Noites e dias "de bruxas"
Clay Bennett, The Christian Science Monitor, Boston
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Brian Fairrington, Cagle Cartoons
«Eu é que sei onde devo gastar ainda mais»
O governo, pela voz de Laurentino Dias e Silva Pereira, realçou os itens onde mais subiram as dotações orçamentais: «mais 44,4 para igualdade de género», «mais 20% para desporto», etc.
Já a oposição fez o exercício inverso: o desporto terá menos 17%, mas relativamente a 2005 («eles» é que sabiam gastar bem....), e o arrendamento jovem menos 40%, queixa-se um tipo qualquer do PSD. O PCP realça os menos «40% para o associativismo juvenil», o CDS por seu turno manifestou-se preocupado com a verba atribuida às «Pousadas de Juventude» e o BE às «políticas de igualdade».
Conclusão: uns ufanam-se por dizerem que vão gastar mais dinheiro dos contribuintes e outros queixam-se por se ir gastar menos dinheiro dos contribuintes.
De onde saiu esta gente? Não haverá um que diga:« Tá mal. Não se devia sequer gastar tanto. Tá mal. Os cortes são insuficientes. Tá mal. O Estado não tem nada que apoiar arrendamento jovem, construção de relvados em cada munícipio, o associativismo juvenil, políticas de igualdade.....»?
100.000 num mês.
O misterioso relatório Stern III
1. estimar o impacto no clima de todos os factores naturais e antropogénicos (gases de estufa, uso da terra, radiação solar directa, raios cósmicos, aerosois natruais e de origem antropogénica, efeitos de feedback positivos e negativos etc). É sobre isto que é suposto haver consenso, mas pelos vistos há quem discorde.
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2. Construir modelos que descrevam com precisão o clima. Validar esses modelos com dados do passado e rezar para que o futuro seja igual ao passado.
3. Construir modelos económicos que permitam prever a evolução da economia mundial no futuro integrando, entre outras coisas, mudanças tecnológicas sempre imprevisíveis.
4. Usar os modelos económicos para estimar as emissões num cenário Business As Usual.
5. Usar as emissões e os modelos do clima para estimar a concentração futura de gases de estufa.
6. Usar a concentração futura de gases de estufa e os modelos climáticos para estimar a temperatura futura.
7. Usar os modelos climáticos para estimar os impactos ao nível regional de secas, subidas do nível do mar, degelo etc.
8. Estimar os impactos económicos das alterações climáticas.
9. Estimar os impactos das soluções propostas para evitar o aquecimento global.
Cada um destes passos tem um erro associado, a começar no passo 1. Alguém percebeu isso lendo as notícias sobre o relatório Stern? Claro que não. Nenhum jornalista se atreveu a questionar o relatório. E no entanto, o relatório é vulnerável ao fenómeno "Garbage In, Garbage Out".
Actualmente a comunidade científica ainda discute se o passo 1 está correcto. Os passos 2 a 9 são miragens. A incerteza é elevada e há fenómenos que não foram ainda bem estudados, entre eles os raios cósmicos, os efeitos dos aerosois, e os efeitos de feedback entre o aumento da concentração de CO2 e a formação de nuvens ou o crescimento das plantas.
O ponto 2 é altamente duvidoso. Os modelos climáticos ainda estão na sua infância. A dispersão de resultados entre modelos é enorme e os fenómenos citados anteriormente (raios cósmicos, os efeitos dos aerosois, e os efeitos de feedback) não estão correctamente incorporados.
Os pontos 3 e 4 envolvem previsões económicas a 100 anos, um exercício no mínimo arriscado tendo em conta que podem ocorrer mudanças tecnológicas imprevisíveis. Os pontos 5, 6 e 7 dependem dos modelos climáticos. O ponto 7 é aquele em que predominam estudos alarmistas sobre o degelo dos polos e a paragem da corrente do Golfo. Tudo teorias altamente controversas. Os pontos 8 e 9 voltam a depender de modelos económicos.
Segue-se que, graças a uma criteriosa escolha dos factores que afectam o clima, dos modelos climáticos, dos modelos económicos, dos efeitos da evolução tecnológica e do relevo que se dá às teorias mais catastróficas, um estudo económico pode concluir aquilo que o autor quiser.
O misterioso relatório Stern II
1.
As alterações climáticas exigem acção imediata.
Muito bem. A mensagem que se pretendia transmitir numa única frase. Uma empresa de publicidade não conseguiria fazer melhor e a jornalista fez o serviço de borla.
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2.
Não o fazer terá custos económicos globais idênticos aos das duas guerras mundiais ou aos provocados pela Grande Depressão de 1929,
Vamos a meio da segunda frase e já temos uma comparação entre o aquecimento global e 3 eventos catastróficos do século XX. Bom trabalho. Tenham medo, tenham muito medo.
3.
com perdas que podem atingir 20% do PIB a nível mundial (5,5 biliões de euros), nas próximas décadas.
Muito bem. Podem ... Bem escolhido o valor de 20%. É o valor máximo do intervalo a que o estudo chegou. O valor mínimo é de 5%. Compare-se os impacto da frase "podem atingir 20% do PIB a nível mundial" com o impacto da frase "podem atingir pelo menos 5% do PiB a nível mundial". O alarmismo é muito maior no primeiro caso.
Alguém ficou informado? 20% do PIB mundial do presente ou do futuro? "Nas próximas décadas" é daqui a 10 anos ou daqui a 50?
4.
Evitar a catástrofe de uma recessão, que arrastaria consigo um exército de 200 milhões de refugiados,
Será? O que causa os refugiados, os efeitos directos das alterações climáticas ou os efeitos económicos da recessão? O relatório diz que é por causa dos efeitos directos do clima e não por motivos económicos: "200 million people may become
permanently displaced due to rising sea levels, heavier floods, and more
intense droughts". A jornalista diz que é por causa da recessão.
5.
vai exigir um investimento anual global de 1% do PIB durante os próximos 50 anos.
O valor de 20% de custos é comparável com o valor de 1% de investimento? Tudo indica que não, mas que é que isso interessa? Estes valores estão a ser comparados por tudo quanto é media. A mensagem é clara: evite custos de 20% investindo apenas 1%.
1%? Será que escolheram o máximo do intervalo? É que só o máximo do intervalo é que seria comparável com os 20% de custos. Nope. 1% é um valor intermédio das previsões do investimento. O investimento necessário para estabilizar a concentração de CO2 pode chegar aos 15% do PIB. Os 20% de custos deviam estar a ser comparados com 15% de investimento.
E se for investido 1% do PIB resolve-se o problema do aquecimento global? Evitam-se todos os custos? Pergunta pertinente à qual o arigo do DN não dá resposta. Aliás a maior parte das notícias sobre o relatório Stern não respondem a esta pergunta. Mas a resposta é Não. O 1% de investimento não reduz os custos a zero, logo 1% de investimento e 20% de custos não são valores comparáveis.
6.
A começar já hoje.
A começar hoje? Mas afinal começamos já hoje a pagar 1% mas o custo de 20% só chega daqui a décadas? É bom negócio? Não sabemos porque estão a ser comparados valores que não são comparáveis.
7.
Peça-chave do combate às alterações climáticas é a redução das emissões de gases com efeito de estufa, sobretudo do dióxido de carbono (CO2). Na avaliação de Stern, que confirma todos os anteriores artigos científicos, "as alterações climáticas são já inevitáveis, vamos senti-las nas duas ou três próximas décadas".
Mas o Stern andou a fazer previsões climáticas independentes? Ou fez um estudo económico? Se fez apenas um estudo económico como é que pode confirmar que "as alterações climáticas são já inevitáveis, vamos senti-las nas duas ou três próximas décadas"? Curiosamente muitos órgãos de comunicação social optaram por apresentar como novidade do estudo os impactos do CO2 no clima, mas os impactos no clima não foram o resultado deste estudo mas sim o input do estudo.
8.
O que é possível, garante, e nesse sentido "este é um relatório optimista" é atalhar a severidade das consequências para não se chegar à situação de catástrofe, adverte o especialista.
Fazê-lo vai exigir a estabilização da concentração de CO2 na atmosfera em valores da ordem dos 450 a 550 ppm (partes por milhão) nos próximos 20 anos, para depois se iniciar uma redução de 2 ppm ao ano.
