Gosto muito deste tema, a letra (do grande Carlos Tê), a música, o som. Excelente banda.
Foi portanto com alguma pena que li que parece que é coisa inspirada num outro trabalho.
Ouça-se então Alcohol, dos brasileiros «Cansei de ser sexy»:###
31.10.07
Back to basics?
Desabafos de uma "mulher moderna", quiçá de cultura católica, que concorda com o Pedro Arroja. Recebido por e-mail:
São 5.30H da manhã, o despertador não pára de tocar e não tenho forças nem para atirá-lo contra a parede. Estou acabada. Não quero ir trabalhar hoje. Quero ficar em casa, a cozinhar, a ouvir música, a cantar, etc. Se tivesse um cão levava-o a passear nos arredores. Tudo menos sair da cama, meter a primeira e ter de por o cérebro a funcionar. Gostava de saber quem foi a bruxa imbecil, a matriz das feministas que teve a ideia de reivindicar os direitos da mulher e porque o fez connosco que nascemos depois dela?###
Estava tudo tão bem no tempo das nossas avós, elas passavam o dia todo a bordar, a trocar receitas com as suas amigas, ensinando-se mutuamente segredos de condimentos, truques, remédios caseiros, lendo bons livros das bibliotecas dos seus maridos, decorando a casa, podando árvores, plantando flores, recolhendo legumes das hortas eeducando os filhos. A vida era um grande curso de artesãos, medicinas alternativas e de cozinha.
Depois ainda ficou melhor, tivemos os serviços, chegou o telefone, as telenovelas, a pílula, o centro comercial, o cartão de credito, a Internet! Quantas horas de paz a sós e de realização pessoal nos trouxe a tecnologia! Até que veio uma tipa, que pelos vistos não gostava do corpinho que tinha, para contaminar as outras rebeldes inconsequentes com ideias raras sobre "vamos conquistar o nosso espaço".
Que espaço?! Que caraças! Se já tínhamos a casa inteira, o bairro era nosso, o mundo a nossos pés!!!
Tínhamos o domínio completo dos nossos homens, bastando para tal a mais leve ameaça de abstinência, eles dependiam de nós para comer, para se vestirem e para parecerem bem à frente dos amigos e agora?
Onde é que eles estão???
Nosso espaço???!!!
Agora eles estão confundidos, não sabem que papel desempenham na sociedade, fogem de nós como o diabo da cruz.
O resultado foi encher-mo-nos de deveres. E, pior ainda, acabámos no calabouço da solteirice crónica aguda!!!! Longe vão os tempos em que os casamentos eram para sempre.
Porquê? Digam-me porquê, um sexo que tinha tudo do melhor que só necessitava de ser frágil e deixar-se guiar pela vida começou a competir com os machos? A quem ocorreu tal ideia? Vejam o tamanhão dos bíceps deles e vejam o tamanho dos nossos! Claro que isso não ia terminar bem.
Não aguento mais ser obrigada ao ritual diário de ser magra como uma escova, mas com as mamas e o rabo rijos, para o qual tenho que me matar no ginásio, ou de juntar dinheiro para fazer uma mamoplastia, uma lipo, ou implantes nas nádegas...
Além de morrer de fome, pôr hidratantes, anti-rugas, padecer do complexo do radiador velho a beber água a toda a hora e acima de tudo ter armas para não cair vencida pela velhice, maquilhar-me impecavelmente cada manhã desde a cara ao decote, ter o cabelo impecável e não me atrasar com as madeixas, que os cabelos brancos são pior que a lepra, escolher bem a roupa, os sapatos e os acessórios, não vá não estar apresentável para a reunião do trabalho.
E não só, mas também ter que decidir que perfume combina com o meu humor, ter de sair a correr para ficar engarrafada no transito e ter que resolver metade das coisas pelo telemóvel, correr o risco de ser assaltada ou de morrer numa investida de um autocarro ou de uma mota, instalar-me todo o dia em frente ao PC, trabalhar como uma escrava, moderna claro está, com um telefone ao ouvido a resolver problemas uns atrás dos outros, que ainda por cima não são os meus problemas!!!
Tudo para sair com os olhos vermelhos - pelo monitor, porque para chorar de amor não há tempo! E olhem que tínhamos tudo resolvido, estamos a pagar o preço por estar sempre em forma, sem estrias, depiladas, sorridentes, perfumadas, unhas perfeitas, operadas, sem falar do currículo impecável, cheio de diplomas, de doutoramentos e especialidades, tornámo-nos super-mulheres mas continuamos a ganhar menos que eles e de todos os modos são eles que nos dão ordens!!!!
Que desastre! Não seria muito melhor continuar a cozer numa cadeira???
Basta!!! Quero alguém que me abra a porta para que possa passar, que me puxe a cadeira quando me vou sentar, que mande flores, cartinhas com poesias,que me faça serenatas à janela! Se nós já sabíamos que tínhamos um cérebro e que o podíamos utilizar, para quê ter que demonstrá-lo a eles??
Ai meu Deus, são 6.10H, e tenho que levantar-me da cama... Que fria está esta solitária e enorme cama! Aaaahhhh...
O que eu não dava por um maridinho que chegue do trabalho, que se sente ao sofá e me diga: "meu amor não me trazes um whisky por favor?" ou: "o que há para jantar?" Porque descobri que é muito melhor servir-lhe um jantar caseiro do que atragantar-me com uma sanduíche e uma Coca-Cola light enquanto termino o trabalho que trouxe para casa.
Pensais que estou a ironizar ou a exagerar? Não minhas queridas amigas, colegas inteligentes, realizadas, liberais... e idiotas! Estou a falar muito seriamente: abdico do meu posto de mulher moderna.
E digo mais: A maior prova da superioridade feminina era o facto de os homens esfalfarem-se a trabalhar para sustentar a nossa vida boa!
Agora somos iguais a eles!
Ai ai!!!
Feromonas
Porque é que as meninas da Liga Portuguesa Contra o Cancro colam um autocolante no peito dos dadores:
1. Para a pessoa não voltar a ser incomodada durante o peditório.
2. Para estimular as dádivas. Aqueles que tiverem o auto-colante serão vistas como generosos pelos colegas de trabalho.
3. Para estimular as dádivas. Quem vir muitas pessoas com autocolante também vai querer dar.
1. Para a pessoa não voltar a ser incomodada durante o peditório.
2. Para estimular as dádivas. Aqueles que tiverem o auto-colante serão vistas como generosos pelos colegas de trabalho.
3. Para estimular as dádivas. Quem vir muitas pessoas com autocolante também vai querer dar.
...just Gordon
Gordon Brown: «There is a reason for this [EU ban]: the abuse of his own people. There is no freedom in Zimbabwe; no freedom of association; no freedom of the press.»
Insultos, 6 milhões (e tal)
É inevitável - sempre que escrevo sobre o benfica ou religião (não exactamente por esta ordem mas,nesta fase, confesso, já não distingo muito bem uns dos outros) os comentários ficam inundados de insultos, ameaças e maldições variadas. Por vezes, reincididas via email (nem sabia que existiam emails anónimos). Alguns são tão ferozes que, por atenção às pessoas normais, sou obrigado a higienizar a caixa.
Agora, via Origem das Espécies, vejo que esta praga assola muita gente em muito lado - católicos há em todo o mundo, já se sabe; mas benfiquistas?! Em Espanha, pelos vistos, espalham o seu peculiar perfume em tudo o que é comentário em blogues. Não querem ver que eles até são tantos como pintam?
Agora, via Origem das Espécies, vejo que esta praga assola muita gente em muito lado - católicos há em todo o mundo, já se sabe; mas benfiquistas?! Em Espanha, pelos vistos, espalham o seu peculiar perfume em tudo o que é comentário em blogues. Não querem ver que eles até são tantos como pintam?
«Universal»?
O juiz espanhol Baltazar Garçon considerou-se competente, em face de diversas disposições legais, para investigar o desaparecimento de umas centenas de pessoas nos territórios saúris ocupados por Marrocos em 1975. Parece que invoca um tal de «princípio de justiça penal universal». Desconheço a base de sustentação de tal tese, embora me pareça algo particularmente estranho.
Porventura um teste de aplicação prática desse suposto poder jurisdicional «universal» seria alguém cotizar-se para pagar um bilhete de avião ao selectivo super-justiceiro para vir a Lisboa no início da cimeira UE-África. Não teria mãos a medir com tanta delegação.
Porventura um teste de aplicação prática desse suposto poder jurisdicional «universal» seria alguém cotizar-se para pagar um bilhete de avião ao selectivo super-justiceiro para vir a Lisboa no início da cimeira UE-África. Não teria mãos a medir com tanta delegação.
Vantagens do cheque-ensino para a esquerda
Não percebo porque é que a esquerda é contra o cheque-ensino. Se as escolas públicas fazem um bom trabalho e se não desperdiçam dinheiro, estou certo que, num regime em que todos os alunos têm direito ao mesmo cheque, acabarão por levar as escolas privadas à ruina. Acredito, como certamente eles acreditarão, que, se as escolas públicas pudessem fixar livremente as propinas, até conseguiriam cobrar propinas mais elevadas que as escolas privadas. Afinal, a reconhecida qualidade do que é público virá ao de cima num sistema em que todos os alunos dispõem dos meios para escolher a sua escola.
Ainda a TAP
O erro fatal do voo TP 653, na Bússola, em que Jorge Fiel explica muitos 'pormaiores' acerca da malfadada viagem do dia 6 de Agosto, bem como os critérios gerais com que aquela companhia aérea se rege e a consequente reacção dos clientes maltratados:
«... A TAP já começou a pagar por esta sua arrogância centralista. Quando não há voo directo para o seu destino, nove em cada dez homens de negócio do Norte preferem fazer a escala em Frankfurt (os alemães aproveitaram o espaço deixado livre pela TAP para aumentarem as suas ligações diárias ao Porto) do que em Lisboa...»
«... A TAP já começou a pagar por esta sua arrogância centralista. Quando não há voo directo para o seu destino, nove em cada dez homens de negócio do Norte preferem fazer a escala em Frankfurt (os alemães aproveitaram o espaço deixado livre pela TAP para aumentarem as suas ligações diárias ao Porto) do que em Lisboa...»
Leitura recomendada
Helena Matos no Público.
A propósito dos dados citados no artigo, esta notícia do DN:
Ou seja, o Estado gasta mais por ano e por aluno do que o valor anual das propinas cobradas pelos melhores colégios privados.
A propósito dos dados citados no artigo, esta notícia do DN:
Nos gastos com o primeiro e segundo ciclos do ensino básico, Portugal despendeu 4025 euros, enquanto no terceiro ciclo do básico e no secundário foram gastos por ano e por estudante 5655 euros.
Ou seja, o Estado gasta mais por ano e por aluno do que o valor anual das propinas cobradas pelos melhores colégios privados.
Jamais, Jamais...
Segundo o estudo da CIP, Alcochete é uma localização mais competitiva do que a Ota, para o novo aeroporto de Lisboa.
Entre outras coisas e de acordo com aquilo que foi noticiado, o estudo conclui que "os custos mais baixos de Alcochete têm uma enorme vantagem competitiva que os decisores políticos não podem ignorar: por serem mais baixos, esses custos de construção e instalação do novo aeroporto de Lisboa permitirão taxas muito mais baratas e uma competitividade internacional de tal modo superior à da Ota que não poderá ser desaproveitada".
Os desertos também podem ser competitivos.....
30.10.07
Dissuasão
Gosto da solução encontrada pela Ministra da Educação para o absentismo. Aluno que falta tem que fazer uma prova de recuperação e poderá ser obrigado a ficar mais tempo de castigo na escola. Isto se não faltar à prova de recuperação e ao castigo, claro. Parece que a pena para faltar à prova de recuperação e ao castigo é uma prova de recuperação e tempo de castigo na escola. Isto se não faltar à prova de recuperação e ao castigo, claro.Se faltar tem que fazer uma prova de recuperação e poderá ser obrigado a ficar mais tempo de castigo na escola. Se não faltar. Mas se faltar, castigo e prova de recuperação ...
Uma proposta liberal de reforma do ensino.
Publicado em 4 de Dezembro de 2006, na sequência do falecimento de Milton Friedman, "Uma proposta liberal de reforma do ensino. A propósito de Capitalism and Freedom c. VI." é um texto que, pela actualidade do tema, poderá ter interesse reler.
