29.12.06

liberais e religiosos: a arte de refazer o homem





Edmund Burke (1729-1797). Considerado o pai do conservadorismo liberal moderno. Filho de mãe católica (e pai anglicano) pertencente a uma das quatro grandes famílias católicas que sobreviveram à queda dos Stuarts na Irlanda. Educado numa escola católica (clandestina), casou mais tarde com uma senhora católica. Por razões familiares a políticas, não tomou partido por qualquer corrente do cristianismo. Afirmou-se sobretudo como um grande cristão. Entre os liberais clássicos, foi o que maior ênfase colocou na relação entre religião e liberdade. Para ele, "a religião é a arte e a teoria de refazer o homem".

Alexis de Tocqueville (1805-1859). Ainda hoje considerado o maior teórico da democracia. Católico praticante. Ao visitar os EUA surpreendeu-o a relação que encontrou aí entre religião e liberdade e entre religião e poder político. Escreveu: " (...) os homens não conseguem viver sem dogmas... (e)... os dogmas religiosos parecem-me ser os mais desejáveis de todos" .

Lord Acton (1834-1902). Chamado, às vezes, o Magistrado da História, talvez o espírito mais abrangente entre todos os clássicos do Liberalismo. Um homem profundamente católico, é o autor da célebre frase: "Todo o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente".