o ruidoso silêncio do PP.