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As suas conclusões:
A reforma liberal do ensino visaria então (sem prejuízo de uma abordagem específica das situações de "monopólio técnico"):
1. Melhorar os resultados do ensino.
2. Promover a escolha da escola e o financiamento ao aluno como formas operacionais de atingir o primeiro objectivo.
3. Estabelecer, no campo do ensino, como corolário da separação entre Estado e Igrejas, uma separação total entre ensino científico e ensino religioso.
4. Promover a liberdade de ensino religioso, em locais e por entidades separadas relativamente ao ensino de base científica, sendo que este último deve ser independente de todas as religiões e filosofias pessoais.
5. Adaptar o sistema de ensino ao status de concorrência global actualmente existente, uma vez que maus resultados pedagógicos e cívicos podem comprometer o futuro de qualquer país.
Em suma, se nem todos aceitam o conceito de liberdade de escolha, será difícil encontrar quem não concorde que seja desejável melhorar os resultados do ensino. A escolha por parte do interessado e a concorrência são, salvo melhor opinião, o método mais capaz para atingir tal objectivo.
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As suas conclusões:
A reforma liberal do ensino visaria então (sem prejuízo de uma abordagem específica das situações de "monopólio técnico"):
1. Melhorar os resultados do ensino.
2. Promover a escolha da escola e o financiamento ao aluno como formas operacionais de atingir o primeiro objectivo.
3. Estabelecer, no campo do ensino, como corolário da separação entre Estado e Igrejas, uma separação total entre ensino científico e ensino religioso.
4. Promover a liberdade de ensino religioso, em locais e por entidades separadas relativamente ao ensino de base científica, sendo que este último deve ser independente de todas as religiões e filosofias pessoais.
5. Adaptar o sistema de ensino ao status de concorrência global actualmente existente, uma vez que maus resultados pedagógicos e cívicos podem comprometer o futuro de qualquer país.
Em suma, se nem todos aceitam o conceito de liberdade de escolha, será difícil encontrar quem não concorde que seja desejável melhorar os resultados do ensino. A escolha por parte do interessado e a concorrência são, salvo melhor opinião, o método mais capaz para atingir tal objectivo.
José Pedro Lopes Nunes
O embargo visto do Brasil
Apesar da reação norte-americana, a infra-estrutura básica cubana foi desenvolvida com a participação do investimento direto estrangeiro. Os exemplos se referem à geração, transmissão e distribuição de energia; à extração, prospecção e refino de petróleo e gás; e aos serviços de telecomunicações.
Assim, para produzir eletricidade usando gás extraído dos poços de petróleo da zona norte de Havana, foi formada a "joint venture" ENERGAS, cujas instalações foram construídas pela Sherrit Power Corporation, uma firma canadense que detém 23% de participação no capital da ENERGAS.
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http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/ide/idebrasilcuba/idebracub.htm
Assim, para produzir eletricidade usando gás extraído dos poços de petróleo da zona norte de Havana, foi formada a "joint venture" ENERGAS, cujas instalações foram construídas pela Sherrit Power Corporation, uma firma canadense que detém 23% de participação no capital da ENERGAS.
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http://www.receita.fazenda.gov.br/aduana/ide/idebrasilcuba/idebracub.htm
Todos contra a social-democracia nórdica
Hoje tivemos Vital Moreira, Rui Tavares e José Sócrates a declarar-se contra uma prática das social-democracias nórdicas: o cheque ensino.
Fica, pá!
O Corta-Fitas adianta que Luís Filipe Vieira se irá demitir.
Espero que não tenha levado a mal esta minha posta. Não te rales, Felipe, nós cá, nos blogues, andamos sempre na reinação, como vocês tanto dizem.
Luís, pá, eu estava a brincar, pá, eu gosto muito de ti, Felipiii!
Fica, pá! E segura o Vilarinho bem perto do coração. Sem a vossa dupla a coisa não tem piada. Só a lagartada é que não te acha graça, pá (não sei porquê).
E ainda há outro motivo para não te pores a andar, pá - lembra-te do que aconteceu ao outro, ao Vale Azevedo, pá, quando deixou de ser presidente. Foi um ar que se lhe deu, pá! Vê lá, pensa bem e fica quietinho! Pá!
Espero que não tenha levado a mal esta minha posta. Não te rales, Felipe, nós cá, nos blogues, andamos sempre na reinação, como vocês tanto dizem.
Luís, pá, eu estava a brincar, pá, eu gosto muito de ti, Felipiii!
Fica, pá! E segura o Vilarinho bem perto do coração. Sem a vossa dupla a coisa não tem piada. Só a lagartada é que não te acha graça, pá (não sei porquê).
E ainda há outro motivo para não te pores a andar, pá - lembra-te do que aconteceu ao outro, ao Vale Azevedo, pá, quando deixou de ser presidente. Foi um ar que se lhe deu, pá! Vê lá, pensa bem e fica quietinho! Pá!
Assembleia Geral da ONU apela à globalização e exige livre comércio entre todos os países do mundo e os EUA
Resolução aprovada por esmagadora maioria dos países
Assembleia-Geral da ONU volta a exigir fim do embargo a Cuba
A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou hoje, por esmagadora maioria, uma resolução exigindo o fim do embargo económico imposto pelos EUA a Cuba há mais de quatro décadas.
Esta é a 16ª vez desde 1992 que o órgão plenário da ONU, onde estão representados os 192 Estados-membros, aprova uma resolução sobre esta matéria, mas o diploma não tem valor vinculativo.Intitulado “Necessidade de levantar o bloqueio económico, comercial e financeiro a Cuba”, o texto foi aprovado por 184 votos a favor, uma abstenção e quatro votos contra (EUA, Israel, Ilhas Marshal e Palau).
http://www.publico.pt/
Assembleia-Geral da ONU volta a exigir fim do embargo a Cuba
A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou hoje, por esmagadora maioria, uma resolução exigindo o fim do embargo económico imposto pelos EUA a Cuba há mais de quatro décadas.
Esta é a 16ª vez desde 1992 que o órgão plenário da ONU, onde estão representados os 192 Estados-membros, aprova uma resolução sobre esta matéria, mas o diploma não tem valor vinculativo.Intitulado “Necessidade de levantar o bloqueio económico, comercial e financeiro a Cuba”, o texto foi aprovado por 184 votos a favor, uma abstenção e quatro votos contra (EUA, Israel, Ilhas Marshal e Palau).
http://www.publico.pt/
Os suspeitos do costume
«Procurador-geral reafirma que pode estar a ser escutado
Pinto Monteiro diz que há aparelhos para escutas ilegais à venda
O procurador-geral da República voltou hoje a admitir que poderá estar sob escuta porque há aparelhos para escutas ilegais à venda no mercado e defendeu que devem ser os órgãos policiais a agir face a essa realidade.
Ouvido na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Pinto Monteiro disse ter em sua posse "'catálogos de objectos para escutas, que ensinam como fazer, como comprar, quanto custam', os quais se encontram facilmente na Internet.» ###
http://www.publico.pt/
Pinto Monteiro diz que há aparelhos para escutas ilegais à venda
O procurador-geral da República voltou hoje a admitir que poderá estar sob escuta porque há aparelhos para escutas ilegais à venda no mercado e defendeu que devem ser os órgãos policiais a agir face a essa realidade.
Ouvido na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Pinto Monteiro disse ter em sua posse "'catálogos de objectos para escutas, que ensinam como fazer, como comprar, quanto custam', os quais se encontram facilmente na Internet.» ###
http://www.publico.pt/
Estado de Direito
(...) O procurador-geral explicou que, quando admitiu a possibilidade de estar sob escuta, em entrevista ao semanário “Sol”, não o fez num espírito de “conversa de café”, tratando-se sim de "uma atitude pensada". (...)
Pinto Monteiro contou que quando instalaram o telefone no seu gabinete lhe sugeriram que se quisesse ter uma conversa reservada "ligasse a televisão e falasse perto da televisão"(...)» fonte.
Pinto Monteiro contou que quando instalaram o telefone no seu gabinete lhe sugeriram que se quisesse ter uma conversa reservada "ligasse a televisão e falasse perto da televisão"(...)» fonte.
Ensinar e aprender
Angela Merkel pede à Índia para fazer mais contra as alterações climáticas
Creio que a Índia é que poderá ter algo para ensinar à Alemanha. Afinal, as emissões per capita da Índia são muito inferiores às alemãs. Quanto muito a Alemanha poderá ensinar a Índia a exportar indústrias poluentes para outros países (mantendo o respectivo consumo). Por seu lado, a Índia poderá ensinar a Alemanha a viver sem automóveis, água potável, escolas, comida, aquecimento central, hospitais, roupas de marca (ou mesmo roupa) e viagens de avião.
Creio que a Índia é que poderá ter algo para ensinar à Alemanha. Afinal, as emissões per capita da Índia são muito inferiores às alemãs. Quanto muito a Alemanha poderá ensinar a Índia a exportar indústrias poluentes para outros países (mantendo o respectivo consumo). Por seu lado, a Índia poderá ensinar a Alemanha a viver sem automóveis, água potável, escolas, comida, aquecimento central, hospitais, roupas de marca (ou mesmo roupa) e viagens de avião.
Bastou redefinir "sucesso"
Insucesso no secundário caiu de 32% para 25%
Dantes sucesso era ser aprovado no 10º, 11º e 12º. Agora sucesso é ser aprovado num curso profissional. O insucesso baixou.
Outra forma de redefinir "sucesso" é tornar as escolas mais inclusivas, isto é, tornar a avaliação interna mais benevolente.
Dantes sucesso era ser aprovado no 10º, 11º e 12º. Agora sucesso é ser aprovado num curso profissional. O insucesso baixou.
Outra forma de redefinir "sucesso" é tornar as escolas mais inclusivas, isto é, tornar a avaliação interna mais benevolente.
Outra questão
Ainda a propósito da "blindagem" de estatutos nas sociedades comerciais (vg. sociedades cotadas na bolsa), poderão os limites ao exercício do direito de voto, em Assembleia Geral, ser ou não uma medida "anti-mercado"?
Por exemplo, poderão ou não as alterações efectuadas em véspera ou no decurso de uma OPA (no sentido de restringir o direito de voto e o princípio capitalista), ser consideradas medidas anti-OPA (proibidas habitualmente em todos os regimes jurídicos) e lesivas do livre funcionamento do mercado de capitais? ###
Tal questão foi suscitada, entre nós, em OPAS recentes, envolvendo precisamente algumas das instituições (bancárias) que estão agora na ordem do dia...a CMVM, que eu saiba, sempre marcou a sua posição, relativamente a esta matéria, por um discreto e descomprometido silêncio...
Por exemplo, poderão ou não as alterações efectuadas em véspera ou no decurso de uma OPA (no sentido de restringir o direito de voto e o princípio capitalista), ser consideradas medidas anti-OPA (proibidas habitualmente em todos os regimes jurídicos) e lesivas do livre funcionamento do mercado de capitais? ###
Tal questão foi suscitada, entre nós, em OPAS recentes, envolvendo precisamente algumas das instituições (bancárias) que estão agora na ordem do dia...a CMVM, que eu saiba, sempre marcou a sua posição, relativamente a esta matéria, por um discreto e descomprometido silêncio...
Chegou a BÚSSOLA
Alguns dos melhores resolveram fazer um blogue: chamaram-lhe Bússola - porque o Norte é o sentido para que naturalmente apontam.
Podia dizer que estarão num espaço que ainda faltava preencher. Que têm tudo daquilo que motivou o percurso dos bons blogues: a amizade, uma causa instintiva e um enorme gozo no que são e fazem. Mas, tenho a certeza, a Bússola vai mostrar muito mais do que isso.
Será a qualidade a tornar a Bússola paragem quotidiana e obrigatória. Como já o é para mim.
Podia dizer que estarão num espaço que ainda faltava preencher. Que têm tudo daquilo que motivou o percurso dos bons blogues: a amizade, uma causa instintiva e um enorme gozo no que são e fazem. Mas, tenho a certeza, a Bússola vai mostrar muito mais do que isso.
Será a qualidade a tornar a Bússola paragem quotidiana e obrigatória. Como já o é para mim.
