Se este homem não fosse presidente dos bombeiros e se os agentes em causa não fossem da Brigada de Trânsito da GNR, alguém, ao ler esta notícia, poderia ser levado a pensar que um homem morreu porque alguns guardas estavam a fazer um frete para garantir aos Bombeiros o monopólio de transporte de doentes. Mas logo percebemos que não."O presidente dos Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez apontou ontem o centro de saúde local e uma empresa privada de ambulâncias como "os maiores responsáveis" no caso que culminou com a morte de um doente. [...] Para o presidente dos Voluntários de Arcos de Valdevez, Luís Sá, a BT "apenas fez o seu papel", já que "viu uma ambulância do tipo A-1, que não pode fazer urgências, com as luzes de emergência ligadas e alegadamente a cometer algumas infracções ao Código da Estrada e mandou-a parar, para ver o que se estava a passar".
O que está em causa é apenas a observância escrupulosa dos preceitos estabelecidos numa sociedade civilizada. Fez a BT muito bem em obrigar o transporte ilegal a uma paragem de meia-hora. Se o doente tinha pressa, que esperasse.
E, como cidadão cumpridor, aqui aviso desde já que se um dia alguém tiver que chamar uma ambulância para mim, exijo uma ambulância que não seja do tipo A1. Até posso fenecer à espera, mas numa A1 nunca. Se o senhor presidente dos bombeiros de Valdevez diz que não servem, eu acredito.