26.1.08
25.1.08
Despejados
Convém acrecentar que o Blasfémias se mudou para um espaço ainda em construção. A mudança foi feita antes da outra casa estar acabada porque este senhorio, Mr. Blogger, expulsou-nos. Desde 5 de Janeiro que nos fechou a cadeado a porta de entrada, com a acusação de práticas menos próprias na casa. Em 21 dias não aconteceu rigorosamente nada e não respondou às nossas solicitações para reaberura das portas. (O Sr. Blogger não é humano. É um robot.) Como sempre prégamos, quem está mal muda-se. Bye-bye blogger.
24.1.08
Ó valha-me Deus!
Absolutamente imprescindível ler esta sintomática peça do Correio da Manhã que relata a crua realidade das emergências médicas no nosso País. A conversa entre a operadora do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) os bombeiros e médicos mostra bem como os encerramentos das Urgências e os planos alternativos do ministro da Saúde podem estar perfeitos nos papeis, nos gráficos e nos números (e não acredito que estejam!) mas chocam flagrantemente com os factos. Seria cómico, sim, mas enquanto lerem essa miséria não se esqueçam que um homem de uma aldeia perto de Alijó acabaria por falecer. O ministro e os serviços dele hierarquicamente dependentes juram que estava escrito nas estrelas. Talvez não.
(O: – Obviamente é para lá ir a ambulância para iniciar suporte básico de vida. Se estiver em paragem. Digo eu.
BF: – Olhe, mas arranco para lá eu?
O: – ... (risos).
BF: – Estou?
O: – Peço desculpa. Eu estou a falar com uma corporação de bombeiros, não estou?
BF: – Está sim. Mas estou a atender o telemóvel.
O: – Então eu estou a dar-lhe uma saída, e pergunta-me a mim o que vai fazer? Nunca tal me aconteceu.
BF: – Desculpe lá, desculpe lá.)
Clique aqui: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=274939&idselect=10&idCanal=10&p=200
CAA
Dois anos de Cavaco
Cavaco Silva tem balançado numa dupla interpretação do seu papel presidencial.
Há um Cavaco categórico, à vontade na sua antiga imagem de marca, que exige resultados, que não aceita a versão original do Estatuto dos Jornalistas e que faz travão no despautério da Ota.
Depois, noutros momentos, desponta uma memória de exercício presidencial com excessivo lastro entre nós: o Presidente cúmplice passivo do Governo, que se dissipa em Roteiros inócuos e em louvores ao Executivo.
O Presidente da primeira versão forçou o ministro da Saúde a dar explicações que não convenceram ninguém. O da segunda variante, perante o inconformismo popular, apareceu a pedir "serenidade" – no seu sentido bovino, esta é a virtude passiva dos que só assistem mas nunca interferem. Um apelo com infelizes colorações 'sampaístas' já que o ex-presidente passou 10 anos a repeti-lo enquanto Portugal se afundava.
Correio da Manhã, 23.I.2008
(http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=274753&idselect=93&idCanal=93&p=200)
CAA
Crash
Vamos supor que o banco central imprime notas e as empresta a juros baixos a meia dúzia de grandes clientes (bancos).
Como há mais notas em circulação, o dinheiro deveria passar a valer menos. No entanto, os agentes económicos não actualizam imediatamente o valor que atribuem ao dinheiro. Diferentes agentes actualizarão a sua percepção do valor do dinheiro a ritmos diferentes.
Os grandes clientes têm uma vantagem comparativa: são os primeiros a receber o dinheiro e podem gastá-lo antes que os restantes agentes económicos actualizem o valor do dinheiro.
Os grandes clientes podem aproveitar a sua vantagem comparativa de duas formas:
1. Investir na produção de bens e serviços
2. Trocar o dinheiro por algo que funcione como reserva de valor
A opção 1 demora tempo a gerar retorno o que faz com que se perca a vantagem competitiva inicial. A opção 2 pode ser realizada imediatamente.
Logo, os grandes clientes do banco central (e os clientes destes) tenderão a investir em tudo o que possa servir como reserva de valor e que possa ser comprado rapidamente: ouro, petróleo, imobiliário e acções.
O fluxo permanente de dinheiro fresco gerará compras permanentes dos mesmos activos (ouro, petróleo, imobiliário e acções). Mais dinheiro para os mesmos activos implica inflação (que não é detectável nos preços ao consumidor). O preço do ouro, petróleo, imobiliário e acções cresce de forma mais ou menos previsível o que atrai especuladores. A entrada de especuladores gera um processo de crescimento de preços que se realimenta a si mesmo. Os preços cresces porque todos acreditam que vão crescer. Temos uma bolha.
A bolha rebenta quando o banco central sobe as taxas. O banco central tem que subir as taxas antes que a entrada de dinheiro comece a gerar inflação no consumidor.
A probabilidade de a bolha rebentar não dissuade a especulação. A especulação é racional desde que os ganhos compensem o risco de a bolha rebentar.
Na verdade o banco central não tem meios para saber qual é o valor correcto das taxas. Por isso, tanto pode estar a errar quando as baixa como quando as sobe. Ninguém sabe.
Quando a bolha rebenta, a pressão política sobre os bancos centrais leva-os a voltar a baixar as taxas. A bolha volta a encher.
Solução socialista para este problema: maior controlo político sobre os bancos centrais. Resultado previsível: períodos mais longos com taxas baixas e bolhas maiores.
23.1.08
Heath Ledger está no inferno
Diz o site brasileiro 'Última Hora News':
«Em anúncio divulgado pela Igreja Batista de Westboro na manhã desta quarta-feira, o reverendo Fred Phelphs, criador da comunidade 'Deus odeia Bichas', em tradução literal, disse que o ator Heath Ledger está no "inferno"».
(http://www.ultimahoranews.com/not_ler.asp?codigo=69917)
CAA
Arquivamento
«Foi arquivado o Inquérito n.º 28/07.0TELSB relativo à queixa intentada pelo cidadão José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa e primeiro ministro enquanto tal contra mim, António Balbino Caldeira (...) O motivo da "queixa do cidadão José Sócrates e primeiro-ministro enquanto tal", que finalmente posso revelar, foi a minha referência ao "centro governamental de comando e controlo dos media" no post "Rasganço domingueiro" em 7-4-2007 (...) e a questão do MBA curso/grau.
O Ministério Público arquivou e mandou notificar o cidadão José Sócrates e primeiro-ministro para deduzir, se o entendesse, no prazo indicado, acusação particular. José Sócrates não deduziu acusação particular contra mim e o Ministério Público determinou o arquivamento dos autos.»
No portugalprofundo@blogspot.com
CAA
Azar o nosso
José Sócrates qualificou de "politiquice" a relação entre a morte de dois bebés e a decisão governamental de fechar vários serviços de Saúde. Correia de Campos já tinha falado em falta de "ética".
Esta atitude oscila entre a táctica que ensina que 'a melhor defesa é o ataque' e o exercício desenfreado da 'fuga para a frente'.
Já se percebeu que os encerramentos na Saúde não obedecem aos critérios técnicos que o ministro apregoou e logo denegou. As alternativas estão a funcionar mal e a retórica do Governo só é corroborada pelos organismos dele dependentes. Uma relação causal entre uma reforma aparentemente atabalhoada e aquelas duas desgraças era previsível. Tal como a resposta governamental que tresanda a estudada.
