Uma conversa de almoço leva-me a escrever esta nota. Há uns dias atrás, foi notícia:
"As 100 maiores grandes fortunas portuguesas valem 34 mil milhões de euros, o que equivale a 22,1% do Produto Interno Bruto (PIB)" (Jornal de Negócios Online, Exame)
Muitos escreveram ou disseram algo como isto:
"O que faz impressão na lista dos cem mais ricos de Portugal é constatar que as suas fortunas acumuladas representam 22% de toda a riqueza do país." (Miguel Sousa Tavares, Expresso)
O Miguel estava errado. Dando de barato que os números são bons, o que se pode afirmar a partir da notícia é que as fortunas acumuladas dos 100 mais ricos representam 22% da riqueza criada anualmente em Portugal e não de toda a riqueza do país.