Defendamos nós o Vieira deles!
Ontem, a Ass. Geral do Benfica foi atribulada. A proposta de fazer do "pastor alentejano da PT" (Marcelo dixit) sócio honorário da instituição foi chumbada. E o presidente da coisa foi injuriado: aldrabão, vigarista... Muito injusto para o homem que prometeu certezas assim:
- A transferencia de Mantorras é superior à do Figo. Mantorras vale 18 milhões de contos. Mantorras é muito cobiçado na Europa, não sai por menos de 18 milhões de contos - Agosto de 2001
- Temos a coluna vertebral do futuro campeão europeu - 27/4/2002
- É possível termos meio milhão de sócios em 2003 - Outubro 2002
- Dentro de 3 anos o Benfica será o maior do mundo - 19-04-2003
- Nos próximos três anos resolveremos todos os problemas do Benfica. Não faço promessas aos sócios", idem
- O objectivo é termos 500 mil sócios daqui a três anos - Outubro 2003
- “Luís Filipe Vieira quer tornar Simão num símbolo do Benfica e está disposto a abrir um regime de excepção para segurar o capitão” – Record, 19/3/2007
- «O Benfica não vai participar na Taça da Liga» enquanto este organismo «não estiver verdadeiramente empenhado em credibilizar o futebol» 19/5/2007
O presidente da AG, o lúcido Vilarinho, foi obrigado a entornar pedidos de calma que nunca conseguiram tornar o ambiente mais sóbrio. A polícia teve de ser chamada...
Por mim, estou disposto a iniciar um movimento de apoio a Vieira. Para qualquer portista que se preze, a continuidade da actual direcção encarnada é um bem precioso - pelo que dizem, pelas figurinhas que fazem e pelas incontáveis alegrias que nos dão. Com jeitinho, Vieira e os seus ainda alcançarão a glória daquele que melhor soube representar a alma encarnada: Vale e Azevedo.
Já faltou mais...
- A transferencia de Mantorras é superior à do Figo. Mantorras vale 18 milhões de contos. Mantorras é muito cobiçado na Europa, não sai por menos de 18 milhões de contos - Agosto de 2001
- Temos a coluna vertebral do futuro campeão europeu - 27/4/2002
- É possível termos meio milhão de sócios em 2003 - Outubro 2002
- Dentro de 3 anos o Benfica será o maior do mundo - 19-04-2003
- Nos próximos três anos resolveremos todos os problemas do Benfica. Não faço promessas aos sócios", idem
- O objectivo é termos 500 mil sócios daqui a três anos - Outubro 2003
- “Luís Filipe Vieira quer tornar Simão num símbolo do Benfica e está disposto a abrir um regime de excepção para segurar o capitão” – Record, 19/3/2007
- «O Benfica não vai participar na Taça da Liga» enquanto este organismo «não estiver verdadeiramente empenhado em credibilizar o futebol» 19/5/2007
O presidente da AG, o lúcido Vilarinho, foi obrigado a entornar pedidos de calma que nunca conseguiram tornar o ambiente mais sóbrio. A polícia teve de ser chamada...
Por mim, estou disposto a iniciar um movimento de apoio a Vieira. Para qualquer portista que se preze, a continuidade da actual direcção encarnada é um bem precioso - pelo que dizem, pelas figurinhas que fazem e pelas incontáveis alegrias que nos dão. Com jeitinho, Vieira e os seus ainda alcançarão a glória daquele que melhor soube representar a alma encarnada: Vale e Azevedo.
Já faltou mais...
Uma questão.
Porque não equacionar, entre nós e á semelhança do que sucede nas legislações de alguns Estados-membros da UE, limitar (ou mesmo proibir) cláusulas de "blindagem" de estatutos, nas sociedades comerciais?
Os pobres são menos inteligentes do que os ricos?*
«Em que escola estavas quando foi o 25 de Abril? Em que escola estão os teus filhos?» – À célebre pergunta «Onde é que estavas no 25 de Abril?» é imperioso que se juntem agora estas duas interrogações. Experimente-se por exemplo fazer estas perguntas aos ministros, deputados, autarcas, assessores, artistas, professores... e descobrir-se-á que a maior parte deles frequentou o ensino público mas optou pelo ensino privado na hora de inscrever os seus filhos e netos na escola. Não porque os seus filhos sejam mais ou menos inteligentes mas simplesmente porque têm medo que a falta de exigência os embruteça. ###
Duvido que algum destes hipotéticos inquiridos o assumisse claramente. Dariam como justificação os horários, os amigos, às vezes até os piolhos mas o que dificilmente diriam é que o fazem porque não acreditam na qualidade do ensino público. Muitos provavelmente serão oficialmente a favor do novo Estatuto do Aluno, tal como foram da afectação de tempos lectivos a ‘coisas’ como a Área de Projecto ou da desautorização dos professores e funcionários. Na prática isso não os afecta porque os seus filhos e os seus netos estão a salvo destes desmandos.
O falhanço do ensino público em Portugal tornou-se uma ratoeira contra os mais pobres: pobreza e o insucesso escolar tornaram-se sinónimos. E assim continuaremos para que ninguém preste contas por aquilo que começou por ser um erro e se está a transformar num crime.
Ao contrário do que se tornou quase banal dizer não foi a massificação do ensino público que comprometeu a sua qualidade. Os responsáveis por aquilo que os rankings cruamente espelham foram aqueles que fizeram da escola pública um espaço experiências sociológicas. Passamos a vida a discutir os programas mas um mau programa ainda é um programa. O pior foi baixar em cada ano lectivo o nível da exigência. Primeiro porque era mais moderno. Depois porque assim não se faziam distinções entre mais e menos inteligentes. Depois porque o objectivo da escola não era ensinar conteúdos mas sim ensinar a relacionar-se. Depois porque já não podia ser doutro modo.
Os filhos dos pobres não são nem mais nem menos inteligentes que os filhos dos ricos. Tiveram sim foi o azar dos seus pais não ganharem o suficiente para os poupar a esse papel de cobaias de teorias que tanto vêem na ignorância o estado supremo da perfeição igualitária como entendem que aprender tem de ser divertido e fácil. Nada disto afecta quem legisla porque os seus filhos não estão nas escolas públicas ou quando estão souberam contornar o crivo das moradas e horários de modo a frequentarem as turmas ditas dos filhos dos professores. Quem não pode fugir das más escolas é quem não tem dinheiro nem conhecimentos.
Alguns como Francisco Louçã querem agora diabolizar os rankings vislumbrando apoios da extrema-direita aos colégios que se encontram nos primeiros lugares. Engana-se redondamente. Quem fez a fortuna recente das escolas de maristas, jesuítas e da Opus Dei, dos colégios franceses, ingleses e modernos sem esquecer as escolas alemãs e americanas foram precisamente aqueles – às vezes de esquerda mas nem sempre – que resolveram que a escola pública não era o local onde todos tinham igual oportunidade de aprender, mas sim o espaço onde a irrelevância medíocre dos resultados provaria que todos podemos ser igualmente ignorantes e irresponsáveis.
*PÚBLICO 29 de Outubro
Duvido que algum destes hipotéticos inquiridos o assumisse claramente. Dariam como justificação os horários, os amigos, às vezes até os piolhos mas o que dificilmente diriam é que o fazem porque não acreditam na qualidade do ensino público. Muitos provavelmente serão oficialmente a favor do novo Estatuto do Aluno, tal como foram da afectação de tempos lectivos a ‘coisas’ como a Área de Projecto ou da desautorização dos professores e funcionários. Na prática isso não os afecta porque os seus filhos e os seus netos estão a salvo destes desmandos.
O falhanço do ensino público em Portugal tornou-se uma ratoeira contra os mais pobres: pobreza e o insucesso escolar tornaram-se sinónimos. E assim continuaremos para que ninguém preste contas por aquilo que começou por ser um erro e se está a transformar num crime.
Ao contrário do que se tornou quase banal dizer não foi a massificação do ensino público que comprometeu a sua qualidade. Os responsáveis por aquilo que os rankings cruamente espelham foram aqueles que fizeram da escola pública um espaço experiências sociológicas. Passamos a vida a discutir os programas mas um mau programa ainda é um programa. O pior foi baixar em cada ano lectivo o nível da exigência. Primeiro porque era mais moderno. Depois porque assim não se faziam distinções entre mais e menos inteligentes. Depois porque o objectivo da escola não era ensinar conteúdos mas sim ensinar a relacionar-se. Depois porque já não podia ser doutro modo.
Os filhos dos pobres não são nem mais nem menos inteligentes que os filhos dos ricos. Tiveram sim foi o azar dos seus pais não ganharem o suficiente para os poupar a esse papel de cobaias de teorias que tanto vêem na ignorância o estado supremo da perfeição igualitária como entendem que aprender tem de ser divertido e fácil. Nada disto afecta quem legisla porque os seus filhos não estão nas escolas públicas ou quando estão souberam contornar o crivo das moradas e horários de modo a frequentarem as turmas ditas dos filhos dos professores. Quem não pode fugir das más escolas é quem não tem dinheiro nem conhecimentos.
Alguns como Francisco Louçã querem agora diabolizar os rankings vislumbrando apoios da extrema-direita aos colégios que se encontram nos primeiros lugares. Engana-se redondamente. Quem fez a fortuna recente das escolas de maristas, jesuítas e da Opus Dei, dos colégios franceses, ingleses e modernos sem esquecer as escolas alemãs e americanas foram precisamente aqueles – às vezes de esquerda mas nem sempre – que resolveram que a escola pública não era o local onde todos tinham igual oportunidade de aprender, mas sim o espaço onde a irrelevância medíocre dos resultados provaria que todos podemos ser igualmente ignorantes e irresponsáveis.
*PÚBLICO 29 de Outubro
29.10.07
Circus
Alguém me explique: o BPI e o BCP são entidades privadas. José Berardo é um accionista do BCP. O que é que estão a fazer na televisão? O que é que há ali para «peixeirar» que não tenha de ser resolvido no interior de uma administração ou de uma assembleia geral? Que interesse tem aquilo? Quem quer ver aqueles momentos de conversa de tão mau gosto?
Às vezes ainda se entende que quem tem de viver da praça pública tenha de fazer e suportar certas coisas em público.
Agora, Fernando Ulrich, está ali a fazer o quê? Como é que as pessoas aceitam (ou são tão estranhamente ingénuas....), ao ponto de aceitar fazer parte daquilo?
Às vezes ainda se entende que quem tem de viver da praça pública tenha de fazer e suportar certas coisas em público.
Agora, Fernando Ulrich, está ali a fazer o quê? Como é que as pessoas aceitam (ou são tão estranhamente ingénuas....), ao ponto de aceitar fazer parte daquilo?
Leituras: Why beautiful people have more daughters.
Publicado em Setembro de 2007 pela editora Perigee, New York, "Why beautiful people have more daughters" é uma obra de Alan S. Miller e Satoshi Kanazawa, sendo que, no que respeita ao primeiro autor, a obra é publicada a título póstumo.
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O título do livro inspira-se no título de um artigo científico publicado no mesmo ano de 2007 no Journal of Theoretical Biology (vol. 244, pág. 133-140) por S. Kanazawa, no qual o autor explora a aplicação da generalized Trivers-Willard hypothesis à geração de descendência de cada um dos sexos. Para Kanazawa, a beleza/capacidade de atracção é mais importante no sexo feminino do que no masculino, pelo que a biologia humana teria evoluído no sentido de as pessoas mais atraentes gerarem mais filhas do que filhos. Para além disso, e ainda para o autor, "…women are significantly more physically atractive than men…".
A teoria original em causa, de R.L. Trivers e D.E. Willard (Science 1973 vol. 179 pág. 90-92), tendo em conta que "a male in good condition at the end of the period of parental investment is expected to outreproduce a sister in similar condition, while she is expected to outreproduce him if both are in poor condition" postula que "as maternal condition declines, the adult female tends to produce a lower ratio of males to females". A teoria de Trivers e Willard constituiu, sem dúvida, uma fonte de debate importante, uma vez que o artigo em causa foi citado em mais de mil artigos publicados ulteriormente.
Trata-se, pois, de desenvolvimentos dentro do campo geral da teoria evolucionista de Charles Darwin, uma teoria a que se associaram, no século XX, D.W. Hamilton e R. Dawkins.
