17.11.07

mirare

Neste texto, que tem graça, usam-se no entanto premissas erradas.
É que«Santo» nenhum realiza curas. Mas apenas Deus. Por intercessão ou meio daquele. Que a ocorrerem serão um sinal da sua santidade, por Deus o escutar de forma tão especial. Daí não fazer sentido os «milagres negativos».....
Obviamente o «facto de não se conseguir explicar uma cura não implica que ela não tenha explicação». Mas a Igreja também não diz que por não encontrar explicação científica para determinado fenómeno que estará perante um milagre. O que após averiguação conclui é que com os conhecimentos actuais não se encontra explicação. Uma mera constatação de facto.
No que ao «procedimento» diz respeito, a Igreja, e especificamente no caso de curas, utiliza várias etapas e critérios de verificação. Em primeiro lugar a averiguação da veracidade do facto, em seguida a investigação cientifica, só depois o enquadramento teológico e finalmente do seu significado. É que o facto «milagroso» só terá esse sentido próprio num contexto de fé. Será um sinal interpretativo e interpretável. Não por ser simplesmente «inexplicável», mas pelo contrário, ser explicável na fé.
Para uma explanação mais aprofundada sugiro a leitura de «a teologia do milagre».