22.8.07

Ser Liberal

Pergunta Rui A. no Portugal Contemporâneo:

«O que nos pode levar a classificar como liberais homens tão diferentes entre si como Luís de Molina, Juan de Mariana, Adam Smith, John Locke, David Hume, Edmund Burke, Alexandre Herculano, Tocqueville, Acton, Jouvenel, Mises, Hayek, Popper, Rothbard, etc.?»
Responde o próprio:

«A resposta prende-se com alguns aspectos comuns que os unem: a defesa da individualidade, dos direitos fundamentais dos cidadãos, da propriedade privada, da liberdade de escolha maximizada até ao limite da liberdade alheia, de entidades mediadoras dos direitos individuais instituídas pela convivência social e pela tradição, da liberdade contratual, do mínimo intervencionismo das entidades públicas, no limite, do Estado. Todos estes autores têm uma profunda admiração pela liberdade, que genericamente entendem como a menor coação possível exercida sobre os indivíduos, de modo a permitir-lhes o maior espectro possível de escolhas de vida não condicionadas. E todos eles têm uma enorme desconfiança dos poderes públicos, do Estado e das instituições governativas. Preferem, sempre, que uma decisão possa ser tomada com a máxima liberdade possível, sem intervenção pública, por parte daqueles a quem respeita: os indivíduos.»