Miller e Kanazawa, no princípio do livro (pág. 5), avisam que irão escrever "never talking about what ought to be at all and only talking what is", portanto procurando concentrar-se sobretudo na perspectiva científica e não na perspectiva moral, mais concretamente, na perspectiva da Psicologia Evolucionista, a escola a que pertencem.
Os autores criticam o que designam por "Standard Social Science Model", para a qual, alegadamente, "evolution stops at the neck" (pág.12), levando, na perspectiva que Miller e Kanazawa criticam, a valorizar unicamente o ambiente e as experiências vivenciais, em detrimento da biologia. Pelo contrário, para Miller e Kanazawa, "people are animals" (pág. 18), e "human behaviour is the product of both innate human nature and the environment (pág. 19)".
Miller e Kanazawa defendem que "the sex differences in behaviour, cognition, values, and preferences are largely innate; universal across cultures; and, in many cases, constant across species" (pág. 32). As mulheres, segundo os autores, prefeririam homens com "greater resources and higher status" (pág. 73), uma vez que estas seriam as condições mais apropriadas para o desenvolvimento da sua própria descendência.
Para os autores, deve notar-se, "women are the reason men do everything" (pág. 133). Razões do foro biológico contribuiriam para fenómenos como o crime e a violência, o assédio sexual, as diferenças de estatuto e vencimento entre os dois sexos, entre outros tópicos analisados pelos autores.
A religião é encarada pelos autores como estando associada a um possível "animistic bias" - o cérebro estaria preparado "to perceive intentional forces behind a wide range of natural physical phenomena" (pág. 160) uma vez que esse atributo constituiria uma estratégia de gestão de risco mais apropriada no contexto ancestral. Não atribuir erradamente um movimento de plantas, etc., a um ser animado (e.g. um predador) podia custar a vida, enquanto que o caso contrário, atribuir uma causa animada a um fenómeno físico natural, tal como a queda de um fruto, teria consequências muito menos graves.
Como nota final, pode dizer-se que "Why beautiful people have more daughters" é um livro de leitura interessante, capaz de provocar o espírito do leitor em numerosas passagens, não obstante muitas das ideias que são apresentadas poderem ser consideradas polémicas, desde logo a crítica às Ciências Sociais. A seu favor poderá invocar-se a preocupação dos autores em colocar os alicerces da obra no campo da observação empírica com base científica. Se as bases invocadas são suficientes para suportar as principais conclusões, é algo que poderá ficar a cargo da avaliação de cada leitor, uma vez que o livro encerra com uma extensa lista de bibliografia que poderá satisfazer mentes mais curiosas.
José Pedro Lopes Nunes
Comparações
Umas das condições necessárias para se poder comparar o ensino público com o privado é a existência de concorrência em igualdade de condições. Para início de conversa, o ensino público teria que cobrar o custo real dos serviços ao cliente.
A vantagem competitiva da selecção
Tem-se vindo a passar a ideia de que o facto de as escolas privadas seleccionarem os seus alunos é um argumento contra elas. Ora, do ponto de vista do cliente não é. O que o cliente quer, o que qualquer pai quer, é um ambiente seleccionado. Escolas que não forem capazes de oferecer um ambiente seleccionado para os seus alunos (o que inclui selecção de alunos e professores) fornecem um serviço de segunda. E como o cliente está mais interessado no sucesso do seu filho do que na inclusão social e outros valores colectivistas, será o cliente o primeiro a mexer-se para encontrar uma escola selectiva. Como sempre, as pessoas individuais conspiram para destruir as utopias socialistas.
Rankings e a questão do "público vs. privado"
O hábito de comparar a performance do público com a performance do privado par daí aferir as vantagens de um sistema mais liberal vem do tempo das privatizações das empresas públicas. Já lá vão 15 anos. Na época era evidente que o sistema privado tinha uma performance melhor do que o público e que isso se devia à falta de incentivos à boa gestão no sector público e ao facto de as empresas públicas se encontrarem totalmente desligadas da procura.
Esse hábito não pode ser transposto directamente para 2007 e para a questão do ensino por várias razões:
Tendo em conta a total desigualdade de armas, é notável que algumas escolas privadas consigam aparecer no topo dos rankings.
Esse hábito não pode ser transposto directamente para 2007 e para a questão do ensino por várias razões:
1. Apesar de tudo, existem escolas públicas que escapam ao espartilho do Ministério da Educação, normalmente ignorando muitas das directivas que deveriam cumprir. Normalmente são escolas que não têm problemas em seleccionar os seus alunos e professores, livrando-se dos mais problemáticos e tentando atrair os melhores.
2. Não existe ensino verdadeiramente privado em Portugal. O que existem são concessões para que os privados possam desempenhar determinadas funções sob tutela do Estado. As vantagens do ensino privado dificilmente poderão ser observadas no ensino privado português porque o ensino privado tem que fazer o que o Estado manda.
3. O ensino privado e o ensino público competem com armas desiguais. O ensino público tem os seus custos de funcionamento e de investimento pagos pelo Estado. O ensino privado tem que pagar os custos de investimento e de funcionamento com as receitas que consegue atrair. O ensino público tem preço zero para o cliente, o ensino privado cobra propinas ao cliente.
Tendo em conta a total desigualdade de armas, é notável que algumas escolas privadas consigam aparecer no topo dos rankings.
Notícias não relacionadas:
«O Governo prevê gastar no próximo ano mais de 190,4 milhões de euros em estudos, pareceres, projectos e consultadorias. Uma verba que representa um aumento de 74 milhões (62 por cento) em relação ao montante despendido este ano : 116 milhões». (CM)
«Questionado sobre se Portugal é um país de corruptos, Pinto Monteiro afirma que não, sublinhando que «a corrupção maior é a corrupção de Estados» e que «em Portugal não existem as verbas fantásticas do petróleo ou aquelas que vão para África». (DD)
«Questionado sobre se Portugal é um país de corruptos, Pinto Monteiro afirma que não, sublinhando que «a corrupção maior é a corrupção de Estados» e que «em Portugal não existem as verbas fantásticas do petróleo ou aquelas que vão para África». (DD)
Notas internas inflacionadas, concursos viciados II
Seleccionei duas escolas:
1. uma que tem a média da nota interna próximas da média das notas de exame
2. outra que tem a média da nota interna bastante maior do que a média das notas de exame.
Vou chamar à escola 1 a escola que "não inflaciona notas" e à escola 2 a que "inflaciona notas".
De cada uma destas escolas seleccionei os alunos que tiveram nota interna de 16, 17, 18, 19 e 20. Fui ver que nota tiveram estes alunos no exame nacional. O gráfico seguinte representa as percentagens destes alunos que tiveram uma dada nota no exame nacional.
Algumas observações:
###
1. Qualquer que seja a escola, uma fracção significativa dos alunos que tem entre 16 e 20 de nota interna acaba por ter uma nota de exame inferior a 16.
2. Na escola que não inflaciona as notas internas a percentagem de alunos com nota igual ou superior a 16 no exame nacional é maior do que na escola que inflaciona as notas internas.
3. Para a escola que inflaciona as notas internas: 41% mantiveram uma nota igual ou superior a 16.
4. Para a escola que não inflaciona as notas internas: 55% mantiveram uma nota igual ou superior a 16.
Nota 1: a escola 2 é conhecida por inflacionar as notas. É também uma escola conhecida por colocar muitos alunos em medicina.
Nota2: Esta análise foi feita sem o consentimento do Dr. Louçã.
Nota 3: O mais provável é que ambas as escolas inflacionem as notas internas, mas uma delas está a inflacioná-las mais do que a outra.
Nota 4: É evidente que os alunos da escola 2 estão a ser beneficiados na nota interna relativamente aos da escola 1.
1. uma que tem a média da nota interna próximas da média das notas de exame
2. outra que tem a média da nota interna bastante maior do que a média das notas de exame.
Vou chamar à escola 1 a escola que "não inflaciona notas" e à escola 2 a que "inflaciona notas".
De cada uma destas escolas seleccionei os alunos que tiveram nota interna de 16, 17, 18, 19 e 20. Fui ver que nota tiveram estes alunos no exame nacional. O gráfico seguinte representa as percentagens destes alunos que tiveram uma dada nota no exame nacional.
Algumas observações:
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1. Qualquer que seja a escola, uma fracção significativa dos alunos que tem entre 16 e 20 de nota interna acaba por ter uma nota de exame inferior a 16.
2. Na escola que não inflaciona as notas internas a percentagem de alunos com nota igual ou superior a 16 no exame nacional é maior do que na escola que inflaciona as notas internas.
3. Para a escola que inflaciona as notas internas: 41% mantiveram uma nota igual ou superior a 16.
4. Para a escola que não inflaciona as notas internas: 55% mantiveram uma nota igual ou superior a 16.
Nota 1: a escola 2 é conhecida por inflacionar as notas. É também uma escola conhecida por colocar muitos alunos em medicina.
Nota2: Esta análise foi feita sem o consentimento do Dr. Louçã.
Nota 3: O mais provável é que ambas as escolas inflacionem as notas internas, mas uma delas está a inflacioná-las mais do que a outra.
Nota 4: É evidente que os alunos da escola 2 estão a ser beneficiados na nota interna relativamente aos da escola 1.
Um referendo a sério *
«Surgiram sinais de uma possível alteração da vontade instintiva de José Sócrates em não realizar um referendo sobre o Tratado de Lisboa. O Governo só ganharia com isso. Provavelmente, o ‘sim’ venceria. E seria cumprida uma promessa eleitoral, pelo menos. Depois, constituiria uma notável finta à nova liderança laranja – o PSD ficaria tristemente só a reclamar uma esdrúxula ratificação parlamentar, para logo ser forçado a seguir Sócrates em campanha...»
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* Publicado ontem no Correio da Manhã
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* Publicado ontem no Correio da Manhã
Por causa do BCP...
... Agita-se de novo o espantalho da perda dos "centros de decisão nacionais". Em benefício dos mesmos de sempre.
O povo nunca está suficientemente preparado para votar
O PÚBLICO tem hoje uma entrevista com «Oscar Jara, sociólogo e educador popular» que fez campanha pelo NÃO aquando do referendo que teve lugar na Costa Rica sobre o Tratado de Comércio Livre com os Estados Unidos. O NÃO perdeu.
O sociólogo e educador popular Oscar Jara vai «contestar as leis de que depende» a entrada em vigor deste tratado. É um direito que provavelmente ele não reconheceria aos defensores do SIM caso eles tivessem perdido o referendo. Mas que Oscar Jara conteste é normal e desejável. O que não é normal é que o entrevistador escreva coisas como esta:
«A Costa Rica foi às urnas em 7 de Outubro para responder em referendo "sim" ou "não" ao Tratado de Comércio Livre (TLC, em castelhano) com os Estados Unidos. Foi o primeiro país a realizar uma consulta a este propósito. Os costa-riquenhos, apesar de preparados por um debate de três anos, responderam "sim". »
O resto da prosa está disponível na edição de hoje do PÚBLICO.
http://www.publico.clix.pt/
O sociólogo e educador popular Oscar Jara vai «contestar as leis de que depende» a entrada em vigor deste tratado. É um direito que provavelmente ele não reconheceria aos defensores do SIM caso eles tivessem perdido o referendo. Mas que Oscar Jara conteste é normal e desejável. O que não é normal é que o entrevistador escreva coisas como esta:
«A Costa Rica foi às urnas em 7 de Outubro para responder em referendo "sim" ou "não" ao Tratado de Comércio Livre (TLC, em castelhano) com os Estados Unidos. Foi o primeiro país a realizar uma consulta a este propósito. Os costa-riquenhos, apesar de preparados por um debate de três anos, responderam "sim". »
O resto da prosa está disponível na edição de hoje do PÚBLICO.
http://www.publico.clix.pt/
28.10.07
Mediaticamente puros*
I) As declarações do Prémio Nobel James Watson acerca da inteligência dos negros tiveram o extraordinário mérito de quebrar o clima de beatificação laica que envolve os laureados com o dito prémio. Ser Nobel é o que de mais semelhante temos hoje com o desaparecido estatuto dos heróis da Antiguidade Clássica ou com os santos do catolicismo. ###
Hoje o Olimpo é só uma montanha igual a todas as outras montanhas e os deuses, talvez cansados de se cruzarem com montanhistas, espeleólogos e turistas, dormem agora fechados em compêndios sobre mitologia. Mais próximo de nós, o Vaticano é cada vez mais cauteloso na hora de falar de santidade – ou seja da relação privilegiada que alguns humanos tiveram com Deus – optando antes por fazer sobressair o papel determinante que a Igreja Católica teve na vida daqueles que a serviram: só no próximo dia 28 de Outubro, Bento XVI, declarará beatos 498 espanhóis executados entre 1934 e 1937 por serem católicos e estarem ligados a ordens religiosas.