Medeiros Ferreira, ontem, nesta coluna, com a sua elegância superior, disse que o ministro "anda com falta de sorte" – infelizmente, o azar é de todos nós.
Correio da Manhã, 21.I.2008
(http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=274550&idselect=239&idCanal=239&p=93)
CAA
Proposta
Actualmente os bancos centrais têm como target uma inflação à volta dos 2%. Este target resulta de um progresso: desde que os bancos centrais se tornaram independentes têm como função zelar pela estabilidade do valor do dineheiro. Não falta quem, à esquerda e à direita, queira que os bancos centrais voltem a ter como target os interesses de curto prazo dos políticos. Neste contexto, os liberais deveriam propor que os bancos centrais devem ter como target não apenas a inflação medida com base nos preços ao consumidor, mas também a inflação medida com base nos preços das matérias primas, imobiliário e determinados bens de capital. Se esta proposta for cuidadosamente embrulhada ninguém vai reparar que o que se está a propor é a reintrodução do padrão ouro.
22.1.08
A leitura desta posta de Vital Moreira, que subscrevo inteiramente quanto à proposta, apesar de desconfiado dos pressupostos.
Ao contrário da nossa Constituição, a Convenção Europeia dos Direitos do Homem (CEDH) não proibe expressamente a discriminação em função da orientação sexual.
Não obstante, O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) decidiu, num acórdão proferido hoje, que a França violou o artigo 14.º da CEDH, ao impedir uma lésbica de adoptar uma criança. O pedido de adopção fora formulado por uma mulher (a lei francesa permite a adopção por uma só pessoa), que indicou a sua orientação sexual e a relação que mantinha com outra mulher, alheia ao processo de adopção. O processo seguiu até ao Conseil d' État francês (equivalente ao nosso Supremo Tribunal Administrativo, na estranha jurisdição administrativa gaulesa), que decidiu que «having regard to her lifestyle and despite her undoubted personal qualities and aptitude for bringing up children, [a interessada] did not provide the requisite safeguards – from a family, child-rearing and psychological perspective – for adopting a child”».
Por outras palavras, o afastamento expresso de uma figura parental (no caso) levou a mais alta instância judicial francesa a considerar fundamentada a recusa do pedido de adopção.
O TEDH não concordou. Sem defender expressamente a adopção por homossexuais (no plural, i.e, por um casal homossexual), o TEDH entendeu, numa votação renhida, que viola a Convenção impedir-se alguém de adoptar pelo facto de ser homossexual (e pretender inserir a criança adoptada num agregado familiar deste tipo).
### Não é a primeira vez que o TEDH considera que a discriminação em função da orientação sexual viola a CEDH. Fizera-o já, em 1999, num processo movido contra o Estado Português. É a primeira vez, porém, que o faz num contexto de adopção, tomando uma posição razoavelmente clara na discussão que se depreende das informações transcritas no acórdão sobre as várias decisões das autoridades administrativas e judiciais francesas: um contexto familiar homossexual, em que a figura parental (ou maternal) está completamente arredada, é, no entender do TEDH, compatível com a adopção. O entendimento contrário (e não falta quem o defenda) é, ainda no entender do TEDH, ofensivo do artigo 14.º da CEDH.
Gestão das expectativas
Ontem o Engº Sócrates andou a fazer aquilo que se chama a gestão das expectativas. A ideia é um bocado infantil, mas faz parte da cultura política portuguesa. Acredita-se que se o Primeiro-Ministro disser que a economia vai bem, então os agentes económicos investem e produzem e a economia ficará mesmo bem. A gestão das expectativas já em si mesmo uma ideia estúpida, mas é ainda mais estúpida quando praticada por um político que já mentiu várias vezes e cuja credibilidade é nula.
Imagine-se o capitão do Titanic a gerir expectativas:
-- Não, não era um iceberg, era apenas um pedaço de madeira.
-- As bombas vão tirar esta água toda.
-- Inclinar? Claro que não está a inclinar ...
-- Há botes para todos e ainda sobra.
-- A água está quentinha.
Resolução do Conselho de Ministros n.º 13/2008, de 22 de Janeiro:
"Em 22 de Novembro de 2005, após 40 anos de análise de localizações alternativas em que foram consideradas mais de uma quinzena de localizações possíveis nas duas margens do Tejo, o Governo, no seguimento das decisões dos governos anteriores, procedeu à confirmação pública da localização do aeroporto de Lisboa na Ota [...]
Entretanto, no final do 1.º semestre de 2007, surgiu um novo dado no referido processo de análise e decisão, que se traduziu na apresentação de um estudo técnico sobre localizações alternativas para o NAL («Avaliação ambiental de localizações alternativas para o novo aeroporto de Lisboa»), que apontava para a possibilidade de construção desta infra -estrutura no campo de tiro de Alcochete, ou seja, num local que até então não havia sido objecto de estudos no âmbito do processo de decisão do NAL."
Qualidade do ar
Nos locais para fumadores deve-se respeitar os padrões de qualidade do ar. Nos locais para não fumadores, não se pode fumar mesmo que se respeitem os padrões de qualidade do ar. Conclui-se daqui que:
1. ou os padrões de qualidade do ar não chegam para proteger a saúde
2. ou chegam para proteger a saúde e então a proibição do fumo em determinados locais é redundante. Não serve para proteger a saúde mas para perseguir os fumadores.
21.1.08
Francisco George
Francisco Geosrge diz que tem por função fazer cumprir a lei. Bem, não é bem a lei, mas sim o "espírito da lei". E o que é o "espírito da lei"? É o que interessa é o que está na convenção da OMS. Por isso, não interessa o que o Parlamento tenha legislado. O que conta é o que está na convenção da OMS. É o governo dos burocratas.
Prós & Prós
A lei não diz quais são os padrões de qualidade do ar que um restaurante deve ter.
Perante este facto indesmentivel, o sr da ASAE diz que não há problema nenhum. O técnico que instalar o equipamento é que certifica que o equipamento está de acordo com a lei.
Mas o que é que diz a lei?
A lei não estabelece padrões de qualidade do ar que um restaurante deve ter.
Resumo das ideias de esquerda sobre a banca
Quando os lucros dos accionistas são altos é um escândalo
Quando os accionistas pagam (à custa dos seus lucros) salários elevados aos gestores é um escândalo.
Quando os bancos vão à falência e os accionistas perdem tudo é um escândalo.
Quando as cotações da banca sobem abruptamente na bolsa e os accionistas ficam ricos com a especulação é um escândalo.
Quando as cotações da banca caem virtiginosamente na bolsa e os accionistas perdem milhões é um escândalo.
«O Estado tudo decide neste triste País. Por acção directa ou oblíqua, principalmente por via do hibridismo batoteiro da sua posição cumulativa de árbitro, jogador, decretador dos fins, fazedor de regras e julgador, o Estado influencia como quer os que se supõem privados. Primeiro a PT, agora o BCP. Quem se seguirá?» (Heresias, no Correio da Manhã)
CAA
20.1.08
Paralelismos
A morte recente de duas crianças que, com razão ou sem ela, é atribuída ao fecho de urgências e serviços de atendimento em locais periféricos, vai ser a ponte de Entre-os-Rios de Sócrates. Foi a gota de água para fazer transbordar a revolta que estava desde há muito latente. A partir daqui, qualquer pequeno pretexto servirá de acha para a fogueira e a propaganda constituirá fraco extintor.
