27.8.07

EPC

Só hoje soube do falecimento de Eduardo Prado Coelho. Nos últimos anos, mais no meu anterior blogue do que no Blasfémias, foram muitas as vezes que brinquei com os escritos de EPC, que, ao longo de muitos anos, tipificou o grupo dos intitulados "intelectuais de esquerda" cuja característica mais marcante era, para lá das toneladas de cultura que despejavam publicamente por todo o lado, um evidente afastamento da realidade do mundo e total desconhecimento dos mecanismos de funcionamento da economia e de criação de riqueza e bem-estar.

Nos últimos meses, algo se alterou. A figura de Eduardo Prado Coelho criou-me alguma empatia. Assisti a um debate em que participou, bem-disposto e simpático. A par da moderação que acompanhou os últimos tempos de vida, a comparação entre Prado Coelho e outros intelectuais que continuaram a cultivar uma anafada mistura de pretensiosismo com arrogância, foi muito favorável a EPC.

E certamente que há alguma significado no facto da notícia da morte de EPC ter tornado a minha manhã mais triste.