Assim num mundo descrente de Deus, desiludido com as ideologias e que mexe na História com pinças, os agraciados com o Nobel tornaram-se nos heróis e santos possíveis. O Nobel da Paz é o expoente deste estatuto mediaticamente puro atribuído aos laureados. Não admira portanto que os textos muito críticos do jornalista Christopher Hitchens sobre Madre Teresa de Calcutá ou o Dalai Lama, ambos distinguidos com o Nobel da Paz, tenham sido recebidos não como bons ou maus textos mas sim como heresias. Noutros casos nem se passa para lá das hagiografias. Por exemplo, que textos que não sejam meros panegíricos vimos em Portugal sobre Ramos Horta ou dom Ximenes Belo?
Esta concepção algures entre o herói e o santo dos laureados tem levado a que se atirem para baixo do tapete detalhes incómodos de muitos nobéis. Por exemplo, as declarações da queniana Wangari Maathai, Nobel da Paz, que defende que o vírus da SIDA foi criado geneticamente com vista ao extermínio dos negros norte-americanos. Dir-se-á que as declarações dum Nobel da Paz não têm o peso científico dum Nobel da Medicina como é James Watson. Sendo isso verdade é apenas uma parte da verdade. Chame-se a isto racismo ou não – e na minha opinião é – também é verdade que se Wangari Maathai fosse europeia ou norte-americana e não queniana e se vez de negra fosse branca ou asiática as suas declarações teriam causado muito maior escândalo. A isto junta-se que Wangari Maathai, que por sinal também não condena a excisão do clitóris, fez essas declarações num continente, África, onde governos como o sul-africano se serviram deste tipo de teses para não aprovarem programas de tratamento contra a SIDA, condenado assim mihões de pessoas à morte.
Pegando na pergunta aqui feita por Rui Tavares «Serão os prémios Nobel menos inteligentes do que os empregados de café?» respondo que os Prémios Nobel têm certamente características que os distinguem da maior parte de nós mas isso não faz deles necessariamente melhores pessoas. Ou sequer um exemplo a seguir.
II) As declarações de James Watson remetem para um universo nosso velho conhecido - o do racismo. Mas a genética trouxe novas serpentes a este ovo tenebroso: não só hoje é visto como consensual que devem ser invariavelmente interrompidas as gravidezes cujos fetos apresentem deficiências como cada vez mais se anuncia uma humanidade geneticamente corrigida. Ou seja, ainda antes de nos termos desembaraçado do racismo, podemos ter de enfrentar um novo eugenismo. Que nos promete algo tão desumano quanto tentador: uma humanidade perfeita.
*PÚBLICO, 23 de Outubro
Hoje o Olimpo é só uma montanha igual a todas as outras montanhas e os deuses, talvez cansados de se cruzarem com montanhistas, espeleólogos e turistas, dormem agora fechados em compêndios sobre mitologia. Mais próximo de nós, o Vaticano é cada vez mais cauteloso na hora de falar de santidade – ou seja da relação privilegiada que alguns humanos tiveram com Deus – optando antes por fazer sobressair o papel determinante que a Igreja Católica teve na vida daqueles que a serviram: só no próximo dia 28 de Outubro, Bento XVI, declarará beatos 498 espanhóis executados entre 1934 e 1937 por serem católicos e estarem ligados a ordens religiosas.
Assim num mundo descrente de Deus, desiludido com as ideologias e que mexe na História com pinças, os agraciados com o Nobel tornaram-se nos heróis e santos possíveis. O Nobel da Paz é o expoente deste estatuto mediaticamente puro atribuído aos laureados. Não admira portanto que os textos muito críticos do jornalista Christopher Hitchens sobre Madre Teresa de Calcutá ou o Dalai Lama, ambos distinguidos com o Nobel da Paz, tenham sido recebidos não como bons ou maus textos mas sim como heresias. Noutros casos nem se passa para lá das hagiografias. Por exemplo, que textos que não sejam meros panegíricos vimos em Portugal sobre Ramos Horta ou dom Ximenes Belo?
Esta concepção algures entre o herói e o santo dos laureados tem levado a que se atirem para baixo do tapete detalhes incómodos de muitos nobéis. Por exemplo, as declarações da queniana Wangari Maathai, Nobel da Paz, que defende que o vírus da SIDA foi criado geneticamente com vista ao extermínio dos negros norte-americanos. Dir-se-á que as declarações dum Nobel da Paz não têm o peso científico dum Nobel da Medicina como é James Watson. Sendo isso verdade é apenas uma parte da verdade. Chame-se a isto racismo ou não – e na minha opinião é – também é verdade que se Wangari Maathai fosse europeia ou norte-americana e não queniana e se vez de negra fosse branca ou asiática as suas declarações teriam causado muito maior escândalo. A isto junta-se que Wangari Maathai, que por sinal também não condena a excisão do clitóris, fez essas declarações num continente, África, onde governos como o sul-africano se serviram deste tipo de teses para não aprovarem programas de tratamento contra a SIDA, condenado assim mihões de pessoas à morte.
Pegando na pergunta aqui feita por Rui Tavares «Serão os prémios Nobel menos inteligentes do que os empregados de café?» respondo que os Prémios Nobel têm certamente características que os distinguem da maior parte de nós mas isso não faz deles necessariamente melhores pessoas. Ou sequer um exemplo a seguir.
II) As declarações de James Watson remetem para um universo nosso velho conhecido - o do racismo. Mas a genética trouxe novas serpentes a este ovo tenebroso: não só hoje é visto como consensual que devem ser invariavelmente interrompidas as gravidezes cujos fetos apresentem deficiências como cada vez mais se anuncia uma humanidade geneticamente corrigida. Ou seja, ainda antes de nos termos desembaraçado do racismo, podemos ter de enfrentar um novo eugenismo. Que nos promete algo tão desumano quanto tentador: uma humanidade perfeita.
*PÚBLICO, 23 de Outubro
Rankings e liberdade de acesso à informação
Francisco Louçã denunciou o Ministério da Educação pela "mistificação gigantesca" na divulgação dos "rankings" nacionais.
Ao contrário do que Louçã parece pensar, o Governo não publica rankings. O Governo limita-se a cumprir o que as leis do acesso à informação o obrigam. O Governo publica a informação em bruto. Os rankings são feitos por quem os quiser fazer. E quem os quiser fazer não está impedido de cruzar a base de dados dos exames do secundário com outras bases de dados públicas ou a publicar de acordo com o mesmo princípio de liberdade de acesso à informação. O que irrita Francisco Louçã é que a informação é pública e o seu uso não é condicionado. É por isso que Francisco Louçã quer que a lei estabeleça com precisão a forma como o público em geral pode usar a informação a que tem direito. Custa-lhe viver numa sociedade aberta em que qualquer um pode fazer o que quiser à informação pública.
Ao contrário do que Louçã parece pensar, o Governo não publica rankings. O Governo limita-se a cumprir o que as leis do acesso à informação o obrigam. O Governo publica a informação em bruto. Os rankings são feitos por quem os quiser fazer. E quem os quiser fazer não está impedido de cruzar a base de dados dos exames do secundário com outras bases de dados públicas ou a publicar de acordo com o mesmo princípio de liberdade de acesso à informação. O que irrita Francisco Louçã é que a informação é pública e o seu uso não é condicionado. É por isso que Francisco Louçã quer que a lei estabeleça com precisão a forma como o público em geral pode usar a informação a que tem direito. Custa-lhe viver numa sociedade aberta em que qualquer um pode fazer o que quiser à informação pública.
Leitura oportuna
Homoerotismo, selectividade, religião, sociedade e sexo, por LA-C, no A Destreza das Dúvidas.
O crime horrivel de financiar o ensino
O Bloco de Esquerda acusou hoje a direita e a extrema-direita de financiarem o ensino privado, em particular a 'Opus Dei'
Isto é grave. A seguir Francisco Louçã vai acusar a direita (e a extrema direita) de financiar hospitais, obras de caridade e de ajudar os cegos a atravessar a rua.
Já agora, o Estado também financia o ensino, o que na minha opinião é muito suspeito.
Ainda o imposto audiovisual...
No seguimento do que a Helena diz aqui sobre a chamada «contribuição audio-visual», devo dizer que eu não a pago. E para tal, é um processo bastante simples, bastando escrever uma cartinha com o seguinte teor:###
« À EDP
Rua Norberto Oliveira, 13, 1º Póvoa de Santo Adrião
2675-416 Odivelas
nº de contrato: xpto
código de identificação local: xpto
Ex.mos Senhores,
Venho solicitar que não me seja facturada a «contribuição audio-visual» junto com a minha factura de electricidade.
com os melhores cumprimentos,»
Desde então surge na minha factura a seguinte indicação: «contribuição audio-visual: recusada»
« À EDP
Rua Norberto Oliveira, 13, 1º Póvoa de Santo Adrião
2675-416 Odivelas
nº de contrato: xpto
código de identificação local: xpto
Ex.mos Senhores,
Venho solicitar que não me seja facturada a «contribuição audio-visual» junto com a minha factura de electricidade.
com os melhores cumprimentos,»
Desde então surge na minha factura a seguinte indicação: «contribuição audio-visual: recusada»
Coisas fascinantes
Alguém poderá explicar com que critérios foram escolhidos os espectáculos e companhias que animam ou desanimam os espaços de responsabilidade municipal que seguem abaixo?
