Alguns dos comentários aos meus pontos anteriores sugerem que "é preciso fazer as contas". Um problema que nunca preocupa demasiado os estatistas, para quem a evocação de valores vagos e de bens intangíveis costuma ser suficiente para justificar medidas dirigistas. Por isso, o reconhecimento de que é preciso fazer as contas costuma ser um passo na direcção do liberalismo. O passo seguinte, o reconhecimento que tais contas nunca poderão ser feitas por falta de informação e legitimidade da autoridade central e por incomensurabilidade dos valores presentes na sociedade, é que é muito mais difícil.