Começou o declínio - espero que irreversível - do socratismo.
Causas do Governo pelos Burocratas
1. Baixa qualidade dos eleitos. Eles nem percebem as leis que votam e aceitam tudo o que os burocratas lhes preparam.
2. Baixa qualidade técnica dos assessores dos parlamentares.
3. Baixa qualidade técnica da discussão pública.
4. Incentivos errados aos deputados. Os deputados ganham mais em obedecer às directivas do governo do que em satisfazer as necessidades dos seus eleitores.
5. Falhas no modelo de carreira dos burocratas. Políticos com limitação de mandatos estão desvantagem perante burocratas vitalícios (Sir Humphrey Appleby ).
6. A globalização favorece a formação de uma comunidade mundial de elites. As elites nacionais ganham mais em obedecer às elites europeias do que aos seus eleitores. Os factos mostram que têm razão. Mal vistos cá dento, bem vistos lá fora. Exemplos: a fuga de Barroso, o Alto Refugiado, Sampaio na ONU, Sócrates e o referendo europeu. Vender os interesses do país à comunidade mundial de elites compensa.
7. Predisposição política para estatização de todos os pormenores da vida. Um certo provincianismo.
8. Assimetria dos ganhos. Uma carreira de burocrata tem maior retorno e é mais segura que uma carreira de crítico da burocracia.
9. Predisposição política para aceitar como progresso inevitável tudo o que é apresentado como tal.
10. Economia das ideias. Pagar para que os outros pensem por nós parece mais barato do que pensar pela própria cabeça.
11. Impossibilidade da acção colectiva. Os beneficios das decisões dos burocratas estão concentrados, os prejuízos estão dispersos. Os grupos que beneficiam das decisões estão mais motivados que os que são prejudicados.
O Estado entendeu baixar o IVA para 5% nos ginásios «para que o actual "universo de meio milhão de pessoas a frequentar ginásios possa aumentar». Palavras de Laurentino Dias.
Seriam até declarações apropriadas ao presidente da associação do sector. Ou a um sócio ou proprietário de ginásios. Não se vê é o que o estado tenha a ver com o assunto. Sob pena de se considerar toda a realidade potencialmente regulável e sob alçada da interferência dos poderes públicos.
Veja-se o caso presente. Perante a benesse, o Estado arroga-se logo o direito de regular esmiuçadamente os mais variados aspectos daquela actividade privada como sejam a «obrigatoriedade do ginásio ter 5 metros quadrados por praticante, a humidade relativa permitida, o sistema ventilação, o número de chuveiros, lavatórios e sanitários ou instalações de primeiros socorros, que terão de ter, entre outros, equipamento de reanimação.» Acrescem profissionais obrigatoriamente licenciados em educação física, seguro obrigatório.....
E a cereja em cima do bolo:
«De acordo com o projecto governamental, todos os utentes do ginásio estão sujeitos ao controlo antidopagem.»
Vai ser engraçado: a Dona Miquinhas, que por causa dos bicos de papagaio toma um remédio qualquer, controlou positivo num ginásio onde faz ginástica aquática juntamente com as suas amigas do Centro de Dia. Agora vai ter de apresentar um parecer médico onde se prove que os componentes do remédio interferem com uns índices quaisquer , não andando propriamente a tomar drogas estimulantes para ter mais massa muscular..... Ou o senhor Alcides, cujo registo na bicicleta do ginásio assinala uma performance demasiado elevada para os seus 76 anos, lá teve de verter águas para a garrafinha e agora está na mesma situação dos ciclistas profissionais: provar que o seu corpo produz de forma natural índices elevados de testarona, ficando preventivamente suspenso da actividade a aguardar contra-análise......
19.1.08
Haja equidade!
Se há salas de chuto, entrega de seringas nas prisões, dádivas de metadona aos toxico-dependentes, então o Estado vai ter de subsidiar restaurantes, bares e discotecas para o investimento em zonas de fumo. Que diabo, os nicotino-dependentes são tão doentes como os tóxico e com mais direitos: é que aqueles pagam impostos.
A propósito do Governo dos Burocratas
O título do DN de hoje é: Casinos vão estar na reunião que decidirá a lei do tabaco
Nesta notícia pode ler-se: «O director-geral da Saúde, Francisco George, responsável, com a instituição que dirige, pela promoção da aplicação da lei». O artigo prossegue descrevendo as múltiplas interpretações da lei, entre elas as que a DGS gostaria de ver impostas. Parece haver um consenso de que tudo se resolverá com uma negociação entre lóbis e uma autoridade administrativa.
18.1.08
Daqui a poucas horas, completam-se quinze dias desde a data em que o Blogger bloqueou o acesso dos blasfemos à inserção de novos textos pela porta principal
Descobriram-se, entretanto, duas formas de continuar a colocar postas (para além da experiência de postar no template ), pela porta porta dos fundos. Uma dessas portas foi fechada esta manhã, o que demonstra que o Blogger parece mais ocupado com o combate ao spam do que com a rápida resolução daquilo a que chamam "falsos positivos" nos relatórios dos robots.
Esta posta, eventualmente a última que aqui consigo escrever na plataforma Blogger (já que a eficiente máquina do Blogger não deverá tardar a descobrir e fechar a única porta ainda aberta) não é uma queixa, mas apenas um aviso aos leitores. O Blasfémias continuará, com esta ou com outra aparência, com a sem a colaboração do Blogger (a quem, apesar de tudo, agradeço quase 4 anos de colaboração gratuita) no endereço já anunciado: blasfemias.net.
O Banco de Portugal (BdP) acompanhou operações de compra de acções próprias realizadas pelo Banco Comercial Português (BCP) durante os últimos aumentos de capital mediante o recurso a sociedades sediadas em praças financeiras "off-shore" e conhecia os créditos concedidos a membros dos órgãos sociais do banco privado.Mais evidências de que a intervenção do Banco de Portugal no BCP foi cirúrgica e que as elegadas irregularidades foram apenas um pretexto.
Vamos ver quantos administradores vão ser efectivamente condenados pelas irregularidades.
17.1.08
Iva de 5% para bens de luxo
E depois ainda é a escandaleira porque os ginásios não estão a reflectir a descida do IVA nos preços. Pudera. Adivinhe-se lá porquê: porque quem vai aos ginásios não são os pobrezinhos! Quem vai ao ginásio pode pagar para cima de € 200 de inscrição, € 80 de mensalidades, mais não sei quanto para as toalhas e cacifo, e se incluirmos saunas e banhos turcos, upa upa. E mais: a maior parte das vezes pagam não sei quantas mensalidades em adiantado para depois nem sequer lá porem os pés. Pois, fomentar a prática desportiva, a-han…
Organismo secreto ou discreto?
(http://origemdasespecies.blogs.sapo.pt/736432.html)
CAA
Titanic
A Estratégia do Belenenses no Caso Meyong (2)
(http://avenidacentral.blogspot.com/2008/01/lisboa-mais-pronvncia-do-que-provncia.html )
A Estratégia do Belenenses no Caso Meyong
Calamitosa. Antes de serem sequer condenados, assumem culpas, despedem o director-desportivo, batem nos dirigentes, atiram a toalha. Facilitaram de tal modo a vida a quem tem que julgar que já nem há discussão. Condenaram-se.