A lista está longe de ser exaustiva mas dada a polémica instalada no Rivoli do Porto gostaria de saber como foram feitas estas outras escolhas. Aos interessados na objectividade nestas atribuições recomendo que sigam o caso de Lamego
http://www.lamegohoje.com/index.asp?idEdicao=278&id=8530&idSeccao=1733&Action=noticia
###
Abrantes
Cine-Teatro
Alcobaça
Cineteatro
Almada
TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA
Almodôvar
Cine-Teatro Municipal de Almodôvar
Amadora
Cine-Teatro Municipal Dom João V
Aveiro
Teatro Municipal de Aveiro
Barreiro
Teatro Municipal do Barreiro
Beja
Teatro Municipal Pax Julia
Bragança
Teatro Municipal de Bragança
Cascais
Teatro Municipal Mirita Casimiro
Castelo-Branco
Cine-Teatro Avenida
CASTRO VERDE
Cine-Teatro Municipal
Constância
Cine-Teatro Municipal de Constância
Estarreja
Teatro Municipal de Estarreja
Estremoz
Teatro Bernardim Ribeiro
Évora
Teatro Municipal Garcia de Resende
Faro
Teatro das Figuras
Teatro Lethes
Solar do Capitão-mor
Guarda
Teatro Municipal da Guarda
Horta
Cine Teatro Faialense
Lamego
Cine-Teatro Avenida
Leiria
Teatro Miguel Franco
Lisboa
Teatro Municipal Maria Matos
Teatro Municipal S. Luiz
Artistas Unidos n´a capital - Teatro Paulo Claro
Casa Conveniente
Chapitô
Cineteatro da Encarnação
Clube Estefânia
Estrela Hall Theatre - The Lisbon Players
Os Papa Léguas - Teatro de Animação
Teatro - Estúdio Lanterna Mágica
Teatro - Estúdio Mário Viegas
Teatro Aberto
Teatro Camões
Teatro Casa da Comédia
Teatro Cinearte
Teatro da Comuna
Teatro da Trindade
Teatro de Bolso
Teatro de Carnide
Teatro do Bairro Alto - Companhia de Teatro da Cornucópia
Teatro do Século
Teatro Ibérico
Teatro Maria Vitória
Teatro Nacional de S. Carlos
Teatro Palco Oriental
Teatro Politeama
Teatro Taborda
Teatro Villaret
Loulé
Cine Teatro Louletano
Mação
Cine - Teatro Municipal de
Mealhada
Cine-Teatro Municipal Messias
Moita
Fórum Cultural José Figueiredo
Nelas
CINE-TEATRO MUNICIPAL
Oeiras
Teatro Municipal Amélia Rey Colaço
Redondo
Cine-Teatro Municipal do Redondo
Santarém
Teatro Sá da Bandeira
Serpa
Cine-Teatro Municipal de Serpa
Setúbal
Forum Luísa Todi
Torres Novas
Teatro Virgínia
Viana do Castelo
Teatro Municipal Sá de Miranda
Vila Real
Teatro de Vila Real
A lista está longe de ser exaustiva mas dada a polémica instalada no Rivoli do Porto gostaria de saber como foram feitas estas outras escolhas. Aos interessados na objectividade nestas atribuições recomendo que sigam o caso de Lamego
http://www.lamegohoje.com/index.asp?idEdicao=278&id=8530&idSeccao=1733&Action=noticia
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Abrantes
Cine-Teatro
Alcobaça
Cineteatro
Almada
TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA
Almodôvar
Cine-Teatro Municipal de Almodôvar
Amadora
Cine-Teatro Municipal Dom João V
Aveiro
Teatro Municipal de Aveiro
Barreiro
Teatro Municipal do Barreiro
Beja
Teatro Municipal Pax Julia
Bragança
Teatro Municipal de Bragança
Cascais
Teatro Municipal Mirita Casimiro
Castelo-Branco
Cine-Teatro Avenida
CASTRO VERDE
Cine-Teatro Municipal
Constância
Cine-Teatro Municipal de Constância
Estarreja
Teatro Municipal de Estarreja
Estremoz
Teatro Bernardim Ribeiro
Évora
Teatro Municipal Garcia de Resende
Faro
Teatro das Figuras
Teatro Lethes
Solar do Capitão-mor
Guarda
Teatro Municipal da Guarda
Horta
Cine Teatro Faialense
Lamego
Cine-Teatro Avenida
Leiria
Teatro Miguel Franco
Lisboa
Teatro Municipal Maria Matos
Teatro Municipal S. Luiz
Artistas Unidos n´a capital - Teatro Paulo Claro
Casa Conveniente
Chapitô
Cineteatro da Encarnação
Clube Estefânia
Estrela Hall Theatre - The Lisbon Players
Os Papa Léguas - Teatro de Animação
Teatro - Estúdio Lanterna Mágica
Teatro - Estúdio Mário Viegas
Teatro Aberto
Teatro Camões
Teatro Casa da Comédia
Teatro Cinearte
Teatro da Comuna
Teatro da Trindade
Teatro de Bolso
Teatro de Carnide
Teatro do Bairro Alto - Companhia de Teatro da Cornucópia
Teatro do Século
Teatro Ibérico
Teatro Maria Vitória
Teatro Nacional de S. Carlos
Teatro Palco Oriental
Teatro Politeama
Teatro Taborda
Teatro Villaret
Loulé
Cine Teatro Louletano
Mação
Cine - Teatro Municipal de
Mealhada
Cine-Teatro Municipal Messias
Moita
Fórum Cultural José Figueiredo
Nelas
CINE-TEATRO MUNICIPAL
Oeiras
Teatro Municipal Amélia Rey Colaço
Redondo
Cine-Teatro Municipal do Redondo
Santarém
Teatro Sá da Bandeira
Serpa
Cine-Teatro Municipal de Serpa
Setúbal
Forum Luísa Todi
Torres Novas
Teatro Virgínia
Viana do Castelo
Teatro Municipal Sá de Miranda
Vila Real
Teatro de Vila Real
Sobre a decadência do Norte
Quem quiser perceber algumas das razões que fazem com que a região Norte se afogue permanentemente na decadência de quase todos os índices de desenvolvimento e, sobretudo, esteja imersa numa triste menoridade política, faça o favor de tentar interpretar os argumentos de uma das personagens que há mais anos - ou melhor, há anos demais - é suposto representar os seus interesses.
Não há qualquer dúvida: com adversários desta docilidade intelectual, o centralismo está ai para continuar a desgraçar este país por muitos mais tempo.
Não há qualquer dúvida: com adversários desta docilidade intelectual, o centralismo está ai para continuar a desgraçar este país por muitos mais tempo.
Efeito Colateral
Quando,em 1997, Plinio Apuleyo Mendoza (Embaixador da Colômbia em Portugal), Carlos Alberto Montaner e Alvaro Vargas Llosa publicaram o seu Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, nunca imaginaram que Hugo Chavez o lesse e pensasse que era para levar a sério.
Nestas escadas e na sala de condóminos não se ouve música...
... nem vê televisão. Contudo tem de se pagar a Contribuição para o Audio Visual, cuja vem incluída na factura da EDP.
Aos contestatários deste pagamento a EDP responde assim:
«Recebemos o seu mail que agradecemos. A Contribuição para o Audio Visual está em vigor desde 01.09.2003 nos termos da Lei nº30/2003, publicada no Diário da Republica nº193, I - A Série de 22 deAgosto. É cobrada pelas empresas distribuidoras de energia eléctrica aos consumidores domésticos e actualmente aos consumidores não domésticos ( Aprovado pelo decreto-lei nº 169-A/2005 de 3/10/2005) cujo consumo exceda 400 Kwh. O seu valor actual é de 1,71 Euros.
Com os nossos melhores cumprimentos
EDP Online»
A EDP esquece-se de informar que é compensada por esse serviço de cobranças:
As empresas distribuidoras e as empresas comercializadoras de electricidade, incluindo as de último recurso, são compensadas pelos encargos de liquidação da contribuição através da retenção de um valor fixo por factura cobrada, a fixar, de acordo com um princípio de cobertura de custos, por despacho conjunto dos ministros responsáveis pelas áreas das finanças, da economia e das políticas públicas de comunicação social. 4 - À liquidação, cobrança e pagamento da contribuição aplica-se subsidiariamente o disposto na lei geral tributária e no Código de Procedimento e de Processo Tributário. (Lei nº30/2003)
E sobretudo
1) Será aceitável que o Estado use uma empresa distribuidora dum bem essencial - electricidade - para impor taxas sobre um serviço público?
2) É aceitável que quem recusar pagar a Contribuição para o Audio-Visual fique privado de electricidade pois segundo a Lei nº30/2003 "As empresas distribuidoras e as empresas comercializadoras de electricidade, incluindo as de último recurso, não podem emitir facturas respeitantes ao seu fornecimento nem aceitar o respectivo pagamento por parte dos consumidores sem que ao preço seja somado o valor da contribuição para o áudio-visual."?
Aos contestatários deste pagamento a EDP responde assim:
«Recebemos o seu mail que agradecemos. A Contribuição para o Audio Visual está em vigor desde 01.09.2003 nos termos da Lei nº30/2003, publicada no Diário da Republica nº193, I - A Série de 22 deAgosto. É cobrada pelas empresas distribuidoras de energia eléctrica aos consumidores domésticos e actualmente aos consumidores não domésticos ( Aprovado pelo decreto-lei nº 169-A/2005 de 3/10/2005) cujo consumo exceda 400 Kwh. O seu valor actual é de 1,71 Euros.
Com os nossos melhores cumprimentos
EDP Online»
A EDP esquece-se de informar que é compensada por esse serviço de cobranças:
As empresas distribuidoras e as empresas comercializadoras de electricidade, incluindo as de último recurso, são compensadas pelos encargos de liquidação da contribuição através da retenção de um valor fixo por factura cobrada, a fixar, de acordo com um princípio de cobertura de custos, por despacho conjunto dos ministros responsáveis pelas áreas das finanças, da economia e das políticas públicas de comunicação social. 4 - À liquidação, cobrança e pagamento da contribuição aplica-se subsidiariamente o disposto na lei geral tributária e no Código de Procedimento e de Processo Tributário. (Lei nº30/2003)
E sobretudo
1) Será aceitável que o Estado use uma empresa distribuidora dum bem essencial - electricidade - para impor taxas sobre um serviço público?
2) É aceitável que quem recusar pagar a Contribuição para o Audio-Visual fique privado de electricidade pois segundo a Lei nº30/2003 "As empresas distribuidoras e as empresas comercializadoras de electricidade, incluindo as de último recurso, não podem emitir facturas respeitantes ao seu fornecimento nem aceitar o respectivo pagamento por parte dos consumidores sem que ao preço seja somado o valor da contribuição para o áudio-visual."?
27.10.07
"Como não dissemos como vamos fazer"
José Sócrates: "A ratificação pelo Parlamento é tão válida quanto a ratificação por referendo"
O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que as duas formas de ratificação do novo tratado da União Europeia (UE), pelo Parlamento ou por referendo, são legítimas, acrescentando que ambas estão em cima da mesa.
"A ratificação pelo Parlamento é tão válida quanto a ratificação por referendo", afirmou José Sócrates aos jornalistas, no final do Fórum Novas Fronteiras, no Centro Cultural de Belém.
"Como não dissemos como vamos fazer, naturalmente as duas possibilidades estão em cima da mesa", disse também o primeiro-ministro, reiterando que, "depois de assinado o tratado, no dia 13 de Dezembro, o Governo tornará pública a sua opção, a sua vontade".
Programa de governo:
No curto prazo, a prioridade do novo Governo será a de assegurar a ratificação do Tratado acima referido. O Governo entende que é necessário reforçar a legitimação democrática do processo de construção europeia, pelo que defende que a aprovação e ratificação do Tratado deva ser precedida de referendo popular, amplamente informado e participado, na sequência de uma revisão constitucional que permita formular aos portugueses uma questão clara, precisa e inequívoca.
Terra plana
Vital Moreira sobre os sistema de defesa anti-míssil que os EUA querem instalar na Europa de Leste:
Dr Vital Moreira,
A Terra não é plana.
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Quando a explicação "não cola"
A comparação que Putin fez com os mísseis soviéticos em Cuba de 1962 pode ser forçada, mas a justificação dos Estados Unidos para a instalação de mísseis na fronteira europeia da Rússia -- na Polónia e na República Checa --, alegadamente para defesa contra ataques de mísseis de "rogue States", como o Irão, não pode ser levada a sério. Se tal fosse o propósito, então esses mísseis de intercepção não ficariam mais bem instalados, digamos, na Turquia ou na Grécia? O que é que eles fazem na fronteira russo-polaca, completamente fora do possível trajecto dos hipotéticos ataques?
Dr Vital Moreira,
A Terra não é plana.
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26.10.07
E de Natália Petrova a JSD acha que se pode falar?
«A pedido da Rússia, a UE forneceu detalhes sobre a situação dos direitos humanos em cada um dos seus 27 Estados membros.»
http://www.rtp.pt/index.php?article=304481&visual=16
E a pedido da UE a Rússia forneceu detalhes sobre a situação dos direitos humanos no seu território?
Por exemplo a Rússia está disponível para falar sobre este 'detalhe' conhecido hoje:
«Uma jornalista de Kazan (800 quilómetros a Leste de Moscovo) foi espancada no seu apartamento assim como as filhos e ameaçada de internamento num hospital psiquiátrico até às legislativas de Dezembro, contou ela, quinta-feira, à France Presse.
Natália Petrova, autora de filmes documentários sobre o Cáucaso e nomeadamente sobre a Chechénia, foi importunada por dois homens nos corredores da escola dos filhos na manhã de 06 de Setembro.
'Eles disseram-me 'vamos levar-te para o hospital psiquiátrico por seis meses' e falaram várias vezes das eleições legislativas de 02 de Dezembro', explicou por telefone.
Depois de ter conseguido escapar, voltou para casa e tentou telefonar à polícia: 'Tinha notado desde manhã que o telefone não funcionava e continuava assim'.
Pediu ao pai, de 74 anos, que fosse buscar à saída das aulas as duas filhas gémeas de 9 anos..
Quando este voltou, os dois homens que a tinham atacado de manhã mais um terceiro irromperam pelo apartamento e bateram-lhe com violência na nuca, nos braços e nas pernas, assim como à sua mãe que tentava separá-los e às filhas, uma das quais ficou com um dente partido.
Os dois homens pisaram-lhe depois as mãos dizendo 'assim já não escreves mais', acrescentou.