Perá lá, 1% do PIB ao ano para estabilizar o CO2 num valor que é o dobro da concentração pré-industrial? Afinal o 1% do PIB não servirá para evitar os custos totais mas parte dos custos. Alguém viu algum jornal chamar a atenção para esse problema do relatório?
9.
Pelas contas do economista britânico, as metas são altas: para estabilizar a concentração de CO2 no valor que ele propõe, as emissões daquele gás com efeito de estufa terão de estar, em 2050, 25% abaixo dos seus valores actuais. Isso exigirá algo como um corte anual global de 80% nessas emissões.
Perceberam? 80% de quê em relação a quê?
10.
Ironia, coincidência, ou outra coisa qualquer, soube-se ontem também, através de um relatório da ONU, que as emissões de CO2 estão de novo a aumentar no planeta (desde 2000) depois de terem decrescido na década de 90.
É, deve ter sido coincidência.
Factos
Lisboa-Porto, Alfa pendular, 24 a 36 euros, o contribuinte suporta os prejuízos da Refer e da CP e a dívida acumulada das duas empresas.
Lisboa-Porto, TAP/Portugália, 86 euros + taxas (138 euros), regime de monopólio, o contribuinte suportou os prejuízos acumulados da TAP e a falta de rentabilidade dos capitais, o cliente suporta a falta de concorrência promovida pelo estado.
Londres - Hong Kong, Oasis Hongkong, desde 75£ + taxas (£141, 210 euros), sem custos adicionais para o contribuinte.
Lisboa - Angra do Heroísmo, TAP, desde 181 euros + taxas (203 euros), TAP/SATA, regime de monopólio, o contribuinte suportou os prejuízos acumulados da TAP e a falta de rentabilidade dos capitais, o cliente suporta a falta de concorrência promovida pelo estado.
Sevilha - Madrid, AVE (TGV), de 70 a 120 euros. O governo espanhol subsidia a Renfe em mais de 1000 milhões de euros por ano (2,560 milhões em 2003 e 2004) e a linha é propriedade do governo, não estando a utilização incluída no preço do bilhete. Em 1 de Novembro de 2004, o estado assumiu uma dívida de 3700 milhões de euros que a Renfe seria incapaz de pagar).
Suposição: Lisboa-Madrid, TGV, de 300 a 700 euros por viagem, cerca de 80% do custo deverá ser suportado involuntariamente pelos contribuintes.
Thumb Rule
Exemplo.
O Banco 'A' propõe um spread de 0,8%, taxa de juro arredondada ao 1/4% superior.
O Banco 'B' propõe um spread de 0,9%, taxa de juro arredondada à segunda casa decimal.
O Banco 'C' propõe um spread de 0,85%, taxa de juro arredondada a 1/8% superior.
Que banco oferece a melhor taxa?###
O spread real do Banco A é de 0,925%. (0,8% + 0,25%/2)
O spread real do Banco B é de 0,905%. (0.9% + 0,01%/2)
O spread real do Banco C é de 0,9125%. (0,85% + 0.125%/2)
Se todas as outras condições forem iguais, escolher o Banco B.
O misterioso relatório Stern
aborto: todos socialistas
No outro lado da «barricada» a Drª Edite Estrela, insistindo na absurda proposta do PS de pôr o Serviço Nacional de Saúde à disposição de quem quiser abortar, não percebe uma coisa: o aborto é uma escolha individual da mãe; fora das circunstâncias limite previstas na lei em vigor, não é uma necessidade de saúde mental ou física. Uma gravidez em condições normais não é uma doença, pelo que não se compreende porque motivo há-de ser "tratada" pelos serviços de saúde pública. Abortar é uma decisão que deve ser assumida por quem a pratica, com todos os custos (psicológicos e materiais) inerentes, por mais ingratos que sejam, como acontece com muitas outras dificuldades da vida das pessoas. Em suma, o Estado português não tem que ser o protector das mães que abortam.
Curiosamente, até agora neste debate, de um lado e do outro, todos pedem ao Estado para resolver o problema. E enquanto ele continuar a ser «resolvido» por socialistas, em vez de o ser livremente pelos indivíduos, não conseguirá encontrar uma solução digna.
30.10.06
Agora escolha: nuclear ou CO2
A mãe rejeitou o filho
... E então, a mãe rejeitou o filho. Foi logo no Concílio de Trento. O menino era perfeito, mas a mãe rejeitou-a logo à nascença, nem sequer chegou a reconhecê-lo.
Ora, quando uma mãe rejeita o filho, dá tragédia de certeza. E assim foi:
"No tempo em que a América lançava as suas bases - a América Latina e a América do Norte, de modo idêntico - a Espanha e Portugal eram potências influentes e activas no mundo. Mas os filósofos e teólogos de Espanha e Portugal não conseguiram assimilar o segredo íntimo que os levou tão alto, e, não fazendo caso disso, perderam-no. Para as suas colónias no Novo Mundo, assim como para os seus países de origem, esta falha da inteligência católica foi uma calamidade"
(Michael Novak, The Spirit of Democratic Capitalism, tradução: O Espírito do Capitalismo Democrático, Gráfica de Coimbra, 1985, p. 254)
Nada que se compare
Foram duas páginas inteiras, e não meramente uma coluna. E foi na secção de Cultura, não no corpo geral do jornal. E em duas edições diferentes do Público, e não numa só. Foi há cerca de dez anos quando o autor regressou ao país depois de desempenhar o cargo de adido cultural da Embaixada de Portugal em Paris:
"No decurso do debate, um tal senhor Pedro Arroja, que me dizem ser economista, teve esta frase espantosa "Se os cineastas querem filmes, que o façam com o dinheiro deles, e vendam bilhetes na bilheteira". Foi exactamente assim (nas páginas do Diário de Notícias). (...) O senhor Pedro Arroja, para tristeza da sua alma encardida e para felicidade nossa (...)."###
"Imagino que os directores do Diário de Notícias solicitaram para as crónicas de domingo um "bom economista". Pedro Arroja, excelente humorista, ouviu mal e avançou (...). Em Portugal, não vejo senão Herman José que lhe esteja à altura."
"Vem a seguir o momento marxista de Pedro Arroja. Marxismo algo primário. Suspeito mesmo que, irrecuperavelmente primário, Arroja consegue ser primário mesmo quando é marxista."
"Mas imaginemos, por instantes, que o princípio Arroja tinha validade universal (...). A história da cultura estaria reduzida ao brilho dos Arrojas - isto é, à animalidade elementar (...)"
"Pedro Arroja - o Che Guevara (peço desculpa pelas ofensas à memória do Che) do nosso pensamento neoliberal".
Duas páginas, duas páginas inteiras, e não uma coluna só. O autor - não é de mais insistir - tinha acabado de desempenhar o cargo de adido cultural da Embaixada de Portugal em Paris.
Cidadania
Muito bem. Todos ganheremos com a reparação dessa injustiça e desse «roubo» legal.
2. As empresas de comunicação social estão a recusar-se a pagar a denominada «taxa» para financiar a Entidade Reguladora para a Comunicação Social, alegando ser aquela não uma taxa ( a qual corresponderia ao pagamento de um serviço», mas apenas mais um imposto.
Muito bem. A ERC é um organismo governamental e politizado de controle dos media, sem qualquer função que não seja nem possa ser desenvolvida pelos tribunais, duplicando funções do Estado.
3. Também eu há mais de um ano que me recuso a pagar uma suposta «taxa» por um serviço que não usufruo, e que não passa de mais um imposto: a chamada «taxa audiovisual» que muitos portugueses pagam juntamente com a factura da electricidade e que visa financiar os orçamentos da RTP e RDP. O seu pagamento pode ser recusado de modo bastante fácil: basta escrever à EDP a solicitar a recusa de tal pagamento junto com a sua factura.
Razão vs. Religião
1. Tomar decisões de acordo com o seu conhecimento limitado ignorando o conhecimento adquirido ao longo das gerações que se encontra incorporado nas tradições;
2. Desertar porque, como o jogo é longo, mas finito, o primeiro a desertar ganha.
3. Agir como juizes em causa própria.
As religiões permitem:
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1. Que os indivíduos adoptem regras de comportamento contra-intuitivss e por isso não acessíveis à Razão. Estas regras são as que garantem o sucesso da civilização no longo prazo.
2. Que o jogo do pisioneiro se prolongue para lá da morte reduzindo dessa forma os incentivos à deserção.
3. Que Deus funcione como um juiz imparcial dos conflitos humanos.
Delete/New
Update: Que grande confusão...
