dos textos de Isabel Arriaga e Cunha, no Público:
«Mesmo se incorpora o essencial da Constituição....»
Essencial para quem?
Essencial como, se dois terços da dita Constituição foram deitados ao lixo?
Não será que a realidade que a UE tem sido nos últimos 50 anos (consubstanciada na parte III) é que seria um eventual «essencial»?
«(...) o novo Tratado será quase integralmente decalcado da Constituição Europeia.» A sério? E as partes II e III, eram o quê? simples anexos?
«Apesar do acordo significar que a UE vai continuar a funcionar ainda durante dez anos com regras inventadas há 50 (...)». O facto de as actuais regras terem entrado em vigor há pouco mais de um ano, em virtude do Tratado de Nice, parece que será irrelevante para a mensagem que se pretende transmitir.
«Apesar de ter aprovado a Constituição em 2004, altura em que a considerou um bom resultado para o seu país, Tony Blair tentou alterar algumas das disposições mais emblemáticas (...)»
O facto de o acordo para o novo Tratado ser resultado da exigência de dois governos que também «aprovaram a constituição em 2004» (França e Holanda) não interessa nada. O importante é apontar os britânicos como os «chatos». A França exige cortar 2/3 da Constituição, e retirar a livre concorrência dos Tratados, mas isso agora não interessa nada e Sarkozy é um campeão do «diálogo». A Holanda exige alterar o papel dos parlamentos e incluir os «critérios de Copenhaga» para futuros alargamentos. Mas isso agora não interessa nada.
«Mesmo se incorpora o essencial da Constituição....»
Essencial para quem?
Essencial como, se dois terços da dita Constituição foram deitados ao lixo?
Não será que a realidade que a UE tem sido nos últimos 50 anos (consubstanciada na parte III) é que seria um eventual «essencial»?
«(...) o novo Tratado será quase integralmente decalcado da Constituição Europeia.» A sério? E as partes II e III, eram o quê? simples anexos?
«Apesar do acordo significar que a UE vai continuar a funcionar ainda durante dez anos com regras inventadas há 50 (...)». O facto de as actuais regras terem entrado em vigor há pouco mais de um ano, em virtude do Tratado de Nice, parece que será irrelevante para a mensagem que se pretende transmitir.
«Apesar de ter aprovado a Constituição em 2004, altura em que a considerou um bom resultado para o seu país, Tony Blair tentou alterar algumas das disposições mais emblemáticas (...)»
O facto de o acordo para o novo Tratado ser resultado da exigência de dois governos que também «aprovaram a constituição em 2004» (França e Holanda) não interessa nada. O importante é apontar os britânicos como os «chatos». A França exige cortar 2/3 da Constituição, e retirar a livre concorrência dos Tratados, mas isso agora não interessa nada e Sarkozy é um campeão do «diálogo». A Holanda exige alterar o papel dos parlamentos e incluir os «critérios de Copenhaga» para futuros alargamentos. Mas isso agora não interessa nada.
Nota: a bandeira acima é da autoria de Rem Koolhaas