Munidos de um 'enorme telefone do tipo dos que têm os polícias' eles falavam para um certo 'Slava' e pareciam receber 'ordens' dele, disse, afirmando ter então reconhecido a voz de um investigador de Kazan com quem ela tivera um relacionamento em 2005.
Vários defensores russos dos direitos humanos, solidarizaram-se com ela, designadamente Andrei Mironov, membro da conhecida e respeitada ONG Memorial, assim como a organização Repórteres sem Fronteiras.
'Nós assistimos a uma limpeza na Rússia dos restos de democracia, a imprensa livre é destruída de forma sistemática, a sociedade civil é asfixiada por todos os meios', disse Mironov.
http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/150380
http://www.rtp.pt/index.php?article=304481&visual=16
E a pedido da UE a Rússia forneceu detalhes sobre a situação dos direitos humanos no seu território?
Por exemplo a Rússia está disponível para falar sobre este 'detalhe' conhecido hoje:
«Uma jornalista de Kazan (800 quilómetros a Leste de Moscovo) foi espancada no seu apartamento assim como as filhos e ameaçada de internamento num hospital psiquiátrico até às legislativas de Dezembro, contou ela, quinta-feira, à France Presse.
Natália Petrova, autora de filmes documentários sobre o Cáucaso e nomeadamente sobre a Chechénia, foi importunada por dois homens nos corredores da escola dos filhos na manhã de 06 de Setembro.
'Eles disseram-me 'vamos levar-te para o hospital psiquiátrico por seis meses' e falaram várias vezes das eleições legislativas de 02 de Dezembro', explicou por telefone.
Depois de ter conseguido escapar, voltou para casa e tentou telefonar à polícia: 'Tinha notado desde manhã que o telefone não funcionava e continuava assim'.
Pediu ao pai, de 74 anos, que fosse buscar à saída das aulas as duas filhas gémeas de 9 anos..
Quando este voltou, os dois homens que a tinham atacado de manhã mais um terceiro irromperam pelo apartamento e bateram-lhe com violência na nuca, nos braços e nas pernas, assim como à sua mãe que tentava separá-los e às filhas, uma das quais ficou com um dente partido.
Os dois homens pisaram-lhe depois as mãos dizendo 'assim já não escreves mais', acrescentou.
Munidos de um 'enorme telefone do tipo dos que têm os polícias' eles falavam para um certo 'Slava' e pareciam receber 'ordens' dele, disse, afirmando ter então reconhecido a voz de um investigador de Kazan com quem ela tivera um relacionamento em 2005.
Vários defensores russos dos direitos humanos, solidarizaram-se com ela, designadamente Andrei Mironov, membro da conhecida e respeitada ONG Memorial, assim como a organização Repórteres sem Fronteiras.
'Nós assistimos a uma limpeza na Rússia dos restos de democracia, a imprensa livre é destruída de forma sistemática, a sociedade civil é asfixiada por todos os meios', disse Mironov.
http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/150380
Existe um top das desculpas hipócritas?
«JSD cancela iniciativa 'Sem Liberdade, não há Verdade'
A JSD cancelou a iniciativa agendada para sexta-feira que previa a colocação de uma faixa em frente ao Convento de Mafra, onde decorrerá a Cimeira UE/Rússia, denunciando a violação da liberdade de imprensa na Rússia.
'Sentimos um descontrolo absoluto de alguns membros do Governo, relativamente a esta iniciativa, como se a acção em causa fosse arruinar todo o esforço de sucesso da presidência portuguesa da União Europeia', explicou em comunicado Pedro Rodrigues, presidente da JSD.
'Para que se não diga que algo correu mal devido à iniciativa que nos propusemos, optámos por suspender a acção 'Sem Liberdade, não há Verdade'», informou a JSD.»
http://www.rtp.pt/index.php?article=304330&visual=16
A JSD cancelou a iniciativa agendada para sexta-feira que previa a colocação de uma faixa em frente ao Convento de Mafra, onde decorrerá a Cimeira UE/Rússia, denunciando a violação da liberdade de imprensa na Rússia.
'Sentimos um descontrolo absoluto de alguns membros do Governo, relativamente a esta iniciativa, como se a acção em causa fosse arruinar todo o esforço de sucesso da presidência portuguesa da União Europeia', explicou em comunicado Pedro Rodrigues, presidente da JSD.
'Para que se não diga que algo correu mal devido à iniciativa que nos propusemos, optámos por suspender a acção 'Sem Liberdade, não há Verdade'», informou a JSD.»
http://www.rtp.pt/index.php?article=304330&visual=16
O Grande Regulador
«Não saberemos como será uma próxima campanha eleitoral com o recurso da Internet. Isto vai colocar um problema muito difícil. Já existem regras instituídas para a televisão, rádio e imprensa, mas não para a Internet. Só a China conseguiu controlar a net, mas o regime daquele país é muito diferente do nosso", alertou Corrado Calabro, presidente do entidade reguladora italiana (AGCOM), durante a sua intervenção no painel "Os Caminhos da Regulação - Dificuldades e Desafios Globais».
http://dn.sapo.pt/2007/10/25/media/conteudos_internet_preocupam_regulad.html
São conceitos como este que se propalam nas reuniões sobre regulação.
Ou seja estes senhores tal como aqueles que mandam na China querem controlar a net. E a única coisa que os distingue dos colegas chineses é que estes últimos têm um regime que permite tal controlo. Mas os não chineses como senhor Corrado garantem que hão-de chegar lá. Ao controlo.
Domesticamente temos o nosso Corrado ou Grande Regulador clamando contra o caos:
«Assisti a uma parte da conferência promovida pela Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) sob o lema "Para uma cultura da regulação" tendo intervindo numa das suas sessões. Pude assim presenciar à cruzada dos interessados contra a regulação, em nome de uma mítica auto-regulação, para a qual os operadores ainda pouco contribuíram.
Ao iniciar a minha comunicação, ocorreu-me dizer, provocativamente, citando o dito romano sobre os lusitanos ("Não se governam, nem se deixam governar"), que os média portugueses nem se auto-regulam nem se querem deixar regular»
http://causa-nossa.blogspot.com/2007/10/regulao-mnima.html
Pois é. Vital Moreira melhor que ninguém sabe que o poder da regulação é o poder da governação. E na verdade o que está em causa é o direito a governar a comunicação social. E também a blogosfera.
http://dn.sapo.pt/2007/10/25/media/conteudos_internet_preocupam_regulad.html
São conceitos como este que se propalam nas reuniões sobre regulação.
Ou seja estes senhores tal como aqueles que mandam na China querem controlar a net. E a única coisa que os distingue dos colegas chineses é que estes últimos têm um regime que permite tal controlo. Mas os não chineses como senhor Corrado garantem que hão-de chegar lá. Ao controlo.
Domesticamente temos o nosso Corrado ou Grande Regulador clamando contra o caos:
«Assisti a uma parte da conferência promovida pela Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) sob o lema "Para uma cultura da regulação" tendo intervindo numa das suas sessões. Pude assim presenciar à cruzada dos interessados contra a regulação, em nome de uma mítica auto-regulação, para a qual os operadores ainda pouco contribuíram.
Ao iniciar a minha comunicação, ocorreu-me dizer, provocativamente, citando o dito romano sobre os lusitanos ("Não se governam, nem se deixam governar"), que os média portugueses nem se auto-regulam nem se querem deixar regular»
http://causa-nossa.blogspot.com/2007/10/regulao-mnima.html
Pois é. Vital Moreira melhor que ninguém sabe que o poder da regulação é o poder da governação. E na verdade o que está em causa é o direito a governar a comunicação social. E também a blogosfera.
Caso sério?
Jardim Gonçalves apoia proposta de fusão do BPI
A informação é avançada hoje pela agência Reuters que garante que Jardim Gonçalves já contactou um accionista do BCP a pedir-lhe que apoie a proposta do BPI. Segundo a Reuters fonte oficial do BCP não comenta esta informação.
Notas internas inflacionadas, concursos viciados
O gráfico foi feito com base nos resultados dos exames nacionais (prova 635) e das notas internas de Matemática.
As notas internas são dadas com base em critérios que variam de escola para escola. As notas de exame são dadas de acordo com os mesmos critérios a alunos que realizaram uma de duas provas nacionais.
O gráfico representa a diferença entre a nota intena e a nota de exame em função da nota de exame. Verifica-se que quanto maior a nota de exame menor a diferença entre a nota interna e a nota de exame. Este é um indicador de que as notas internas mais baixas são inflacionadas. Esta inflação das notas dos piores alunos vicia os concursos de acesso ao ensino superior nos quais as notas internas contam mais do que as notas de exame nacional.
O gráfico seguinte complementa o anterior. É a nota interna em função da nota de exame. Se fossem iguais os pontos deveriam cair na diagonal.
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Cartel Autárquico
Este é que seria um bom assunto para a Autoridade da Concorrência. No JN:
"Os autarcas das Câmaras da Área Metropolitana de Lisboa (AML) definiram, ontem, em reunião com o presidente da Junta Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto Carvalho, a retenção de 5% do IRS cobrado nos respectivos concelhos, ao abrigo da nova Lei de Finanças Locais.
De acordo com Carlos Humberto, que preside, também, à Câmara Municipal do Barreiro, os autarcas consideraram que "a solução dos 5% é a mais ajustada". Acrescentou ainda que, apesar de competir a cada município a gestão das verbas arrecadadas em IRS, houve "um consenso" entre os 18 presidentes de Câmara sobre a não existência de condições para a redução de uma parcela do IRS aos munícipes.
Bug do Millennium
As notícias sugerem este facto estranho. Dois bancos portugueses unem-se por troca de participações accionistas. O resultado é um banco estrangeiro.
25.10.07
Nacionalismo financeiro (!) = medo da concorrência?
"O País perde se um banco detido por estrangeiros dominar o maior banco do País"
Porquê? ###
Será que o Banco em causa deixará de prosseguir a sua actividade (bancária) e passará a dedicar-se a práticas ilegais?
Será que o Banco em causa passará a ser mal gerido? Deixará de ter produtos competitivos no seu mercado relevante? Passará a tratar mal os seus clientes?
Será que o Banco em causa deixará de empregar portugueses ou deixará de pagar impostos e taxas em Portugal?
Haverá aqui, apara alguns, uma certa confusão entre o Banco em causa e outros Bancos conhecidos e relevantes, nomeadamente, a CGD?
Porquê? ###
Será que o Banco em causa deixará de prosseguir a sua actividade (bancária) e passará a dedicar-se a práticas ilegais?
Será que o Banco em causa passará a ser mal gerido? Deixará de ter produtos competitivos no seu mercado relevante? Passará a tratar mal os seus clientes?
Será que o Banco em causa deixará de empregar portugueses ou deixará de pagar impostos e taxas em Portugal?
Haverá aqui, apara alguns, uma certa confusão entre o Banco em causa e outros Bancos conhecidos e relevantes, nomeadamente, a CGD?
OGE 2008: Consultoria ao Estado.
Segundo Mário Patinha Antão (PSD), este tipo de despesa do Estado* aumentará 64%, no próximo ano, ou seja de 116 milhões de euros para 190,4 milhões de euros - e isto, de acordo com o orçamentado no OE para 2008.
* - escritórios de advogados; peritos de engenharia (como aqueles que disseram que a Ota era a melhor localização para o novo aeroporto de Lisboa, mas que as outras também podiam ser...); consultores financeiros e de gestão; etc., etc.
In God We Trust
A Pew Research Center publicou um estudo sobre a relação entre religiosidade e riqueza, de onde saiu este gráfico. A correlação salta à vista, quanto mais missas menos dinheiro na carteira.
Resta saber se os países enriquecem por serem pouco religiosos ou se perdem a fé quando enriquecem.
Resta saber se os países enriquecem por serem pouco religiosos ou se perdem a fé quando enriquecem.
Ensino público inútil
Vital Moreira sobre os rankings:
Um grande ataque à ideia de escola pública socialista. Afinal, não adianta. Não é a escola que faz bons alunos. São os bons alunos que fazem boas escolas. Todo o esforço público para vencer as barreiras sociais é afinal inútil. 30 anos a deitar dinheiro fora. Aliás, se seguirmos a lógica de Vital Moreira, o que os rankings mostram é que as próprias escolas públicas discriminam as classes sociais mais baixas. Afinal, existem escolas públicas muito melhores que outras na mesma cidade e isso só pode ser atribuido a diferenças nos alunos que recrutam.