O Pistoleiro
Para quem viveu grande parte da vida à custa do dinheiro dos contribuintes, é natural uma defesa aguerrida da sua principal fonte de rendimentos. Da sua e da de grande parte dos seus amigos. Num artigo a roçar o patético, Eduardo Prado Coelho, conhecido por não ler bolgues, dispara a pistola ao Rabbit's Blog, a Vasco Pulido Valente e a Luís Aguiar-Conraria. Chama-lhes implicita e explicitamente ignorantes, demagógicos, idiotas e parvos. Tiros com fartura, em todas as direcções. E lembra-me um diálogo.
- Então, quem ganhou o debate?
- Eu.
- Boa, mostraste-lhe quem tinha razão!
- Não, quem tinha razão era ele. Fui-lhe às fuças.
Um Brasil mais solidário?
A tendência normal e o desejo de quase todos é passar-se para o lado recebedor. Quando tal acontecer, o país será totalmente "solidário". E totalmente pobre.
Símbolos discriminatórios em Hospitais.
De facto, as estruturas de saúde com acesso aberto ao público em geral, estatais ou não estatais, deverão estar preparadas para receber pacientes com qualquer tipo de filiação religiosa, bem como as pessoas sem qualquer tipo de filiação desse tipo, o mesmo se dizendo relativamente às outras temáticas em causa.
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Na verdade, se um símbolo discriminatório pode actuar como símbolo de solidariedade e compaixão no que respeita aos seguidores de uma dada religião, corrente política ou agremiação desportiva, pode funcionar de forma totalmente diversa em pessoas com outros tipos de inclinações. Para estas últimas, poderão ser causadoras de mal estar.
Sendo assim, tal como nas escolas públicas, também nos hospitais não deverão existir símbolos discriminatórios afixados nas suas paredes, enquanto que os seus profissionais se deverão abster de exibir a sua filiação em agremiações ou igrejas.
As estruturas dedicadas à saúde deverão ser, idealmente, espaços de tolerância, e se não devem existir discriminações no recrutamento de pessoal ou na admissão de pacientes em função de filiações de diversa ordem, a dignidade individual deve ser respeitada de igual forma e com igual peso, o mesmo é dizer, assumindo uma posição de neutralidade relativamente às filiações intelectuais de cada um.
Estas considerações aplicam-se directamente aos hospitais e outros serviços de saúde que pertençam a um qualquer Estado no qual se advogue a sua separação relativamente às igrejas e a movimentos religiosos em geral, conceito que implica um tratamento semelhante para todas as estruturas religiosas. Reconhece-se que as entidades do foro privado poderão entender ostentar símbolos de natureza discriminatória, muito embora possam preconizar-se consequências dessa opção, a qual não configura, entretanto, a situação ideal.
Como corolário do anteriormente exposto, também os nomes das estruturas hospitalares ou outras estruturas de saúde, particularmente as pertencentes ao Estado, não devem conter menções de natureza religiosa, política ou de natureza discriminatória, de uma forma geral.
José Pedro Lopes Nunes
Outros cristianismos
Roman Catholicism in South Korea
O Cristianismo, nas suas diversas versões, parece que é a maior religião da Coreia do Sul.
Aqui mesmo à porta
Os primeiros liberais nasceram aqui mesmo à porta. Foram espanhóis e portugueses - os teólogos tomistas do séc. XVI (dominicanos, franciscanos e jesuítas) da escola de Salamanca (mais tarde cindida em duas correntes, uma sediada em Salamanca e a outra em Coimbra).
Francisco de Victoria foi o fundador e a escola incluíu outros teólogos católicos como Luís de Molina, Domingo de Soto, Lopes Rebelo, Martin de Azpilcueta, Tomás de Mercado, Juan de Molina, Pedro de Aragón, Martinho de Ledesma, Heitor Pinto, Bartolomé de Albornóz, Juan de Mariana e Francisco Suarez.###
Estes homens trataram os temas do liberalismo moderno - como a liberdade individual, a limitação dos poderes do Estado, a propriedade privada e a propriedade pública, a teoria da moeda e a inflação, as finanças públicas, a tributação e o princípio do equilíbrio orçamental, o valor e os preços, o comércio e os lucros, o risco, a determinação dos salários, o juro e a banca, a justiça distributiva (justiça social) - numa perspectiva inteiramente inovadora e que viria a ser retomada pelos moralistas escoceses do séc. XVIII (Fergunson, Smith, Hume), pelos clássicos ingleses e, mais tarde, pela escola austríaca.
Na minha opinião, eles foram os fundadores do liberalismo moderno. Eram teólogos católicos, eram portugueses e espanhóis. Um motivo de orgulho?. Eu julgo que sim.
Concurso de Ideias
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Divida de alta velocidade: DAV
Elefante Branco de Alta Velocidade: EBAV
Paquiderme Albino com Custos Astronómicos: PACA
Combóio Avançado com Custos Astronómicos: CACA
Combóio Ultra-Especial de Custos Astronómicos: CUECA
Dispositivo Emblemático FInanciado pelo ContribuintE: DEFICE
29.10.06
O "meu" Hayek
(The Constitution of Liberty, The University of Chicago Press, 1960, p. 162; primeira frase do capítulo 11, "The Origins of the Rule of Law", integralmente elucidativo para a questão. Na nota a esta asserção, p. 456, Hayek refere também a relevância da experiência da república holandesa, bem como de algumas ideias da renascença italiana, particularmente a florentina. "Este" Hayek chega, até, a salientar alguns ensaios no mesmo sentido na... China, embora nunca verdadeiramente concretizados. Curiosamente, sobre santos e superstições anacronicamente amiguinhos da liberdade nada consegui encontrar).
Os Anos Sabáticos
Áreas temáticas prioritárias nos termos do nº1 do Artigo 12º do Regulamento para a Concessão de Licença Sabática (RCLS/ Despacho Normativo 31/98 de 17 de Abril) são:
A - Reorganização do Ensino Básico e Reforma do Ensino Secundário. Organização e Gestão Curricular, Prática Pedagógica e Didácticas Específicas; B - Avaliação do Processo de Ensino-Aprendizagem e do Sistema Educativo; C - Educação para a Cidadania e para os Desafios da Sociedade da Informação e do Conhecimento; D - Qualificação Profissional, Formação ao Longo da Vida e Empregabilidade; E - Modalidades Especiais de Educação e Reforma do Ensino Especial; F - Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos de Educação e Ensino e Regime de Financiamento; G - Formação de Professores: Modelos e Estratégias; H - Estratégias de Combate ao Insucesso e ao Abandono Escolar.
Esta lista acompanhava este texto, recebido por e-mail, enviado por Gabriel Mithá Ribeiro. ###
NOTAS SOBRE O CONCURSO DE ATRIBUIÇÃO, PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, DE LICENÇAS SABÁTICAS PARA O ANO LECTIVO DE 2006-2007 A DOCENTES DO PRÉ-ESCOLAR, DO ENSINO BÁSICO E DO ENSINO SECUNDÁRIO (Julho de 2006)
O concurso interno do Ministério da Educação (ME) para a atribuição de licenças sabáticas (Despacho Normativo 31/98 de 17 de Abril) para o ano lectivo de 2006-2007, cujos candidatos são professores do pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário, suscita questões que devem ser publicamente esclarecidas o mais rapidamente possível.
Estão em causa decisões da Direcção Geral dos Recursos Humanos da Educação (DGRHE), cuja tutela compete ao Secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, directamente envolvido no processo de candidatura.
O Secretário de Estado em causa elaborou um despacho datado de 20.06.2006 que dava acordo a um parecer exarado na Infº nº 453/DSGRH/2006 de 19.06.2006, cujo teor é:
«Nos termos do artº 8.º do Regulamento para a Concessão da Licença Sabática foi definido para o ano escolar de 2006/2007, um contingente máximo de 130. A fim de clarificar os termos deste contingente máximo e, tendo presente o teor do despacho do Senhor Secretário de Estado sobre um processo similar, Equiparação a Bolseiro, sou de entendimento que dentro deste contingente sejam consideradas as seguintes situações:
1 - as candidaturas com classificação igual ou superior a 13,5 valores, inseridas nas áreas B, D, E e H, face à sua relevância para o sistema educativo;
2 - as candidaturas que sejam nas restantes áreas temáticas, A, C, F e G com classificação igual ou superior a 16 valores.
