No seu primeiro ano de governo, José Sócrates governou no pressuposto de que a confiança na economia pode ser produzida pelos discursos dos governantes. Sócrates pensou que lhe bastaria falar de confiança para o povo ficasse confiante. Durante meses fartou-se de anunciar um futuro radioso cheio de investimentos públicos e privados de milhões de euros. Sócrates tem os agentes económicos em muito má conta. Julga-os idiotas ao ponto de preferirem confiar mais nos políticos do que na caixa restradora. Bastou uma semana e dois ou três relatórios de instituições independentes para tornar evidente que todo esse esforço discursivo só contribuiu para descredibilizar o governo.