O problema com os "rankings" escolares é que provavelmente as melhores escolas são feitas pelos melhores alunos, ou seja, os oriundos das elites sociais, com melhores condições de sucesso escolar, e que, muitas vezes, ainda seleccionam os seus alunos.
Um grande ataque à ideia de escola pública socialista. Afinal, não adianta. Não é a escola que faz bons alunos. São os bons alunos que fazem boas escolas. Todo o esforço público para vencer as barreiras sociais é afinal inútil. 30 anos a deitar dinheiro fora. Aliás, se seguirmos a lógica de Vital Moreira, o que os rankings mostram é que as próprias escolas públicas discriminam as classes sociais mais baixas. Afinal, existem escolas públicas muito melhores que outras na mesma cidade e isso só pode ser atribuido a diferenças nos alunos que recrutam.
Lançamentos de livros a ler:
«Indústrias Culturais. Imagens, Valores e Consumos» de Rogério Santos;
«Cesário Verde» de Maria Filomena Mónica;
«Jesus de Nazaré», de Joseph Ratzinger,
«Onde estava vossa mercê nos painéis?, de Gonçalo Morais Ribeiro
«Cesário Verde» de Maria Filomena Mónica;
«Jesus de Nazaré», de Joseph Ratzinger,
«Onde estava vossa mercê nos painéis?, de Gonçalo Morais Ribeiro
Ofensivas socráticas
José Sócrates levantou a voz no Parlamento Europeu. Houve ataques ao Acordo de Lisboa e percebeu-se bem que Sócrates não gosta de críticas ao ‘seu’ Tratado. À guisa de refutação, bradou um sonoro “acordem!” logo garantindo que a Europa vai passar a ter um “discurso ofensivo”. E fez cara de mau(zinho).
Já percebi: o tal “discurso ofensivo” é o que ele tem andado por cá a fazer. Anunciou um referendo e depois não o autoriza. Prometeu 150 mil empregos “em quatro anos” (10 de Janeiro de 2005), mas estes não se sentem nem pressentem. Jurou reformar a Administração – a reforma nem a meio ficou mas as queixas são imensas. Assegurou que iria diminuir a despesa pública mas só aumentou os impostos.
Sócrates tem tido muitos “discursos ofensivos”: são os que ferem a respeitabilidade dos políticos. A Europa não precisa desse tipo de exortações socráticas.
* Publicado no Correio da Manhã
Já percebi: o tal “discurso ofensivo” é o que ele tem andado por cá a fazer. Anunciou um referendo e depois não o autoriza. Prometeu 150 mil empregos “em quatro anos” (10 de Janeiro de 2005), mas estes não se sentem nem pressentem. Jurou reformar a Administração – a reforma nem a meio ficou mas as queixas são imensas. Assegurou que iria diminuir a despesa pública mas só aumentou os impostos.
Sócrates tem tido muitos “discursos ofensivos”: são os que ferem a respeitabilidade dos políticos. A Europa não precisa desse tipo de exortações socráticas.
* Publicado no Correio da Manhã
Criação de pobreza e do parasitismo: alguns dados
33% dos rendimentos dos agricultores europeus advêm de fundos públicos, de subsídios pagos pelos outros contribuintes.
(77% em França, 11% nos EUA, 1% na Nova Zelândia, 60% na Islândia, 53% no Japão....)
263 mil milhões de dólares foram gastos em 2006, nos países da OCDE, para garantir rendimentos aos agricultores;
110 mil milhões de euros são entregues anualmente pelos contribuintes europeus aos seus agricultores que constituem 2% da população;
Nos países da OCDE, os preços dos produtos vegetais e animais são 21% superiores aos do mercado mundial;
(Fonte: OCDE)
(77% em França, 11% nos EUA, 1% na Nova Zelândia, 60% na Islândia, 53% no Japão....)
263 mil milhões de dólares foram gastos em 2006, nos países da OCDE, para garantir rendimentos aos agricultores;
110 mil milhões de euros são entregues anualmente pelos contribuintes europeus aos seus agricultores que constituem 2% da população;
Nos países da OCDE, os preços dos produtos vegetais e animais são 21% superiores aos do mercado mundial;
(Fonte: OCDE)
Devem os Juízes ser eleitos?
É o título de um seminário que se realiza amanhã, pelas 11h00, na Universidade Lusófona do Porto, organizado pelo Instituto de Estudos Eleitorais daquela Universidade. O orador convidado é Carlos de Abreu Amorim. A participação é livre.
Boas perguntas
Vital Moreira faz uma excelente pergunta:
A pergunta é tão pertinente que se poderia generalizar:
Sendo X e Y qualquer universidade, pública ou privada.
A que título é que a UC se arroga um tratamento de favor em relação às demais universidades privadas?
A pergunta é tão pertinente que se poderia generalizar:
A que título é que a universidade X se arroga um tratamento de favor em relação à universidade Y?
Sendo X e Y qualquer universidade, pública ou privada.
24.10.07
Sem escolha
O PGR alega estar a ser escutado. O director da PJ garante que não há escutas ilegais.
Ou alguém mente, ou então o PGR, para ser escutado legalmente, seria suspeito de prática de crime com pena superior a 3 anos.
Em qualquer caso, são péssimas notícias.
Ou alguém mente, ou então o PGR, para ser escutado legalmente, seria suspeito de prática de crime com pena superior a 3 anos.
Em qualquer caso, são péssimas notícias.
Ainda não perceberam *
Durão Barroso não se conteve – declarou que os resultados das eleições polacas, que derrotaram o ainda primeiro-ministro Jaroslaw Kaczynski, comprovam o “espírito europeu do povo polaco”.
Sabemos que os gémeos Kaczynski (um é presidente, outro primeiro-ministro) emperraram quase todas as negociações da União Europeia. Umas vezes com razão, outras sem nenhuma. Mas Barroso exagerou. No plano político e no do mero bom senso.
Primeiro, porque ainda ninguém explicou o que é isso de ‘espírito europeu’. Depois, porque nem na Polónia nem em lado nenhum, os votos dos povos europeus são motivados por questões da UE. Kaczynski foi derrotado porque governou mal e não porque os Senhores da União o detestavam. Aliás, graças a eles, esses povos estão cada vez mais longe desta Europa de tecnocratas, secos e cinzentos. Todos o sabem, menos os próprios – daí a presunção barrosista.
* Publicado ontem no Correio da Manhã
Sabemos que os gémeos Kaczynski (um é presidente, outro primeiro-ministro) emperraram quase todas as negociações da União Europeia. Umas vezes com razão, outras sem nenhuma. Mas Barroso exagerou. No plano político e no do mero bom senso.
Primeiro, porque ainda ninguém explicou o que é isso de ‘espírito europeu’. Depois, porque nem na Polónia nem em lado nenhum, os votos dos povos europeus são motivados por questões da UE. Kaczynski foi derrotado porque governou mal e não porque os Senhores da União o detestavam. Aliás, graças a eles, esses povos estão cada vez mais longe desta Europa de tecnocratas, secos e cinzentos. Todos o sabem, menos os próprios – daí a presunção barrosista.
* Publicado ontem no Correio da Manhã
Fé Verde
O Sporting perdeu com os de Fátima por 2-1. Sofreu o primeiro golo, conseguiu empatar mas acabou por perder. Uns dias depois, perdeu com os de Roma por 2-1. Sofreu o primeiro golo, conseguiu empatar mas acabou por perder. Já não há incertezas sobre o poder da Igreja Católica. Tanto na sede como na filial, a celebração campal seguiu o mesmo rito. Saudaram-nos com um golo nos primeiros minutos, consagraram a esperança deixando-nos empatar e o castigo divino chegou em lugar da bênção final. Nem o Paulo, que é Bento, nos salvou. Agora, rezemos para que não saia o Lourdes, na Taça Uefa. Ou o Medogorge que, consta, tem boa saída na obtenção de graças celestiais.
The Lisbon Lions
Só por uma vez vi o Celtic a jogar ao vivo: no Bessa, numa meia-final da Taça Uefa. Perdemos. Que se lixe.
O Celtic é o mais simpático, o mais fantástico, o melhor clube do mundo, com os melhores adeptos. Quando estive com aquelas dezenas de milhares de fans, percebi que eu sempre fora do Celtic. Eu é que não sabia.
Duas bancadas inteirinhas, sempre a cantar, a trocarem bandeiras e cachecóis com os adeptos locais, a beberem, a tirarem fotografias abraçados aos portugueses. Boa gente. Na altura contei para cima de 200 bandeiras irlandesas. Em todo o estádio, apenas uma bandeira escocesa, livremente, pois também ninguém o impediu nem molestou. Gente simpática, que da final de Sevilha enviaram 10 mil postais para a sede do rival Rangers dizendo simplesmente: «estivemos aqui».
Go, Celtic, go!
O Celtic é o mais simpático, o mais fantástico, o melhor clube do mundo, com os melhores adeptos. Quando estive com aquelas dezenas de milhares de fans, percebi que eu sempre fora do Celtic. Eu é que não sabia.
Duas bancadas inteirinhas, sempre a cantar, a trocarem bandeiras e cachecóis com os adeptos locais, a beberem, a tirarem fotografias abraçados aos portugueses. Boa gente. Na altura contei para cima de 200 bandeiras irlandesas. Em todo o estádio, apenas uma bandeira escocesa, livremente, pois também ninguém o impediu nem molestou. Gente simpática, que da final de Sevilha enviaram 10 mil postais para a sede do rival Rangers dizendo simplesmente: «estivemos aqui».
Go, Celtic, go!
A ler
A explicação da diferença essencial de natureza jurídica e política entre o Tratado Constitucional e o Tratado de Lisboa, por Vital Moreira (apesar de afirmar ser «evidente que o novo tratado da UE recupera boa parte das inovações do malogrado "Tratado Constitucional" de 2004») e esta curiosa proposta de referendo, a realizar depois da ratificação (naturalmente, por via parlamentar) do segundo.###
Ao contrário do que parece resultar do texto de VM, o que o PS se propôs referendar não foi a continuidade da participação portuguesa na União Europeia (referendando retroactivamente todos os Tratados anteriores), mas apenas inovações incluídas no Tratado Constitucional (o tal aprofundamento da integração europeia). Com efeito, uma eventual vitória do "não" não implicaria a saída de Portugal da União (como não significou para a França ou para a Holanda), mas apenas a manutenção do status quo, isto é, a vinculação de Portugal aos Tratados anteriores.
Havendo diferenças formais entre os dois tratados, a verdade é que a generalidade das soluções substantivas são comuns, como o próprio VM acaba por reconhecer. E se assim é, podem dar-se as voltas que se entender, mas o não referendar o Tratado de Lisboa redundará sempre na violação de uma proposta eleitoral do PS, aliás clara como poucas.
Em todo o caso, reconheça-se, a tese das diferenças essenciais de natureza jurídica e política para justificar a não realização de referendo sempre é mais sólida do que a das dificuldades de leitura e compreensão do texto pelo cidadão comum.
Ao contrário do que parece resultar do texto de VM, o que o PS se propôs referendar não foi a continuidade da participação portuguesa na União Europeia (referendando retroactivamente todos os Tratados anteriores), mas apenas inovações incluídas no Tratado Constitucional (o tal aprofundamento da integração europeia). Com efeito, uma eventual vitória do "não" não implicaria a saída de Portugal da União (como não significou para a França ou para a Holanda), mas apenas a manutenção do status quo, isto é, a vinculação de Portugal aos Tratados anteriores.
Havendo diferenças formais entre os dois tratados, a verdade é que a generalidade das soluções substantivas são comuns, como o próprio VM acaba por reconhecer. E se assim é, podem dar-se as voltas que se entender, mas o não referendar o Tratado de Lisboa redundará sempre na violação de uma proposta eleitoral do PS, aliás clara como poucas.
Em todo o caso, reconheça-se, a tese das diferenças essenciais de natureza jurídica e política para justificar a não realização de referendo sempre é mais sólida do que a das dificuldades de leitura e compreensão do texto pelo cidadão comum.