Na primeira situação integram-se 31 candidaturas e na segunda 40 candidaturas, perfazendo um total de 71.
À consideração superior
19.06.2006
Idalete Gonçalves
(Subdirectora-Geral)».
O concurso suscita as seguintes observações:
1) As licenças sabáticas para os docentes do ensino não superior visam, essencialmente, que os professores durante um ano lectivo estejam dispensados da actividade docente para concluírem ou preparem projectos de mestrado, doutoramento ou outras investigações. A actividade a realizar deve ser fundamentada no processo de candidatura e cabalmente justificada aos serviços do ME após o usufruto da licença sabática, sob pena de reposição dos salários auferidos durante esses 12 meses. Considerando que as dispensas anuais para serviço sindical (450) são muito superiores ao número de licenças sabáticas (130), também que as sabáticas constituem um meio importante no reforço da qualificação científica e académica do corpo docente do ensino não superior, e se é positivo que o actual governo regularize a relação entre o ME e os sindicatos (embora seja menos positivo que isso não se alargue a outros serviços), pelo que se constata com o concurso a licenças sabáticas para 2006-2007 não só não se reforçam as condições para a melhoria das competências do corpo docente, como há determinadas posturas que as enfraquecem.
2) As 326 candidaturas para o próximo ano lectivo (contendo formulário; curriculum vitae; projecto de formação pessoal; plano de trabalho; pareceres de orientadores/responsáveis académicos; comprovativos de instituições; outros comprovativos e mais documentação anexa) foram entregues até ao prazo limite de 31.12.2005 e a legislação obrigava a resposta da DGRHE no prazo de 90 dias. Contados apenas os dias úteis, a capacidade dos Serviços para proferir decisão prescreveu a 12.05.2006. Os despachos a que se reportam as decisões sobre o concurso, a saber, do Secretário de Estado da Educação e dos responsáveis da DGRHE que tutelam e decidem sobre o assunto, são datados de 19.06.2006, 20.06.2006 e 27.06.2006 (a última a data refere-se ao despacho do Director-Geral da DGRHE que comunicava aos candidatos a decisão de autorização e não autorização de licenças sabáticas). Deixaram-se prescrever prazos em mais de um mês.
3) Em Fevereiro último, por despacho do Secretário de Estado da Educação, foi estabelecido o limite máximo de 130 vagas para licenças sabáticas em 2006-2007.
4) Aquando das candidaturas as áreas temáticas definidas - A, B, C, D, E, F, G e H - em que os candidatos podiam apresentar as candidaturas foram apresentadas, sem excepções, como prioritárias. Foi em função dessa informação que os docentes que estavam em condições e interessados em se candidatar prepararam os seus projectos de candidatura.
5) Em Junho, tendo os serviços da DGRHE na sua posse a lista de 326 candidatos e as condições em que se apresentavam ao concurso, o Secretário de Estado da Educação, o Director-Geral e a Subdirectora-Geral da DGRHE decidiram introduzir ou anuir a um novo critério que distorcia grosseiramente o critério inicial (que considerava todas as áreas prioritárias em igualdade de circunstâncias): passaram a exigir 13,5 valores mínimos para as candidaturas das áreas prioritárias B, D, E e H e 16 valores mínimos para as áreas prioritárias A, C, F e G. Com o prazo prescrito, introduzindo regras da mais pura arbitrariedade a posteriori, foi com esse enquadramento que se tomaram as decisões sobre quais os docentes que iriam ou não beneficiar de licença sabática em 2006-2007.
6) Se estavam em causa correcções de opções ao nível da política de formação de professores, das duas uma: ou isso devia ser planificado antes da abertura do concurso como compete a uma administração responsável; ou, detectadas insuficiências em alguns domínios já com o concurso em andamento, a nova planificação valeria apenas para o concurso do ano seguinte. Não estavam em causa opções de formação para resultados instantâneos. O que imediatamente fica em causa é a concepção do Estado como entidade de bem.
7) O despacho do Secretário de Estado da Educação de 20.06.2006, bem como a Infº nº 453/DSGRH/2006 de 19.06.2006 e ainda o despacho do Director-Geral de 27.06.2006, indiciam violar princípios constitucionais de igualdade e do dever de imparcialidade da Administração Pública. Uma série de altos responsáveis do ME não parece ter dado por isso, nem parece que se tenha preocupado em esclarecer juridicamente a situação.
8) Entre a abertura oficial do concurso a 1 de Setembro de 2005; o prazo limite de entrega das candidaturas a 31 de Dezembro de 2005; e mais 90 dias para decidir, esses altos funcionários do ME tiveram todo o tempo do mundo. Estavam obrigados a fazer muito melhor. Nem sequer havia a desculpa da necessidade de decidir depressa como aconteceu com os exames de Química e Física em Julho. Parecem muito mais indícios de uma relação leviana com as normas da Administração Pública. Um poder com maioria absoluta jamais pode justificar tais práticas.
9) O modo de actuação do Secretário de Estado da Educação e dos responsáveis da DGRHE abre precedentes perigosos: 1º) a definição de regras para concursos públicos posterior à data limite de apresentação de candidaturas, quando os serviços já têm em sua posse a identidade dos candidatos e as condições em que se apresentam a concurso; 2º) se de hoje para amanhã um Secretário de Estado da Educação entender, passa a exigir uma nota para cada uma das oito áreas prioritárias (ou cria tantas quantas ele entender) e se numa delas estiver uma pessoa ou conjunto de pessoas que se suspeita que ele não gosta (como, por exemplo, alguém que critique o «sistema»), a atitude terá, inevitavelmente, contornos de acto persecutório; 3º) as candidaturas em causa a licença sabática são projectos e não produtos em áreas de investigação muito próximas, interdisciplinares e transdisciplinares: não é possível, por exemplo, garantir que um projecto da área «C - Educação para a cidadania e para os desafios da sociedade da informação e do conhecimento» (16 valores mínimos exigíveis para «discriminar negativamente») não resulte, uma vez implementado, numa consequência da área «H - Estratégias de combate ao insucesso e ao abandono escolar» (13,5 valores exigíveis para «discriminar positivamente»). Essa é também uma das razões sólidas que recomenda a adopção de critérios universais, aplicáveis a todas as candidaturas, como é próprio de um serviço da Administração Pública num Estado de Direito e Democrático.
10) No plano político, não se terá esquecido o Secretário de Estado da Educação da relevância da «sociedade da informação e do conhecimento» que tanto preocupa o Senhor Primeiro-Ministro? Não é também por aí que aponta a estratégia do Governo de combate à exclusão social? Ou será retórica que não terá entrado na cabeça de um «pragmático» membro do núcleo duro do Governo?
11) O Secretário de Estado da Educação e os responsáveis da DGRHE indiciam uma perigosa arbitrariedade para quem tem elevadas responsabilidades no Estado. Não se conhecem, na democracia portuguesa, tantos exemplos sucessivos de pouco cuidado e de pouca competência num único sector directamente dependente do Governo.
12) Uma norma da DGRHE que chega às escolas [cuja fonte não foi possível precisar, dado aparecer em documento avulso] refere «Autorizar a Licença Sabática aos candidatos que obtiveram classificação igual ou superior a 13,5 valores na apreciação do processo de candidatura, no pressuposto de assegurar o mérito do projecto de formação, atento o disposto nos parâmetros fixados no nº2 do Artigo 12.º, até ao limite de vagas do contingente a fixar para o próximo ano escolar». Havia várias candidaturas com classificação superior a 15 valores que nem sequer foram ponderadas pelos serviços da DGRHE, cujo Director-Geral não manifestou atenção a essa situação, pois obrigatoriamente, no âmbito das suas competências, estava certamente inteirado do que se passava.
13) "O Manual das condições de trabalho e da carreira do pessoal docente" elaborado pela actual equipa ministerial, actualizado a 24.05.2006, determina «Cabe ao Director-Geral dos Recursos Humanos da Educação autorizar os pedidos de licenças sabáticas até ao limite de vagas estabelecidas pelo contingente anual?» (Lisboa, DGRHE, 15.12.2005, p.35): 1º) foi definido um limite máximo de 130 vagas para 2006-2007; 2º) apenas 71 candidaturas obedeciam aos critérios estipulados (31 nas áreas B, D, E e H - 13,5 valores mínimos; 40 nas áreas A, C, F e G - 16 valores mínimos); 3º) ficaram por ocupar 59 vagas, isto é, pouco menos de metade das vagas para o concurso; 4º) existiam professores-candidatos em número suficiente e com condições legítimas para ocuparem as vagas de acordo com as regras existentes aquando da apresentação das candidaturas; 5º) por muito que existam conflitos entre as administrações e os funcionários públicos, conflitos de interesses próprios das democracias e que têm de obedecer a regras, cujo exemplo deve partir de quem tem poder de decisão, não é legítimo que se desconsidere desta maneira pessoas que, quase sempre, dão o melhor de si para servir os interesses do Estado. Mais a mais tratando-se de funcionários qualificados numa sociedade onde, infelizmente, essa é mais a excepção do que a regra.
