«Por favor, não falem do que não sabem e deixem-nos trabalhar sobre a actualização da Terminologia, tirar conclusões da experiência em curso e tornar o ensino da gramática do português menos obsoleto e integrado nos programas actuais que, evidentemente, não sofrerão qualquer alteração. Maria Helena Mira Mateus, Professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; co-autora da TLEBS» no PÚBLICO de hoje
a)"Por favor, não falem do que não sabem" - logo a Linguística fica para os linguistas, a Justiça para o advogados e magistrados, a OTA para os engenheiros, a política para os políticos...
b)«deixem-nos trabalhar sobre a actualização da Terminologia» - se trabalhar na Faculdade tudo bem. Acontece que a TLEBS é experimentada em milhares de alunos logo não é uma questão de «deixar trabalhar» uma equipa de linguistas nos seus gabinetes e com os seus alunos universitários. É deixá-los experimentar as suas teses em milhares de alunos dos ensinos básicoe secundário
c)«tirar conclusões da experiência em curso» - se a experiência em curso se revelar um desastre quem dá explicações de português às cobaias?
d) «tornar o ensino da gramática do português menos obsoleto» - não é uma questão de ser obsoleto. É de ser adequado. A tabuada é a mesma há quanto tempo?
e)«tornar o ensino da gramática do português menos obsoleto e integrado nos programas actuais que, evidentemente, não sofrerão qualquer alteração» - vai desculpar-me mas a frase não se percebe. O ensino da gramática não estava integrado nos programas actuais? Quanto ao facto da TLEBS não implicar uma alteração nos programas das duas uma: ou não implica e logo não faz falta alguma ou implica e o que temos de discutir é se essa alteração é boa ou má. Claro que implica uma alteração. Que infelizmente é péssima.