Ontem titulava-se por aí: «Professor de Sócrates acusado». Hoje escreve-se «Morais adjudicou 20 por cento a um amigo de Sócrates».
Depois dos títulos, lêem-se as notícias. Para além da factualidade (um foi professor e outro será amigo), em lado nenhum se faz referência a uma qualquer interferência ou ligação de Sócrates nos casos apontados. Ser «professor de» ou «amigo de» um qualquer acusado pode acontecer a qualquer um. Mas não é razão para tentar fazer insinuar ligações que não existem (ou que para já nem sequer se sugerem). Se amanhã uma pessoa qualquer matar ou roubar na rua x, escrever-se-á «vizinho de Sócrates apanhado em flagrante»?
Depois dos títulos, lêem-se as notícias. Para além da factualidade (um foi professor e outro será amigo), em lado nenhum se faz referência a uma qualquer interferência ou ligação de Sócrates nos casos apontados. Ser «professor de» ou «amigo de» um qualquer acusado pode acontecer a qualquer um. Mas não é razão para tentar fazer insinuar ligações que não existem (ou que para já nem sequer se sugerem). Se amanhã uma pessoa qualquer matar ou roubar na rua x, escrever-se-á «vizinho de Sócrates apanhado em flagrante»?