14) Se o Director-Geral da DGRHE cumprisse com as suas obrigações, teria ao menos evitado que projectos de candidatura classificados entre 14,03 e 15,05 valores preterissem outros com classificação superior. Nesse intervalo de classificações, as 59 vagas que ficaram por ocupar praticamente resolveriam o problema da injustiça criada pelos próprios Serviços. Nem a isso o Director-Geral da DGRHE deu resposta, algo que não parece ter preocupado o Secretário de Estado da Educação. Era importante que o Director-Geral da DGRHE cumprisse com aquilo que ele próprio estipulou.
15) Será que a intenção era apenas a de anunciar um determinado número de vagas, simular que ficaram por ocupar quase metade, poupando no orçamento da pior maneira? Se assim é, trata-se de um sintoma preocupante de quem finge que reforma o Estado, mas não altera nada de essencial, recorrendo a truques de comunicação que julga eternamente eficazes. Assim é relativamente fácil o milagre de haver mais funcionários públicos com menos despesa: tendo muitos, mas desqualificando-os e desvalorizando-os socialmente. Por esta via, nem menos Estado, nem melhor Estado. Quem actua desse modo será o último a atirar aos outros a crítica dos cortes cegos na Administração Pública.
16) Note-se que a relação entre o número total de candidaturas (326) e o número máximo de vagas disponíveis (130) não constituía embaraço que justificasse um tão radical «aperto de critérios». O número de candidatos é, aliás, sintoma já de si preocupante do fraco investimento autónomo do corpo docente na sua qualificação, num grupo profissional que ascenderá a mais de 150 mil, salvo erro. Isso não parece preocupação na agenda política da Secretaria de Estado da Educação. Uma parte das candidaturas para 2006-2007, como obteve classificação inferior a 13,5 valores, ficava automaticamente excluída, como tem acontecido noutros anos. Tudo isso facilitava a tomada de decisões justas para os professores, pois permitia praticamente contemplar todos aqueles que apresentaram projectos de candidatura de nível «Bom». O problema de fundo parece ser a persistente, e já doentia, preocupação de achincalhar os professores.
17) Recorde-se que, num passado recente, o PSD, nomeadamente o seu ex-Ministro da Educação, David Justino, foi duramente criticado por questões relacionadas também com um concurso de professores. O ex-Ministro e o PSD foram democraticamente penalizados por isso. Mas a verdade é que, nessa altura, trataram-se de erros essencialmente técnicos da responsabilidade de uma entidade exterior ao ME. O próprio ME na altura fez o que estava ao seu alcance para corrigir os problemas e, com todas as dificuldades, introduziu melhorias de grande amplitude no concurso de professores, situação da qual resultaram claras melhorias administrativas de longo prazo. No caso da concessão de licenças sabáticas para o próximo ano lectivo de 2006-2007 tudo se passou no interior dos próprios Serviços do ME, envolvendo apenas e sobretudo cargos de natureza política ou directamente associados a ela, e num concurso, pelo número de candidatos e pelo que implicava, muitíssimo mais simples do que o concurso de professores para provimento dos lugares de docência nas escolas. Estamos a falar de uma diferença de pouco mais de 300 candidatos contra mais de 100.000.
18) Com todos estes erros no concurso para atribuição de licenças sabáticas para o ano lectivo de 2006-2007, o ME optou pelo salto tecnológico: a interposição de recurso hierárquico à Ministra da Educação pelos professores que se sintam lesados nos seus direitos pelas decisões do Secretário de Estado da Educação e da DGRHE é apenas por via electrónica (o que é de aplaudir), até ao dia 28 de Agosto, mas com um limite máximo de 5.600 caracteres e sem possibilidade de se recorrer a meios de contestação hierárquica não judiciais alternativos. Será que os responsáveis do ME se inteiraram da legalidade de mais essa decisão?
Consenso XI
Mas isso não interessa para nada. Como nos explica Filipe Duarte Santos, coordenador do projecto SIAM, que estuda os impactos das alterações climáticas em Portugal:
"Esses possíveis efeitos [dos raios cósmicos] não são uma alternativa credível à explicação hoje em dia consensual para o aumento da temperatura média da Terra desde meados do século XIX e, sobretudo, nos últimos 30 anos. Haverá efeitos de raios cósmicos sobre a atmosfera terrestre, que terão uma contribuição pequena".
Consensual? Parece que os proponentes do projecto Cloud ainda não foram avisados.
Consenso X
The Republic of Science: Its Political and Economic Theory, de Michael Polanyi
Dica do leitor José Carlos Santos
deus e o liberalismo
E há, também, uma terceira hipótese, francamente a que mais me agrada: a do relativismo. Quer Deus exista ou não, o assunto não é, hoje, relevante ou, então, ser-lhe-á profundamente indiferente.
Ele tinha esta dúvida. Eu não.
"But in some respects Lord Acton was not being altogether paradoxical when he described Thomas Aquinas as the first Whig".
(F. Hayek, The Constitution of Liberty, The University of Chicago Press, 1960, p. 457, n. 4)
então, então...
...meus filhozzzzzz! O que é izzzzzto, hein? A falar, em vão, no nome de Deuzzzzz? É o S. Tomázzzz para um lado, o Crizzzzto Rei para o outrooooo, então, então? E aquele senhor de chapéu, barbicha e mãos nos bolsozzzz que eztá aqui por baixo, parece pedófilozzzz. Uppps! Toca a calarzzzz, antezzzz que apareça aí a brigada dos (mauzzzz) costumezzzz.
Por falar em Weber...
"The experience of the irrationality of the world has been the driving force of all religious revolution." (Politik als Beruf, última conferência de Max Weber, em 1919; tradução inglesa aqui)
aborto, progenitores e cumplicidade
Eu coloco-lhe outra, que muito apreciaria ver tratada pelos defensores do «sim»: se deve aplicar-se o artigo 27º do Código Penal («Cumplicidade: 1. É punível como cúmplice quem, dolosamente e por qualquer forma, prestar auxílio material ou moral à prática por outrem de um facto doloso.») aos mesmos progenitores, nomeadamente àqueles que insistem com as «companheiras» para abortarem. Este é, aliás, o cenário mais comum nos casos de abortos feitos por mulheres jovens fora do casamento, sendo que os inquéritos e as acusações incidem sempre, invariavelmente, sobre a parte mais frágil: a mulher. E como propõe, o Rui, caso aceite a aplicação dessa norma aos progenitores, que actuem perante eles os órgãos de polícia criminal?
palavras para quê? é um artista português...
João Fiadeiro, A (Rivo)Lição de Pacheco Pereira, Público de hoje.
28.10.06
A notícia épica
18 de AGOSTO de 2005
Museu de Arte Popular reabre portas em 2006
O Museu de Arte Popular, em Lisboa, voltará a abrir portas em finais do próximo ano, quando terminarem as obras de requalificação iniciadas em 2003, disse à Lusa a subdirectora do Instituto Português de Museus (IPM). (...)
A colecção do Museu inclui cerâmicas, algumas de autoria de Rosa Ramalho, alfaias agrícolas, trajes, instrumentos musicais, joalharia, cestaria e selas.
Ao visitante é assim possível observar as cangas e os galos de cerâmica do Minho, as cestarias de Trás-os-Montes, os badalos e as louças de terracota do Alentejo, ou os equipamentos de pesca do Algarve, um acervo datado essencialmente do século XX.
De acordo com dados do IPM nos primeiros quatro meses de 2003, o Museu de Arte Popular recebeu 1.711 visitantes.
A actual directora do Museu é Elisabete Cabral.»
LUSA
OUTUBRO DE 2006
"O Mar da Língua" com acervo virtual e interactivo
O Museu O Mar da Língua, cujas obras deverão ser iniciadas em 2007 e concluídas em finais de 2008, vai ter um acervo virtual/interactivo e um centro de interpretação da língua portuguesa e dos Descobrimentos.
