O espaço reduzido entre os actos eleitorais, o sucessivo abandono dos chefes, a entrega dos partidos a pessoal de segunda ou, na melhor das hipóteses, a gente impreparada, contribui para o descrédito generalizado e para a falta de confiança com que o país real encara o país político. São, cada vez mais, dois mundos separados, quase paralelos, que, como nos clássicos da
sci-fi, se cruzam de tempos a tempos para espanto e incómodo de todos.