Não era assim. Era doutra maneira. Cerrar fileiras e argumentar. A Federação não nos informou, nem a Liga. Não está nos regulamentos da Liga. Era só o que faltava termos que andar a estudar registos de outros países. Inscreveram o jogador sem nos avisar. Vocês é que tinham de saber. A culpa é vossa. O jogador mentiu-nos. O agente mentiu-nos. Querem roubar-nos. É uma cabala. Estamos a incomodar muita gente. Blá blá blá.
Até podiam ser castigados na mesma mas seria uma injustiça, uma derrota na secretaria. Os sócios uniam-se em torno do clube. Assim, só sobra a nabice e sócios que querem bater nos dirigentes.
A banca é deles
Em Portugal os negócios que importam são 'arranjinhos' e os mais procurados são com o Estado.
Genericamente, os nossos empresários detestam o risco e têm pavor em apostar sem ser pelo (muito) seguro.
O Estado, por seu turno, não se faz rogado – apoia, favorece e ampara, os fregueses disfarçados de empreendedores sujeitando-os ao seu poder paternal.
A maioria achou-se 'empresário' por via urinária e só rivalizam uns com os outros pelo duvidoso mérito das tonalidades das suas gravatas. São autênticos neo-socialistas travestidos de 'yuppies', sempre prontos a alienar a liberdade dos mercados em prol do agasalho estatal.
Escrevo a poucos minutos da Assembleia do BCP. E, ao ver os nomeados pelo Estado para serem eleitos pelos accionistas domesticados, recordo o dito de Filipe II no momento em que se preparava para invadir Portugal: "lo heredé, lo compré y lo conquisté".
Publicado ontem no Correio da Manhã
(http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=273828&idselect=93&idCanal=93&p=200 )
CAA
16.1.08
Interesses da CGD
Depois da sua pesada derrota nas eleições da administração do BCP (ficando por uns humilhantes 2%), não fica bem a Miguel Cadilhe atacar a CGD por ter participado na votação. Primeiro, cabe à CGD defender os seus interesses accionistas no BCP;
Quais são os interesses da CGD no BCP? Porque é que a CGD entendeu que os seus interesses seriam defendidos com a eleição do seu ex-presidente? A eleição do seu ex-presidente para presidente de um rival não devia ser vista como uma ameaça?
Rumores de remodelação
Amaral Tomaz prepara-se para sair do Governo
Faz sentido que a remodelação seja depois da tomada do BCP.
Os gémeos que ninguém viu
According to Alton, the case raises the wider issue of the importance of strengthening the rights of children to know the identities of their biological parents.
Did a pair of twins really get married by mistake?
Think about it for a minute - you mean these two meet by accident, discover not only that they were both adopted but were born on exactly the same day in exactly the same town, and still never pause to wonder whether they might be related?
THE mystery of the twins separated at birth who married each other deepened last night when Britain's top family judge said he'd never heard of the case.
A Lusoponte e o Aeroporto
Não deixa de ter uma certa piada esta história do aeroporto aumentar o tráfego na ponte a favor da Lusoponte. O contrato inicial estabelecia que a concessão terminava quando passassem nas Ponte Vasco da Gama e 25 de Abril 2.250 milhões de veículos. Nesse cenário, a construção do aeroporto na margem Sul apenas serviria para acelerar o fim da concessão. Aquando da renegociação do contrato, feita durante um governo do qual fazia parte o actual primeiro-ministro, o limite de veículos foi retirado e foi fixada uma data para o fim do contrato, lá para 2030. Tenho a certeza que a Lusoponte terá muito prazer em voltar a renegociar com este governo. Até aposto que aceitarão de novo um limite para o número de veículos. Talvez com 4.500 milhões os convençam.
Errado e contraproducente
Foi para que isso nunca mais sucedesse que a Moderndade ganhou a laicidade. Quase que me apetece dizer que aqueles que quiseram calar Bento XVI são muito mais papistas que o propriamente dito...
CAA
Pirro também venceu
Por todo o lado ouço dizer que a assembleia do BCP de hoje, no Porto, será o palco de uma luta entre a Opus Dei e a Maçonaria. Não acredito. Claro nesta confusão há gente filiada nessas organizações – mas em ambas as tendências, estou em crer.
A realidade não se reduz às lutas de seitas secretas ou discretas. A questão é de poder - muito mais político do que financeiro. O Governo, através da CGD e de Vítor Constâncio, aproveitou os desleixos primários dos gestores do BCP, manobrou, emprestou fundos, arbitrou como quis, nomeou as substituições e vai ganhar o jogo pelo resultado que deseja. Mas o caso BCP/CGD provou que os critérios para além do mérito só levam a maus resultados. Esse foi o grande erro de Jardim Gonçalves e pode vir a sê-lo do Governo, também. A partir de amanhã ninguém acreditará que o BCP será mais do que uma extensão dos poderes públicos.
Publicado ontem no Correio da Manhã
(http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=273754&idselect=239&idCanal=239&p=93)
CAA
A Lusoponte, O Concedente e os Outros
Hoje, no Público, os bocadinhos que todos os dias vão pescar aos blogues versam o tema da Lusoponte, do escândalo, disto e daquilo. Todos no mesmo sentido e todos errados. Este artigo de Mário Crespo, por exemplo, tão citado nos últimos dias, tem tantas incorrecções que só demonstra que em história, uma década é uma eternidade para o esquecimento.
Em 1991, o governo de Cavaco Silva lançou um concurso público internacional para a construção de uma ponte entre Sacavém e o Montijo. O caderno de encargos previa, entre outros pressupostos, que o vencedor ficaria com o monopólio da travessia rodoviária do Tejo por ‘x’ anos. Os concorrentes seriam seleccionados, em função de algumas variáveis, entre elas, os preços a praticar nas portagens das duas pontes e o montante de apoios pedidos ao estado. Não me recordo se o prazo também era uma das variáveis em jogo (*).
Dos concorrentes iniciais (4, salvo erro) foram pré-seleccionados 2 para a fase de negociação final. Um liderado pela construtora inglesa Trafalgar House e outro liderado pela francesa Bouygues. Nesta fase, os dois consórcios gastaram muito dinheiro. Os custos com a banca de investimentos, gabinetes de estudos, advogados e projectistas eram tão elevados que havia um compromisso do vencedor indemnizar o derrotado.
Após uma disputa ao sprint, o consórcio liderado pela Trafalgar House foi declarado vencedor, entre outros motivos, porque pediu menos dinheiro ao estado do que os outros interessados.
O consórcio vencedor ganhou obrigações e direitos. Por um lado, a obrigação de investir num Project Finance de 900 milhões de euros e de garantir a manutenção das duas pontes durante todo o prazo de concessão. Do outro lado, o direito a cobrar portagens, a preços de concurso, em regime de monopólio, desde a foz do Tejo até 30Km para jusante e o direito a uma comparticipação pública que representava cerca de 25% do valor do projecto.
