Pela separação entre o Estado e a Nação

Os mesmos argumentos que sustentam a separação entre a Igreja e o Estado obrigam à separação entre a o Estado e a Nação. Se o Estado não deve interferir na religião porque essa é uma questão de consciência individual então também não deve impor o nacionalismo porque os indivíduos devem manter a sua liberdade para optar pelo nacionalismo da sua preferência. Se o Estado não deve interferir na religião porque a verdadeira fé (ou falta dela) tem que ser espontânea, então o Estado não deve interferir na formação de uma consciência nacional porque essa consciência tem que emergir espontaneamente da vontade daqueles que formam a nação. Se o Estado não deve ser influenciado por uma religião em particular porque o Estado é uma instituição ao serviço de todos os indivíduos independentemente da sua religião, então o Estado não deve ser influenciado por uma concepção particular de nacionalismo porque o Estado é uma instituição ao serviço de todos os indivíduos independentemente da sua concepção de Nação.