As histriónicas reacções às declarações de Cavaco Silva fazem-me pensar que a
inércia elevada a grande princípio constitucional, típica destes lamentáveis 10 anos de Sampaio, fizeram escola, ao que parece, sobretudo com Mário Soares (que quando foi presidente da república foi precisamente o contrário da "lesmice" presidencial que agora apregoa).
A classe política e jornalística - já mal as distingo - crêem que os portugueses, neste país a desfazer-se, desejam um presidente quedo, mudo, cúmplice e (politicamente) castrado, à imagem e semelhança da mediocridade personificada que agora deixa Belém.
Veremos de que lado está a razão.