A complexa montagem financeira desta operação, decorreu tal como previsto na proposta vencedora. Cerca de 1/3 do financiamento foi um empréstimo do Banco Europeu de Investimentos, cujo risco foi integralmente coberto por um sindicato de bancos comerciais. Outro terço foi entregue pelo Fundo de Coesão. O restante, e que em parte decidiu o concurso, é a repartição entre capitais accionista (cerca de 60 milhões, se a memória não falha) e a comparticipação do estado que, conforme constava do caderno de encargos, incluía a entrega da ponte 25 de Abril, cujo valor não me recordo mas não chegava para cobrir nem 10% dos investimentos. Nesta altura partia-se do princípio que os preços das portagens nas duas pontes seriam iguais ao longo de todo o período de concessão.
A ponte foi construída pelo ACE das empresas vencedoras. Acabada a obra, constituíram uma empresa chamada Lusoponte onde parquearam as concessões.
Uma das grandes dificuldades associadas à montagem financeira deste tipo de projectos é a cobertura de risco. Estamos perante um Project Finance – não há risco adicional para os accionistas para lá do Capital Social realizado. Se a Lusoponte não pagasse ao BEI, seriam os bancos comerciais a fazê-lo – CGD à cabeça. As condições do sindicato financeiro, como é óbvio, impunham que todo e qualquer risco fosse identificado e para cada tipo de risco estivesse prevista uma cobertura adequada. Para muitas categorias de risco, as seguradoras servem. Para outras categorias, não. Por exemplo, para o risco político. Os governos, atacados pelo vírus do populismo, pretendem muitas vezes alterar aquilo com que se comprometeram, os partidos de poder mudam, os políticos fazem promessas fáceis porque são pagas com o dinheiro dos outros.
Todos nos lembramos das manifestações, do buzinão e de um líder socialista (hoje gestor de topo de um dos bancos que financia a Lusoponte) passar a portagem sem pagar. Guterres cavalgou a contestação e mal chegou ao poder, resolveu que as portagens da Ponte 25 de Abril não subiriam de acordo com o previsto. Como é óbvio, se no concurso não se estabelecessem regras claras quanto à portagem da Ponte 25 de Abril, as comparticipações exigidas ao estado teriam sido muito maiores. As duas pontes estão em concorrência e as previsões de tráfego dependem não só dos preços praticados mas também da relação de preço entre ambas. O risco de algo deste género acontecer, estava muito bem protegido nos contratos, quer no de concessão, quer nos contratos de financiamento.
Quando o governo quer negociar alterações, tem de negociar não só com a Lusoponte, mas também com os sindicatos bancários cujos membros ficam com as costas a arder se o negócio der para o torto. Neste caso, o sindicato tinha mais de uma dúzia de membros, e todos eles tinham uma palavra a dizer. Todos podiam dizer não.
Para conseguir um acordo que lhe permitisse mostrar a sensibilidade social de um governo que se diz socialista, Guterres empurrou a concessão à Lusoponte para 2030 e baixou o IVA (isto é, aumentou o montante recebido por veículo pela Lusoponte). Foi isto que a Lusoponte e a banca aceitaram. E aqui, não houve concurso público, para encontrar a solução mais barata. O governo apenas deu. Mas, aquilo era o governo de Guterres, dar era o verbo mais conjugado e ainda hoje estamos a pagar a factura de tantas dádivas.
E isto é um resumo da história que tantos demonstram ignorar. É apenas de memória, espero que me perdoem eventuais incorrecções. Não serão muito significativas.
Hoje temos uma ponte porque os privados que a construíram, sem derrapagens, se atiraram para a frente, compraram-na em leilão. Os protestos a 15 anos de distância, sugerem que teríamos a mesma ponte sem os custos que tiveram de ser suportados para a ter. Almoçámos e agora protestamos pela factura, ignorando os preços que vinham na ementa.
Sobre Ferreira do Amaral, se eu fosse accionista da Lusoponte também o contrataria. A competência é um bem escasso, por estas bandas.
(*) Update: Estabeleceu-se no contrato que a concessão terminaria quando as pontes fossem atravessadas por 2.250 milhões de veículos.
Esclarecimento contra algumas vilanias
O meu único interesse na Assembleia do BCP resumia-se aos seus antecedentes (onde a lógica do mercado foi totalmente subvertida) e consequentes efeitos políticos. Foi apenas por esse prisma que vi e narrei, resumidamente, o que me pareceu. Assim:
- Nunca me passou pela cabeça 'advogar' a lógica de que cada votante deveria ter um peso igual entre os accionistas!!!
- O que fiz foi uma LEITURA POLÍTICA da Assembleia do BCP.
- Não é a mesma coisa dizer que Cadilhe obteve 2% dos accionistas e perceber que, com o seu exemplo e esforço, conseguiu virar mais de metade da sala (muito fria no início) a seu favor.
- Uma vez mais, a única coisa que me interessa nisto tudo são as consequências políticas. Repito: P-O-L-Í-T-I-C-A-S. Só.
CAA
Pérolas*
«Como lidar connosco, adolescentes: (...) Prestem-nos serviços a tempo e dentro das nossas disponibildades horárias. Não nos julguem. Aceitem-nos tal como somos, não nos dêem lições de moral, nem nos moralizem. Usem uma linguagem e materiais que a gente entenda.» - estas pérolas estão inscritas num cartaz afixado nos centros de saúde. Tanto quanto parece os destinatários do cartaz serão os funcionários que lidam com adolescentes mas na verdade o cartaz está afixado de modo a que os utentes o leiam. Talvez se pretenda com esta medida que a gente adulta que espera resignadamente pela sua vez perceba não só que os adolescentes, na sua vida de estudantes, têm constrangimentos horários excepcionais e muito superiores aos dos trabalhadores mas também que retenham duma vez por todas que a moral é uma coisa de velhos. Dispensável mesmo.
O que irá na cabecinha de quem produz um cartaz como este? Não sei. Mas ainda sei menos o que vai ser o futuro duma geração que está ser educada e estimulada pelo estado na crença que está acima dos julgamentos por mais graves que sejam os seus actos. O que vai ser desta geração quando cair na realidade desprovida de «linguagem e materiais que a gente entenda»?
*PÚBLICO, 14 de Janeiro
Helena Matos
15.1.08
Factos e conclusões de uma Assembleia de resultados anunciados
Para quem esteve hoje na Alfândega do Porto alguns factos ficaram excessivamente claros:
- Existiu uma divisão evidente entre os pequenos accionistas e os que detêm a maioria do capital do banco;
- Miguel Cadilhe deu a cara, enfrentou os seus opositores sabendo que ia perder por muitos, denunciou a anexação e desafiou o conluio - teve momentos de quase-apoteose que lhe garantiriam a vitória se a regra fosse 'um homem um voto' e se a lista do Governo não tivesse cozinhado tudo muito bem;
- Desenganem-se aqueles que julgarem que Miguel Cadilhe sofreu uma derrota hoje à tarde - bastava ver a reacção efusiva dos seus apoiantes no final para se perceber que, nas suas palavras, "há derrotas que são vitórias";
- O BCP nunca mais será um banco em que os pequenos accionistas contem para alguma coisa - a partir de hoje, o BCP é uma coisa muito diferente de tudo o que conheciamos.
CAA
BCP
Cidade Aeroportuária III
Lusoponte
Novo ciclo
A semana passada foi a mais adversa dos quase 3 anos de vida do Governo.
Sócrates foi confrontado com os seus fantasmas do passado, presente e futuro, como no conto de Natal de Charles Dickens revisitado e já um pouco fora de época.