Em declarações à Agência Lusa, a ministra da Cultura referiu que o obje ctivo do museu, a criar nas instalações do Museu de Arte Popular, actualmente en cerrado, é "articular o estudo e a divulgação da língua portuguesa com os Descob rimentos".
*Entretanto onde estão os 4,1 milhões de euros afectados às obras de recuperação do Museu de Arte Popular?
*Quem nos garante que as obras do Museu da Língua Portuguesa vão começar e terminar? Afinal as do Museu de Arte Popular, se alguma vez começaram, não terminaram.
* E «as cangas e os galos de cerâmica do Minho, as cestarias de Trás-os-Montes» mais «os badalos, as louças de terracota do Alentejo, ou os equipamentos de pesca do Algarve» que, em 2005, eram enumerados quais fantásticas maravilhas do mundo onde estão agora em 2006? Já não precisam de museu nem de directora? Ninguém os quer ver?
*Por fim quem nos garante que, em 2007, o Ministério da Cultura não muda outras vez de ideias e resolve fazer ali um museu dedicado a outra qualquer matéria? Sobre propaganda, por exemplo.
Uma lógica
(corrigido)
Propostas discretas
(...) o rendimento tributável é (...) o montante resultante da aplicação do coeficiente (...) de 0,70 aos restantes rendimentos provenientes desta categoria (...)
Na versão em vigor:
(...) o rendimento tributável é (...) o montante resultante da aplicação do coeficiente (...) de 0,65 aos restantes rendimentos provenientes desta categoria (...)###
Resumindo: até agora, os profissionais liberais e outros trabalhadores por conta própria que tivessem optado pelo chamado regime simplificado de tributação pagavam IRS sobre 65% do valor da sua facturação, presumindo-se que os restantes 35% correspondiam a custos inerentes à sua actividade. Se a proposta for aprovada, o "lucro fiscal" (e o imposto consequente) destes pagadores de impostos vai, magicamente, aumentar mais de 7%, mesmo que o volume de receitas se mantenha. inalterado.
Notícias discretas
"Nós examinamos factos excepcionais que não tem precedentes nos anais judiciários e que colocam em causa os fundamentos da democracia", refere um dos magistrados.
A acusação refere que o objectivo era «fazer eleger Jacques Dominati como maire du IIIe e Jacques Chirac presidente da câmara de Paris».
Ver aqui. E aqui, os ecos das alegadas cumplicidades que impendem sobre o actual PR francês.
Vai ter de ser candidato ao 3º mandato, ou negociar um perdão com o seu sucessor, caso não queira correr o risco de ir parar à prisão.
Oportunidades de negócio
De acordo com várias Leis Orgânicas publicadas ontem, foram criadas várias dezenas de novos organismos e serviços públicos que irão, naturalmente, carecer de papel timbrado novo. O que se segue é uma lista (não exaustiva) e os contactos para os interessados.###
- Gabinete de Estudos, Planeamento e Avaliação
- Comissão para a Cidadania e para a Igualdade de Género
- Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I. P.
- Agência para a Modernização Administrativa,I. P.
- Conselho Nacional do Desporto
- Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária
- Direcção-Geral da Administração Interna
- Direcção-Geral de Infra-Estruturas e de Equipamentos
- Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais
- Serviços Sociais da Administração Pública
Contacto: Ministério da Justiça.
Contacto: Ministério do Ambiente
- Direcção-Geral dos Assuntos Técnicos e Económicos;
- Comissão Interministerial de Limites e Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas
- Secretaria-Geral (do ministério da Economia e da Inovação)
- Direcção Geral das Actividades Económicas
- Laboratório Nacional de Energia e Geologia,I. P.
- Conselho Consultivo das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
- Gabinete de PlaneamentoEstratégico e Relações Internacionais
- Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P.
- Instituto das Infra-Estruturas Rodoviárias, I. P.
- Gabinete de Investigação de Segurança e de Acidentes Ferroviários
- Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação
- Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.
Nota: quase todos os organismos e serviços listados resultam da fusão de outros pré-existentes, extintos em número ainda maior.
Poupe !
Um conselho:
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Pague os 20 euros! Não pense mais nisso. Poupe preocupações. Serão os 20 euros mais bem gastos da sua vida.
27.10.06
Consenso IX
Governo contribui para a reciclagem de papel (timbrado)
Treze deles vão ser integrados, por fusão, noutros organismos (cinco dos quais criados de novo). O único que é pura e simplesmente extinto, «sem qualquer transferência de atribuições», é o primeiro da lista. Porque será?###
- Secretariado de Apoio ao Jovem Empresário
- Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas
- Estrutura de apoio técnico à coordenação do Programa ESCOLHAS
- Estrutura de Missão para o Diálogo com as Religiões
- Secretariado Entreculturas
- Gabinete do Serviço Cívico dos Objectores de Consciência
- Serviços Sociais da PCM
- Instituto para a Gestão das Lojas do Cidadão
- Comissão Nacional de Protecção Civil
- Conselho Nacional contra a Violência no Desporto
- Conselho Superior do Desporto
- Conselho Nacional Antidopagem
- Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres
- Estrutura de Missão contra a Violência Doméstica
Ele também vai lá estar...
Entretanto, os portistas ficaram realmente muito preocupados. Consta, por cá, que a figura que melhor incarna a alma encarnada, aquele que representa como ninguém os desejos mais profundos da sensibilidade benfiquista, também jurou que iria aparecer amanhã. E todo o cuidado é pouco, porque estas coisas correm sempre o risco de indesejáveis contágios:
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Mestrado à Bolonhesa
Esta mulher merece uma oportunidade
Já que mais ninguém consegue, porque é que não deixam a Manuela experimentar?
O Blasfémias Feito Pelos Seus Comentadores
Um guia de interpretacção, estudo, orientação e inspiração para acções de contra-guerrilha do Blasfémias, organizado em 16 temas e 200 tópicos. ###
Agenda liberal
1Subsídio de desemprego
2.Corporações
3.Subsidios à Cultura, Rivoluções
4.Apoios estatais à Autoeuropa
5.Apoios estatais ao IKEA
6.Equidade fiscal na Banca
7.OTA
8.TGV
9.Scut's
10.Greves
11.Sindicatos
12.Manifestações
13.Ordens profissionais
14.Entidades reguladoras
15.Autoridade para a Concorrência
16.Barreiras à entrada de produtos chineses
17.Segurança Social pública
18.Ensino Público
19.Portugal Telecom
20.Trabalho escravo na China
21.PAC
22.Funcionários públicos
23.Professores
24.Monopólio da SCML
25.Impostos
26.Impostos sobre Impostos
27.Eficiência na cobrança fiscal
28.Listas de devedores
29.Cartão único
30.Alta Autoridade para a Comunicação Social
31.Companhias aéreas não Low-cost
32.TAP
33.Consórcio Airbus
34.Projecto GPS europeu Galileo
35.Quaero - Google europeu
36.Choque tecnológico
37.Defesa dos centros de decisão nacionais
38.Salário Mínimo
39.Leis laborais
40.Pico e preço do Petróleo
41.Financiamento público da Ciência
