18.6.07

Estado neutro

Nos últimos tempos tenho defendido que o Estado deve ser neutro e, apesar da oposição a essa ideia ser comum, ainda não percebi quais são exactamente os argumento a favor da ideias contrária, isto é, a favor da ideia de que o Estado não precisa de ser neutro. Entretanto, os factos têm vindo a revelar o que acontece quando os goverantes não sentem a pressão da opinião pública para serem imparciais. A directora da DREN sente-se à vontade para usar a sua posição para perseguir um adversário político e para escolher o jurista que mais lhe convém para atingir os seus objectivos, o Primeiro Ministro sente-se à vontade para escolher os interlocutres do governo com base em preferências pessoais, o ministro das obras públicas sente-se à vontade para escolher uma instituição sob a sua alçada para realizar estudos que deviam ser imparciais, as instituições judiciais sentem-se à vontade para perseguir o mensageiro em vez de investigar a mensagem, os responsáveis pelas comemorações do centenário da República sentem-se à vontade para as transformar numa festa de facção e a ASAE sente-se à vontade para praticar todo o tipo de arbitrariedades.