Uma das instituições do ensino no Estado Novo era o uso de castigos físicos para punir a indisciplina e o erro académico. O que por si só servia para ensinar duas coisas aos alunos:
- que a disciplina não é a atitude normal numa sociedade civilizada mas sim o resultado da ameaça permanente do uso da força por parte de um déspota;
- que, quando estão em causa questões académicas, o uso da força é mais legítimo que a argumentação racional.
O que contribuiu para formar pessoas:
- mal preparadas para viver numa sociedade aberta e democrática em que a disciplina depende muito mais da responsabilidade individual;
- mal preparadas para o debate intelectual próprio de uma sociedade aberta e democrática.