42.CGD e banca pública
43.Modelo social europeu
44.Modelo social português
Agenda ideológica
1.Bloco de Esquerda
2.Populismo
3.Rua árabe
4.Agenda LGBT
5.Pacifismo e outros ismos
6.Importância do 25 de Abril vs 25 Novembro
7.Loose Change e teorias sofocletianas
8.Constituição Portuguesa
9.Constituição Europeia
10.Uniões de facto (Gay+Hetero)
11.Adopção Gay
12.1º de Maio, dia do trabalhador
13.Monarquias
14.Relatórios da Amnistia Internacional
15.Pacifistas
16.Abaixo-assinados e petições
17.ONU
18.Quotas para mulheres
19.Partido liberal
20.ONG's
21.Anti-"fássista"
22.Resistentes palestinianos
23.Resistentes iraquianos
Faça Sol ou Chuva
1.Ambientalistas - Quercus, os Verdes & companhia
2.Aquecimento global antropogénico
3.Central Nuclear
4.Eólicas e energias alternativas
5.Protocolo de Quioto
6.Floresta portuguesa
7.Parque Natural de Foz Coa
8.Painéis Solares Obrigatórios
9.Consensos cientificos
10.Instituto de Meteorologia e os seus alertas
Lisboa a arder
1.Centralismo
2.Lisboa
Pregado na cruz
1.Igreja, Papa e cristãos (facção caasiana)
2.Criacionismo vs Evolucionismo
3.Opus Dei (facção caasiana)
Cromos estrangeiros
1.Lula
2.Al Gore
3.Zapatero
4.Xanana Gusmão
5.Bono/Make Poverty History/Red/One Campaign
6.Chirac
7.Putim
8.John Kerry
9.Clinton
Demónios estrangeiros
1.Ahmadinejad
2.Arafat
3.Morales
4.Chavez
5.Fidel
6.Sadam Hussein
7.Michael Moore
8.Kim Jong-il
9.Bin Laden
Cromos nacionais
1.Socrates, o pinoquio
2.D.Sebastião e outros messias
3.Jorge Sampaio
4.António Guterres
5.Manuel Maria Carrilho
6.Freitas do Amaral
7.Rui Rio
8.Santana Lopes
9.Manuel Alegre
10.Mário Soares
11.Paulo Querido
12.Monteiro de Barros
13.Luis Nazaré
14.Odete Santos
15.Pedro Namora
16.Marques Mendes
17.Rui Curado Silva
Demónios nacionais
1.Boaventura de Sousa Santos
2.Fernando Rosas
3.Joana Amaral Dias
4.Ana Drago
5.Saramago
6.Daniel Oliveira
7.Francisco Louçã
8.Ana Gomes
9.Vital Moreira
10.Alberto João jardim
Frente fria no Atlantico
1.Europa e comunidade europeia
2.França
Eixo do mal
1.Coreia do Norte
2.Irão
3.Angola
4.Rússia
5.Hamas e Palestina
6.Hezbollah
Tem dias
1.A revista Atlântico
2.JPP e o Abrupto
3.Maradona
Sazonal
1.Inquéritos sobre os voos da CIA
2.Falcon da FA ao serviço do Estado (e igreja)
3.Parques pagos a cada 15 minutos
4.Proibição de fumar em bares e restaurantes
5.Marcha do Emprego
6.Simplex
7.Via-directa CTT
8.Inspecções a restaurantes chineses
9.Berardo
10.Patrocinios Euromilhões ao Lisboa-Dakar
11.Estatísticas do Weblog.com.pt
12.Ministro da Cultura e o Tunel de Ceuta
13.Boys - Nomeações de F.Gomes, A.Vara, etc
14.Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados
15.Plano nacional de leitura
16.Turismo interno como desígnio nacional
17.Casa da Música
18.Afastamento V.Loureiro e Isaltino Morais Listas PSD
19.GNR em Timor
20.Ausência de Salazar nos melhores de Portugal
21.Jorge Sampaio e as Condecorações
22.Vitor Constâncio e o cálculo do défice
23.Negação do Arrastão
24.Lobby político a favor do piloto português
25.Lobby político a favor do charro no Dubai
26.Acusações de plágio ao MST
27.Acusações anónimas na Blogosfera
28.Cartas registadas da PSP
29.Cartas registadas da DGCI
30.Novo arrendamento urbano
31.ANF e má liberalização das farmácias e do medicamento
32.Fátima Felgueiras
33.Avelino Ferreira Torres
34.Vários Processos do Ministério público
35.Anonimato na Blogosfera
36.Acampamento de Jovens do Bloco de Esquerda
37.Censura das caricaturas do profeta Maomé
Consensos
1.Aborto
2.Bush e os Neocons
3.Cavaco Silva
Pintismo dourado
1.Luis Filipe Vieira
2.Taça de Portugal no Estádio nacional
3.SCP (excepção da facção sulista)
4.SLB
5.Fifa e Federação PF
6.Scolari
7.Ricardo
8.Bandeiras de Portugal
O fim dos Media
1.Jornalismo em geral
2.Jornalismo tabloide
3.Expresso, saco e DVD's
4.SOL, saco e ausência de DVD
5.Diário de Notícias e o JMF
6.Jornal Bola
7.Jornal Record
8.Fátima Campos Ferreira
9.RTP e televisão pública
10.Peres Metelo
11.TSF - Rádio Bagdad - jornalismo de causas
12.Agências de propaganda governamentais
13.Mediatismo sobre a Gripe das aves
14.Mediatismo sobre os incêndios
--- FIM ----
E não se poderá saber....
Consenso VIII
Consenso VII
1. Não podem ser realizadas experiências claras em laboratório que provem ou que refutem as várias teorias;
2. As previsões, baseadas em modelos computacionais não validados, só poderão ser verificadas daqui a 50 anos;
3. Área científica excessivamente dependente de uma única fonte de financiamento (o estado);
4. Os modelos computacionais dependem excessivamente daquilo que os investigadores consideram relevante;
5. Os cientistas têm um incentivo para seleccionar as suas áreas de interesse de acordo com os fundos disponíveis;
6. A dimensão da comunidade científica ligada a um dado assunto depende do financiamento da área respectiva;
7. Existe um incentivo para exagerar os resultados perante o público com o objectivo de justificar fundos;
8. Instituições como o IPCC teriam que ser extintas se se provasse que o aquecimento global não é uma questão prioritária ou preocupante;
9. Todos os membros da comunidade científica dependem de fundos que desapareceriam se se provasse que o aquecimento global não é uma questão prioritária ou preocupante;
10. Os burocratas e os políticos têm todo o interesse em financiar uma linha de investigação que permita justificar maior interferência dos burocratas e dos políticos na sociedade;
11. O ambientalismo é uma ideologia dominante;
Consenso VI
Os Contras - Parte 2 - O Bloco de Esquerda
1. George Bush###
2. A coincineração na Secil.
3. As isenções fiscais à banca.
4. O autoritarismo de Rui Rio
5. O modo covarde e quase sádico como foram encarcerados os okupas do Rivoli.
6. O Orçamento de Estado para 2007
7. O governo de Israel.
8. A política do governo de Sócrates.
9. Os voos secretos e ilegais da CIA.
10. As transnacionais exploradoras de trabalhadores na China.
11. A posição dúbia de Portugal sobre o Saara Ocidental.
12. A subida do preço da água.
13. A subida do preço da energia.
14. As taxas moderadoras nos hospitais.
15. Os cortes orçamentais na educação.
16. Os cortes orçamentais na segurança social.
17. Os cortes orçamentais na saúde.
18. Os baixos aumentos propostos para a função pública.
19. A nova lei das Finanças Locais
20. A explosão nuclear na Coreia do Norte.
21. O aborto clandestino.
22. Os despedimentos na função pública.
23. O Estatuto da Carreira Docente.
24. O OPA à PT.
25. O contrato individual de trabalho na função pública.
26. Os prémios à administração da EPUL.
27. A política de imigração.
28. O encerramento da Vidreira Dâmaso.
29. A precaridade no mercado de trabalho.
30. A liberalização dos despedimentos.
31. O aproveitamento imobiliário da Cadeia do Aljube.
32. O regulamento do serviço Via CTT.
33. A deslocalização da fábrica da Lear em Valongo.
34. O centralismo do governo.
35. A invasão da Hungria pelas tropas do Pacto de Varsóvia em 1956.
36. As dificuldades com que se deparam as mulheres imigrantes na UE, vítimas de uma dupla discriminação, assente na origem étnica e no sexo.