O espectro do passado é António Guterres cuja máscara titubeante ameaça colar-se à face de todos os que com ele estiveram no poder, em cada hesitação e em todos os recuos. A aparição do presente emerge nos persistentes embaraços da governação, nos ministros que já deviam ter sido remodelados, nas reformas anunciadas e nunca completadas.
A assombração do futuro sobrevém no adensamento dos problemas não resolvidos e no esboroar dos sonhos de fazer diferente.
Claro que, na política como no futebol, há peritos em converter desaires em triunfos – mas vem aí a anexação do BCP. E a ASAE, em alucinante roda livre, está a tornar-se um sério problema.
Correio da Manhã, 14.I.2008
CAA
A Evolução do Conhecimento
Armado Vara, administrador da Caixa Geral de Depósitos e, tudo indica, futuro administrador do Banco Comercial Português, licenciado por uma reputada universidade que até forma primeiros-ministros, apenas se demite da Caixa se ganhar o lugar no BCP. Parabéns a Vara. Esta atitude demonstra que nestes anos de gestor bancário, Vara já aprendeu alguns conceitos económicos.
Dia de S.Jobs
Hoje é dia de São Jobs. Todos os anos, por esta altura, o CEO da Apple anuncia as novidades da época. Chamam-lhe Macworld Expo Keynote. Foi por lá que, nos últimos anos, se apresentaram os iPods, os novos iMacs, o iLife, o iPhone e uns quantos felinos. Esperam-se sempre algumas surpresas e este ano, as apostas vão para um portátil leve e fininho, mas ninguém tem a certeza. Apostas, aqui. Quem estiver interessado em fazer companhia a alguns milhares de malucos que em todo o mundo vão acompanhar em directo a apresentação de Steve Jobs, pode fazê-lo aqui.
Cidade Aeroportuária II
LNEC
14.1.08
O país precisa...
Augusto Mateus é uma espécie de Cravinho, mais soft nas intervenções, julgo que mais fundamentado, mas com uma veia planificadora porventura mais pura e dura. A tendência desta gente em querer competir com gigantes (Madrid e Barcelona) com igual gigantismo, é caricata; mas ver uma grande parte das elites do país a segui-la de forma acrítica, é assustador.
Mudam-se os tempos, mudam-se os aeroportos
Começou o 4º Prós & Prós sobre o NAL. Mário Lino acaba de defender Alcochete com tanta ênfase como defendeu a Ota há cerca de ano e meio no 1º programa sobre o tema. Eu acredito que o homem está convicto: haja obra megalómana, que todos os (grandes) interesses ficarão satisfeitos.
Para se perceber o que é o Direito
Acórdão da Relação do Porto, de 02/05/2007.
O processo é o mesmo, mas pelo meio houve um outro acórdão, do Tribunal Constitucional.
Para se perceber a ductibilidade do tema da protecção dos arguídos contra meios ilícitos de prova, mesmo entre os académicos mais reputados, veja-se também isto.
Nisto é que eles são bons
Aqui: http://www.cartaodecidadao.pt/cartao_2007.html
CAA
Nas mãos de Cavaco
Longe vão os tempos de um Sócrates assertivo, que gostava de decidir e que irradiava certezas. Agora, acabada a presidência europeia e os grandes palcos mediáticos, de volta à terrinha que já se presume desdenhar, que Primeiro-Ministro vamos ter a pouco mais de 1 ano das próximas Legislativas?
O seu Governo está a desgastar-se com uma pressa surpreendente. Porquê aguentar um ministro da Saúde que justifica os encerramentos hospitalares com "estudos técnicos", sendo logo desmentido pelos técnicos propriamente ditos, e, num volte-face descarado, sorri e afirma que a sua decisão foi "política"?
Como aturar a trapalhada entre governantes sobre o aumento das pensões de reforma?
O que leva Sócrates a consentir a existência política de Mário Lino que diariamente se caricatura a si mesmo e apenas serve de pasto ao anedotário nacional?
Foi a própria imagem do Primeiro-Ministro que se transfigurou na questão do referendo ao Tratado europeu - as suas justificações não convenceram ninguém porque ele próprio não estava convencido e transbordava ter sido coagido.
Os desaires de Sócrates são um reforço imenso do peso político do seu maior aliado aparente: Cavaco Silva. Não me lembro de nenhum Governo constitucional se ter colocado tão integral e inocentemente nas mãos de um Presidente da República: Sócrates tanto ansiou pela sua aprovação que, agora, dificilmente resistirá à sua censura. O grande trunfo de Sócrates é que ainda está a faltar oposição.
HERESIAS de ontem, no Correio da Manhã
(http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=273373&idselect=93&idCanal=93&p=200)
CAA
Uma Vitoriazinha
A transmutação decisional do governo, sobre a localização de um futuro aeroporto na zona de Lisboa, foi apenas uma vitoriazinha da lógica contra o absurdo. Que é melhor ter um aeroporto em Alcochete do que na Ota, é óbvio para quase toda a gente, excepto para os que vivem ou trabalham na zona que perde o aeroporto e para o despeitado grémio de Coimbra. Mas muito melhor do que ter um aeroporto em Alcochete é ter um aeroporto na Portela, com a insuperável vantagem de já estar construído. A não desactivação da Portela é a próxima batalha do bom senso.
Mas há um outro disparate, de muito maiores proporções, que ainda corre. A alta velocidade. Os 7.000 milhões de euros (antes de derrapagens) que querem gastar para construir uma linha de comboio ao lado da Linha do Norte e ganhar 15 minutos de Lisboa ao Porto; para fazer um TGV para Madrid que, mesmo absolutamente subsidiado, vai andar às moscas; ou para satisfazer pequenas vaidades regionais, com a peculiar ideia de ter um TGV entre Porto e Vigo. Um gigantismo que nunca vai conseguir equilibrar sequer a exploração e cujos défices e prejuízos terão que ser suportados por muitas décadas pelas futuras gerações.
Há ainda muito trabalho a fazer. A inanidade já leva bem mais do que 14 pontos de avanço.
O PS francês está dividido. Novamente. Por causa do seu compromisso eleitoral de realizar um novo referendo ao tratado europeu.
Na próxima terça-feira a Assembleia Nacional votará uma reforma constitucional, para a compatibilizar com o novo tratado e posteriormente efectuar a ratificação por via parlamentar. Como Sarkozy sempre defendeu.
Sucede que o presidente do grupo parlamentar socialista afirmou, sem consultar ninguém, que os deputados socialistas não estariam presentes, que boicotariam tal votação de revisão constitucional. Só que muitos deputados manifestaram-se contra tal acto de prepotência. E estarão presentes na Assembleia para votar contra a revisão, tentando obter os 2/5 que impeçam a revisão constitucional. O que obrigaria à realização do referendo por eles prometido aos eleitores.
Enfim, às vezes de onde menos se espera, ainda podem surgir surpresas.
