Em Portugal existirá provavelmente apenas um jornal a que se poderá atribuir a característica de «nacional» que é o Público, pois que as suas vendas se distribuirão, aproximadamente, de acordo com o peso relativo dos grandes centos urbanos, nomeadamente o grande Porto e a grande Lisboa. Dois outros jornais diários terão a mesma característica: o Destake e o Metro.
Por seu turno os jornais mais vendidos em termos globais são, um no sul, sobretudo na grande Lisboa, o Correio da Manhã, seguido de perto por um outro com forte implantação no Grande Porto, que é o Jornal de Notícias. Na zona de Lisboa há ainda mais dois jornais com relativa implementação regional e impacto em segmentos específicos de mercado: o Diário de Notícias e o 24 horas. O primeiro há várias gerações muito ligado ás elites culturais e ao poder político e o segundo, de carácter mais populista sendo sobretudo um derivado da cultura televisiva.
Em qualquer caso, os números de vendas dos jornais pagos são significativmente baixos face á media europeia, o que se justificará atendendo ao nível de desenvolvimento do país. Os 2 jornais mais vendidos (JN e CM), devido sobretudo á estratégia de incidência em temáticas regionais e locais, conseguem um produto relativamente homogéneo e uma relativa estabilidade. Já os 2 jornais que se reclamam de «referência» (jargão que significa negligência do local em favor do global e direccionados a elites), o Público e o DN, enfrentam um triplo desafio: a sua produção é muitíssimo mais cara, o público alvo é muito restrito, e este tem nos dias de hoje, sobretudo na parte em que aqueles títulos se distinguem dos demais, crescente acesso a formas alternativas de informação.
Daí não surpreender os contínuos esforços que aqueles dois títulos tem feito em se «renovar», tentando apalpar o terreno, descobrir para onde foram os velhos leitores ou captar novos públicos. Será esforço em vão? O mercado e os accionistas dizem que sim, pois mesmo com o investimento realizado os resultados pioram a olhos vistos. O produto será fraco, haverá incapacidade dos gestores ou dos jornalistas? Não creio. Certamente, nunca se terão construído carruagens tão boas e técnicamente tão avançadas como entre 1895 e 1910. A tecnologia, o design, os gestores e operários seriam do melhor. Simplesmente as pessoas já não queriam andar de carruagem mas sim de carro.
Por seu turno os jornais mais vendidos em termos globais são, um no sul, sobretudo na grande Lisboa, o Correio da Manhã, seguido de perto por um outro com forte implantação no Grande Porto, que é o Jornal de Notícias. Na zona de Lisboa há ainda mais dois jornais com relativa implementação regional e impacto em segmentos específicos de mercado: o Diário de Notícias e o 24 horas. O primeiro há várias gerações muito ligado ás elites culturais e ao poder político e o segundo, de carácter mais populista sendo sobretudo um derivado da cultura televisiva.
Em qualquer caso, os números de vendas dos jornais pagos são significativmente baixos face á media europeia, o que se justificará atendendo ao nível de desenvolvimento do país. Os 2 jornais mais vendidos (JN e CM), devido sobretudo á estratégia de incidência em temáticas regionais e locais, conseguem um produto relativamente homogéneo e uma relativa estabilidade. Já os 2 jornais que se reclamam de «referência» (jargão que significa negligência do local em favor do global e direccionados a elites), o Público e o DN, enfrentam um triplo desafio: a sua produção é muitíssimo mais cara, o público alvo é muito restrito, e este tem nos dias de hoje, sobretudo na parte em que aqueles títulos se distinguem dos demais, crescente acesso a formas alternativas de informação.
Daí não surpreender os contínuos esforços que aqueles dois títulos tem feito em se «renovar», tentando apalpar o terreno, descobrir para onde foram os velhos leitores ou captar novos públicos. Será esforço em vão? O mercado e os accionistas dizem que sim, pois mesmo com o investimento realizado os resultados pioram a olhos vistos. O produto será fraco, haverá incapacidade dos gestores ou dos jornalistas? Não creio. Certamente, nunca se terão construído carruagens tão boas e técnicamente tão avançadas como entre 1895 e 1910. A tecnologia, o design, os gestores e operários seriam do melhor. Simplesmente as pessoas já não queriam andar de carruagem mas sim de carro.