A minha regra é a de usar dupla precaução a interpretar as postas cuja origem seja o Pedro Arroja. Estão neste caso a esmagadora maioria das publicadas até hoje por ele neste blog.
Presumo que o seu autor escreverá de forma provocadora, mas não ultrapassando aquilo que em que acredita e o que na essência defende. Eu sei que ele é sempre mais fiel á provocação do que á verdade. E em caso de conflito entre ambas, opta sempre pela primeira - e sem hesitação.
Dois exemplos servem para ilustrar a minha tese. Eu nunca esperaria ver o economista liberal Pedro Arroja a defender que determinadas posições políticas derivem da origem rácica, cultural ou religiosa de quem as profere. Tanto mais que o argumento que desenvolve se volta contra ele, pois para considerarmos o argumento válido numa discussão séria, segundo o seu critério, teriamos de saber as suas próprias origens.
O segundo exemplo respeita à sua afirmação de que «tais ameaças de morte foram produzidas ao abrigo da mesma liberdade de expressão», que se me afigura por demais evidente como sendo ou de uma total ignorância sobre o que seja a liberdade de expressão ou uma liberdade excessiva na utilização da expressão.
Existem ainda, pelo menos, dois aspectos salientes nesta posta de Arroja. O primeiro é o de estabelecer uma generalização a partir de dois pequenos exemplos em defesa daquilo que designa habitualmente por «sua tese». Ele usa apenas os exemplos que lhe convém, ignorando toda a factualidade em sentido contrário. Segundo, quando os judeus são invocados no texto, é sempre numa posição étnica, de identidade obrigatória e presumidamente partilhada. Nunca a de pessoas livres. Porque livres é uma coisa que só os outros podem ser.
Nota: Comentário sob a forma de adaptação do original a esta posta.
Presumo que o seu autor escreverá de forma provocadora, mas não ultrapassando aquilo que em que acredita e o que na essência defende. Eu sei que ele é sempre mais fiel á provocação do que á verdade. E em caso de conflito entre ambas, opta sempre pela primeira - e sem hesitação.
Dois exemplos servem para ilustrar a minha tese. Eu nunca esperaria ver o economista liberal Pedro Arroja a defender que determinadas posições políticas derivem da origem rácica, cultural ou religiosa de quem as profere. Tanto mais que o argumento que desenvolve se volta contra ele, pois para considerarmos o argumento válido numa discussão séria, segundo o seu critério, teriamos de saber as suas próprias origens.
O segundo exemplo respeita à sua afirmação de que «tais ameaças de morte foram produzidas ao abrigo da mesma liberdade de expressão», que se me afigura por demais evidente como sendo ou de uma total ignorância sobre o que seja a liberdade de expressão ou uma liberdade excessiva na utilização da expressão.
Existem ainda, pelo menos, dois aspectos salientes nesta posta de Arroja. O primeiro é o de estabelecer uma generalização a partir de dois pequenos exemplos em defesa daquilo que designa habitualmente por «sua tese». Ele usa apenas os exemplos que lhe convém, ignorando toda a factualidade em sentido contrário. Segundo, quando os judeus são invocados no texto, é sempre numa posição étnica, de identidade obrigatória e presumidamente partilhada. Nunca a de pessoas livres. Porque livres é uma coisa que só os outros podem ser.
Nota: Comentário sob a forma de adaptação do original a esta posta.