Sexo em democracia (revisitado)
Sexo em Democracia
Os seres humanos são, por natureza, obcecados pelo sexo. Mas não se trata de uma obsessão fortuita. É uma consequência da selecção natural. Aqueles que não eram obcecados pelo sexo não se chegaram a reproduzir e nós herdámos a obsessão pelo sexo daqueles que se reproduziram. A obsessão pelo sexo está relacionada com a obsessão pelo poder. O poder é apenas um meio para conseguir sexo, mas não o sexo pelo sexo, mas o sexo que gera descendência. Quem tem poder político tende a seguir estratégias de maximização da descendência. Os imperadores da China tinham milhares de concubinas numa corte servida por eunucos, os chefes de clã tinham o mítico direito de pernada e, em todas as épocas e em todas as culturas, os homens mais velhos mandam os mais novos (a concorrência) morrer na guerra. É natural que o homem democrático tenha também as suas estratégias para maximizar o seu sucesso reprodutivo.
13.1.08
Um conselho ao treinador encarnado
Ainda que a expressão em castelhano possa não ter exactamente a mesma carga que possui em português, percebi o que o ainda treinador encarnado quis significar - mas, no futebol ou fora dele, não basta tentar falar 'à Porto': também é preciso imitá-lo a jogar...
CAA
P.S. Ai se fosse um treinador dos Campeões a dizer uma coisa destas...
P.S. 2 Apesar do Leixões ter sido mais equipa, não restam dúvidas que o amontoado de jogadores que veste de encarnado foi seriamente prejudicado pela arbitragem no jogo de ontem.
Urgência de memória
Em 1998 a intenção de regionalizar Portugal perdeu por margem elevada. Curiosamente, os resultados mais desnivelados deram-se no Interior – na Guarda, Viseu, Bragança e em Vila Real, a regionalização foi rejeitada por margens bastante superiores às que se verificaram em Lisboa, Porto ou Algarve.
Nestes dez anos não se propôs qualquer alternativa viável à descentralização regional. Insistimos no Estado mais centralizado e macrocéfalo do Mundo com o qual gostamos de nos comparar. Muito por causa disso, somos um País desequilibrado, sem coesão social e económica, com um Interior pobre e desertificado.
Num caldo de cultura que vive do Estado e para o Estado, a descentralização é um imperativo racional – trata-se de retirar importantes parcelas do poder de decidir ao Estado Central para o entregar a entidades regionais.
Se os portugueses não se esquecessem tão facilmente das ofensas a que são sujeitos, sobretudo os do Fundão, Régua, Alijó, Murça, Chaves, Anadia, Vouzela e de todos os outros lugares de onde um burocrata sem sair da capital retira, como quer e lhe apetece, os poucos benefícios públicos que lhes deram em troca dos muitos impostos que lhes cobram, a partir de agora não hesitariam em votar 'sim' à regionalização para impedir que decisões com um impacto local tão intenso fossem tomadas ao nível central.
Só os povos com memória são capazes de merecer os direitos que julgam seus. Mas essa não é a nossa tradição, infelizmente.
Heresias, publicado no Correio da Manhã em 6.I.2008
( http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=272471&idselect=239&idCanal=239&p=93)
CAA
Como a situação de bloqueio se mantêm, e de forma preventiva, registamos o endereço www.blasfemias.net, como já podem os leitores constatar.
Tal endereço passará a ser, independentemente da plataforma/alojamento onde venhamos a ficar, o nosso endereço permanente.
Poderá suceder que alguns leitores não consigam de imediato aceder via o novo endereço, devido à necessária «propagação» que o mesmo necessita e que pode levar algum tempo.
Nesse caso, e no entretanto, poderão continuar a aceder pelo endereço antigo.
Garantias públicas vs. liberdades privadas
Não falha! Sempre que o Estado decide garantir direitos positivos - sempre para nosso bem, evidentemente - as liberdades individuais são sacrificadas. Helena Matos demonstra muito bem esta asserção.
Na RTP, tal como na Caixa
De resto, hoje, nas páginas do Público lê-se ainda que a proposta de renovação de contrato dos Gatos Fedorentos com a RTP foi rejeitada pelo (já demissionário) vice-presidente da empresa, Ponce Leão. Ponce que, curiosamente, também já está nos quadros do grupo Impresa.
Nuno Santos, como é evidente, trata dos seus interesses. Problema e proveito dele. Mas é lamentável que as empresas públicas, cujo dever é defender os interesses do seu accionista, sejam tão incompetentes a gerir os seus activos e os seus quadros. A CGD deixou sair o seu presidente e dois quadros importantes para a concorrência. A RTP fez o mesmo. Um erro não compensa o outro. São dois erros que resultam da natureza pública das duas empresas. Quando as empresas são públicas, os interesses privados dos gestores e colaboradores tendem a sobrepor-se aos interesses públicos.
Aqueles que não distinguem responsabilidades perante o público de responsabilidades privadas tendem a não perceber o problema crucial da saída de Armando Vara para o BCP. Não se critica Armando Vara por defender os seus interesses. Critica-se o governo por não defender o interesse público. E neste caso o interesse público tem duas componentes: o estado devia ter impedido a transferência de quadros do banco público para um concorrente e devia-se ter mantido como autoridade imparcial num conflito entre accionistas. Não fez nem uma coisa nem outra.
O admirável mundo dos saudáveis*
no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. Nas listas de espera para
intervenções cirúrgicas destinadas a resolver situações tão distintas
quanto os problemas de coração ou a substituição de próteses da anca
os fumadores poderão ver passar à sua frente os não fumadores. O mesmo
tratamento diferenciado para os fumadores pode vir a ser aplicado
naquele país nos casos em que se ponderar a opção por novos
tratamentos ou terapêuticas consideradas dispendiosas.
Por cá, e para lá da polémica sobre os procedimentos necessários para
que os cidadãos comuns possam gozar dos mesmos privilégios tabágicos
reconhecidos aos presidiários, jogadores e doentes mentais - grupos
que, a par do director da ASAE, gozam dum benemérito estatuto
excepcional -, já encontramos o ser ou não fumador como critério de
avaliação laboral. Por exemplo, a TAP, nos anúncios recentes
destinados a contratar comissários e assistentes de bordo, apresenta
três factores preferenciais que irá ponderar quando avaliar os
candidatos. Dois desses factores têm uma relação directa com a
actividade em causa: experiência profissional aeronáutica reconhecida
e bom domínio duma língua estrangeira além dos obrigatórios inglês e
francês. O terceiro factor esse é nem mais nem menos do que ser não
fumador. Sendo certo que não se pode fumar a bordo, o que pode levar a
excluir uma pessoa por ela fumar em terra, no aconchego da sua casa? E
não se deveriam excluir também aqueles que suspiram por um café decente?
A TAP apesar de tudo ainda não exclui, pelo menos publicamente, a
possibilidade de vir a contratar fumadores. Apenas os atira para o fim
da lista. Já a Organização Mundial de Saúde há dois anos que anunciou
que não contrataria mais fumadores. Na fila, à espera da sua vez para
serem o próximo grupo-alvo da fúria normalizadora estão já os obesos.
Rui Tavares invoca santa Radegunda e chama sonsos àqueles que usam o
termo totalitário ou fascista para classificar este tipo de medidas.
Ora entre aquilo que os totalitarismos nos ensinam está não só que as
políticas públicas de saúde podem ser usadas para controlar as
populações mas também que a defesa da saúde é um excelente
argumentário para que essas mesmas populações aceitem a discriminação
ou a eliminação daqueles que são considerados disformes, viciosos ou
impuros. Assim, tal como muitas das mais iníquias medidas dos
totalitarismos foram sancionadas pelo ideário da defesa da saúde,
também agora algumas das medidas que por esse democrático mundo se
ponderam ou já aplicam contra os fumadores dificilmente seriam
sancionadas caso não surgissem revestidas da mágica palavra-passe:
saúde.