37. O racismo e a xenofobia.
38. A privatização da REN.
39. A privatização da GALP.
40. As alterações ao Subsídio de Desemprego.
41. A exploração nos centros comerciais.
42. As propostas dos terroristas neo-liberais do Compromisso Portugal.
43. A falência da Gotz, em Guimarães.
44. A aldrabice dos números do desemprego.
45. O nível do salário mínimo que deveria ser 96 euros mais alto.
46. Os cortes no Investimento Público.
47. O aumento da carga fiscal para os trabalhadores.
48. Os métodos de cálculo dos juros utilizados pela banca.
49. A privatização da gestão do Rivoli.
50. O encerramento da Johnson Controls em Portalegre.
51. O encerramento da Opel na Azambuja.
52. A saída da EMEF do Entroncamento.
53. O ultimato antidemocrático do Ministério da Educação.
54. O neoliberalismo.
55. O capitalismo selvagem.
56. A globalização neoliberal.
57. O abate de um carvalho centenário em Famalicão.
58. A construção de um novo estádio em Famalicão.
59. O aproveitamento de professores incapacitados em outros serviços da função pública.
60. O encerramento das urgências no Hospital do Montijo.
61. As malfeitorias que José Sócrates e o seu Governo querem fazer aos profissionais do ensino e aos alunos.
62. A extracção de areias no Rio Ponsul.
63. O envio de militares portugueses para o Líbano.
64. O encerramento dos blocos de partos de algumas maternidades.
65. Mais betão em Alverca.
66. A saída do Museu do Ar de Alverca.
67. Os carros na Avenida Capitão Meleças.
68. A Lei da Nacionalidade.
69. O economicismo.
70. Privatizações no sector das águas.
71. A discriminação sexual no trabalho na Rhode.
72. As maiorias absolutas.
73. Os hospitais-empresa.
74. A privatização dos estaleiros de Viana do Castelo.
75. A força dos interesses, do silêncio e do dinheiro.
76. A imposição de sacrifícios às pessoas.
77. Os consensos moles.
78. As elites dominantes.
79. Os candidatos bandidos.
80. O ataque do governo aos trabalhadores do estado.
81. Os planos da Sonae para a Torralta.
82. A globalização injusta e assimétrica.
83. O novo Estatuto do Jornalista.
84. O silêncio português sobre a agressão sionista ao Líbano.
85. O desemprego.
86. A corrupção, a demagogia e o caciquismo em Gondomar.
87. A liberalização do mercado de serviços com base no princípio do país de origem.
88. Os carros na Prça 5 de Outubro em Torres Novas.
89. As manifestações xenófobas da extrema-direita.
90. A redução dos serviços de saúde em Santarém.
91. A presença da GNR no Iraque.
92. As reformas faustosas no banco de Portugal.
93. A existência de um regime de capitalização na Segurança Social.
94. Os crimes do imperialismo norte-americano.
95. As políticas do G8.
96. A política de polícia contra os imigrantes.
97. O FMI
98. As políticas do Banco Mundial
99. O excesso de endividamento das famílias
100. O sigilo bancário.
Consenso V
Acontece que é a própria comunidade científica que reconhece que as convicções dos investigadores podem interferir nos resultados. É por isso que se realizam testes cegos, por exemplo. Isso não quer dizer que o trabalho dos cientistas seja fraudulento. Só há fraude quando há dolo e na maior parte dos casos o investigador não tem consciência do seu próprio enviesamento. No entanto, a possibilidade de interferência das convicções pessoais nos resultado implica que todos os resultados científicos devem ser analisados de um ponto de vista céptico.
as origens do (nosso) estado-social?
PS - A brincar, a brincar, será que esta coisa da nossa semanada também terá a ver com o tema de debate (as origens do moderno socialismo) aqui proposto pelo rui?
as origens do moderno socialismo - proposta de tema para debate
Eu penso que foi, também, mais ou menos isto que Lord Keynes começou por escrever há algumas décadas. Verdadeiramente, os liberais não lhe conseguiram ainda retorquir. Pelo menos no plano da aplicação prática do que defendem.
O que têm, hoje, os liberais a dizer sobre isto?
De vento em popa
- "Talvez me falte o fino instinto (...), (mas) confesso que não percebo bem aonde quer o Pedro chegar com estas citações. O Pedro bem podia ser mais claro, dizer-nos transparentemente qual a sua opinião e quais as suas posições."
(Luís Lavoura, comentário ao post Cultures)
- "(...) o nosso homem amadureceu e deixou-se de verduras..."
(Euroliberal, comentário ao post Leo Strauss)
26.10.06
Consenso IV
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site:sciencemag.org consensus "climate change": 586 entradas
site:sciencemag.org consensus "global warming": 325 entradas
Os Contras - Parte 1 - A Quercus
A Quercus está contra:
1. A localização da nova fábrica da Ikea em Paços de Ferreira.###
2. A construção do empreendimento "Pinhal do Atlantico" em Sesimbra.
3. A construção de um porto de pesca na ilha da Graciosa.
4. A construção de uma barragem do Baixo Sabor.
5. O arroz transgénico LL62 importado dos Estados Unidos.
6. O Plano de Implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável.
7. A plantação de oliveiras em zonas de azinheira e e sobreiro.
8. A caça na Lagoa de Melides.
9. A co-incineração nas cimenteiras.
10. As pressões sobre o património natural, paisagístico e cultural da Serra da Estrela.
11. Os químicos perigosos.
12. O Empreendimento Turístico da Medronheira de Cima.
13. A visão implícita no Plano Nacional de Desenvolvimento Rural.
14. A desanexação de terrenos da Reserva Ecológica Nacional no concelho de Anadia.
15. O percurso da IC1 no sublanço Angeja/Estarreja.
16. Os jacintos-de-água que infestam a Ria de Aveiro.
17. Uma estrada no Planalto de Santa Clara em Coimbra.
18. O uso ilegal de venenos em Portugal.
19. A construção de 157 fogos de custos controlados na freguesia de Santo António, Funchal.
20. O Plano de Urbanização da Serra da Carregueira.
21. O aproveitamento imobiliário do Convento dos Inglesinhos.
22. À demolição da Casa Garrett.
23. À construção de um hotel no Palácio Ribeiro da Cunha.
24. À edificação do Vale de Santo António.
25. Um empreendimento na Quinta de S. Vicente a Telheiras.
26. O Rock in Rio na Belavista.
27. A falta de esgotos em Monsanto.
28. O túnel do Marquês.
29. A Variante de Cintura Interna de Alcobaça
30. O projecto da Herdade do Pinheirinho.
31. A central nuclear de Almaraz, em Espanha.
32. A construção de uma barragem no Rio Paiva.
33. O local de implantação do Intermerché de Ourém.
34. Um condomínio privado na Praia da Mina do Azeiche.
35. A venda de madeira amazônica em Portugal.
36. O actual paradigma de desenvolvimento.
37. O incumprimento do protocolo de Quioto.
38. Os ensaios com sementes transgénicas em Portugal pela Pioneer Hi-Bred.
39. Os incêndios.
40. As ameaças ao Paul do Boquilobo.
41. Os polémicos planos de pormenor para a mata de Sesimbra.
42. A pesca com redes de arrasto em certos locais da Zona Económica Exclusiva.
43. A falta de condições nos jardins zoológicos.
44. A inacção do Instituto do Ambiente.
45. O excesso de ruído na baixa de Lisboa.
46. O atravessamento de Sintra por uma linha de alta tensão.
47. A plataforma logística de Castanheira do Ribatejo.
48. A construção de uma torre na Marina de Cascais.
49. A venda em hasta pública da Quinta de Nossa Senhora da Paz.
50. A rede 7 da carris.
51. O Campo de Tiro de Monsanto.
52. Um empreendimento na Avenida Infante Santo em Lisboa.
53. A construção de um parque de estacionamento no Largo Barão de Quintela.
54. As touradas no Campo Pequeno.
55. A utilização de combustíveis fósseis no tratamento de efluentes de suiniculturas.
56. O traçado do IC9.
57. O projecto Costa Terra em Melides.
58. A importação de soja resultante de manipulação genética.
59. O aumento da capacidade de incineração no país.
60. A ampliação de uma pedreira no concelho de Palmela.
61. Um gasoduto na Lagoa de Santo André.
62. Viveiros no sapal de Corroios.
63. A terceira travessia rodoviária no rio Tejo.
64. Algumas obras do Polis de Bragança.
65. O estacionamento gratuito no interior das cidades.
66. Os projectos de construção de dois blocos de apartamentos em Tróia.
67. A incineradora do Hospital Júlio de Matos.
68. A localização do aeroporto da Ota.
69. A ex-nova refinaria de Sines.
70. Os entraves ao direito à não-caça.
71. O novo terminal de granéis líquidos da Sapec.
72. O projecto habitacional na zona do Forum Coimbra.
73. O incumprimento espanhol nos caudais do Tejo e Guadiana.
74. As obras 'casuísticas' no caneiro de Alcântara.
75. A tarifa paga pela produção de biogás em aterro.
76. Quatro parques de campismo em Almada.
77. O Plano de Ordenamento do parque Natural da Arrábida.
78. A redução do Parque Natural da Serra da Estrela.
79. A construção de um empreendimento turístico na Pedra do Ouro, Alcobaça.
80. A atribuição do estatuto de utlidade pública ao projecto do Vale da Rosa.
81. O projecto Polis de Aveiro.
82. O monopólio no biodiesel