A vitória de
José Ribeiro e Castro no
XX Congresso do CDS representa, acima de tudo, uma reacção de rejeição das bases do partido ao manobrismo aparelhístico dos caciques a que assistimos nas últimas semanas, e em que
Telmo Correia se deixou lamentavelmente enredar. Diga-se, aliás, que Telmo vale muito mais do que isso, e que se perdeu principalmente por ter demonstrado falta de vontade própria ao longo destas últimas semanas.
O CDS parece que, afinal, existe. E, embora não se prevejam facilidades para a liderança de Ribeiro e Castro, a sua vitória é um importante sinal de vida do partido que, ao contrário do que é regra universal na sucessão de líderes fortes, escolheu contra o aparelho.