Com os sistemas de financia-mento da segurança social à beira da
falência, as democracias estão a adoptar procedimentos que legitimam a
exclusão de alguns grupos do universo dos beneficiários.
Simultaneamente na área fiscal e de controlo de verbas adoptam-se
mecanismos de legitimidade muito duvidosa como a publicação de listas
de devedores ou, como também está ser testado em Inglaterra, a
inclusão de detectores de mentiras durante as entrevistas aos
candidatos a apoios sociais.
Na Europa ocidental, e felizmente em boa parte do restante mundo, o
totalitarismo é passado. Mas do nosso presente faz parte um Estado
social que, em momentos de crise, não hesita em adquirir traços dum
Estado policial. E, tal como no passado, se nos disserem que é a bem
da nossa saúde haverá quem ache que a saúde está acima de tudo.
*PÚBLICO 9 de Janeiro
Luiz Pacheco
Faz jus ao seu perfil iconoclasta nesta entrevista, publicada a título póstumo. Vale a pena ler.
12.1.08
Cai neve em Bagdade
Decisão medrosa
Sócrates deu sinais de querer referendar o Tratado – mas não o vai fazer porque tem medo. Primeiro de Cavaco Silva, que o pressionou de todas as maneiras e feitios: Sócrates teme abalar a prática concertada que ainda tem com o PR. Depois, Sócrates teve pavor de perder a áurea de alto dirigente europeu que julga ter adquirido na presidência da UE. Sócrates receava, ainda, que Filipe Menezes pudesse surgir como o político europeísta por excelência se ficasse sozinho a defender a ratificação parlamentar. Por último, todos os líderes desta Europa têm terror em ouvir as pessoas – querem uma 'Europa dos Cidadãos' à margem dos ditos optando por uma aprovação sem riscos, feita em bando por funcionários em total dependência.
Sócrates cometeu um grave erro político: mostrou uma falta de firmeza 'gutérrica' e deu razão ao novo PSD. Pode começar aqui um virar de página. Cá dentro.
Publicado no Correio da Manhã em 10.I.2008
(http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=273053&idselect=239&idCanal=239&p=93)
CAA
Decisão fundamentada II
Expresso: Já conhecia o estudo há mais tempo. Uma decisão desta importância não se toma de um dia para o outro.
Mário Lino: A decisão foi tomada no Conselho de Ministros, na quinta-feira. Eu recebi a versão final do estudo na 4ªfeira, pus-me a analisá-la nessa noite e preparei a resolução para levar a Conselho de Ministros no dia seguinte, que a aprovou. Só tive de ler o sumário executivo e está lá clarinho.
Este é o oitavo dia em que o acesso normal ao Blasfémias está em prisão preventiva, decretada pelo Blogger, por suspeita de ser um blogue de spam. Por acaso, fecharam-nos a porta mas deixaram a janela da cela aberta. Por acaso, foi possível manter alguma actividade e ignorar, parcialmente, o bloqueio. Oito dias, que seriam suficientes para um qualquer governo mudar 4 vezes a localização de um aeroporto, não são suficientes para a Blogger perceber que meteu água. O Blasfémias ultrapassou os 3 milhões de visitas em prisão preventiva.
Leitura recomendada
WW1: Experiences of an English Soldier
This blog is made up of transcripts of Harry Lamin's letters from the first World War. The letters will be posted exactly 90 years after they were written. To find out Harry's fate, follow the blog!
Mais uma derrOta
Há pouco mais de dois anos, integrei um grupo de pessoas, especialmente animado por Paulo Morais e Rui Moreira, que dirigiu uma carta a todos os deputados pedindo-lhes para realizarem um debate alargado sobre a construção do aeroporto da Ota.
Escrevemos, ao tempo, que se tratava de uma decisão "tomada sem um mínimo aceitável de contraditório e com o aproveitamento do conhecido 'quem cala, consente'". Muitos condoeram-se do gesto – diziam que estávamos a lutar contra factos inevitáveis. Mas seguiram-se mais recusas e a sociedade civil até conseguiu o milagre de acordar políticos profissionais do seu torpor rotineiro. Cavaco impôs-se e Sócrates teve de recuar. Outra vez. Muito graças a Mário Lino: sem a sua actuação politicamente grotesca talvez a Ota fosse uma realidade.
Nas últimas décadas, esta foi a maior vitória da cidadania contra um capricho do poder.
Publicado ontem no Correio da Manhã
( http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=273193&idselect=93&idCanal=93&p=200)
CAA
Fwd: Nenhum aeroporto deste calibre
Tiago Azevedo Fernandes
Credulidade II
Credulidade
Monopólios
Europa, o aumento é de UM euro por bilhete. Nos intercontinentais, é
de TRÊS. Nos domésticos de SEIS.
Rui Moreira
Aeroporto com custos descontrolados
Como é que era aquela frase? Alguém tem de acompanhar a situação.
Para recordar
Senhor Deputado
Toda esta parafernália de considerações se encontra plasmada nas recentes decisões do Governo de construir um novo aeroporto na Ota e de proceder à instalação da «alta velocidade ferroviária» (vulgo TGV) nalguns pontos do nosso País. Decisões tomadas sem um mínimo aceitável de «contraditório» e com o aproveitamento do conhecido «quem cala, consente».
Futurologia
- Sócrates nomeia Armando Vara para presidente do Benfica
- Sempre inspirado por Sarkozy, mas à sua escala, Luís
- Filipe Menezes começa a namorar com Mafalda Veiga.
- Carlos Cruz é nomeado director de programas da RTP.
- BCP lança campanha de spread 0 para militantes do PS com as quotas em dia.
- ASAE lança franchising de restaurantes de fast-food
- Vanessa Fernandes será a nova namorada de Cristiano Ronaldo.
- Galp descobre petróleo debaixo do capachinho de Fernando Gomes.
- Julgamento Casa Pia é anulado porque vítimas, que entretanto envelheceram e sofrem de alzheimer, não conseguem depor a mesma história que descreveram no início do processo.
- Pedro Santana Lopes assume paternidade de Ribau Esteves.
- Selecção Nacional de Rugby ganha finalmente um jogo.
- Mourinho é vencedor da Liga do Jornal Record.
- Tratado de Lisboa fica sem efeito pois Sócrates rubricou "Sócrates O Magnifico" em todas as páginas.
- Paulo Portas assume relação com Jacinto Leite Capelo Rego e casa dentro de submarino em águas territoriais espanholas.
- Scolari consegue feito inédito ao ser campeão da Europa só com empates.
- Ministro da saúde Correia de Campos encerra-se no seu próprio gabinete e engole a chave.
(recebido por email)
CAA
10.1.08
O especialista
Claro que a 'viradeira' era há muito um modo muito português de estar, antes mesmo da queda do Marquês. E os motivos de então não distam muito dos de agora - é tudo uma questão de sobrevivência.
CAA
Minuto verde
É que reparei, espantado, que a rapaziada das várias organizações verdejantes ainda continua a dizer o pior possível da escolha da Margem Sul e até ameaça com queixinhas à Comissão Europeia. Então, que distracção é essa? Os múltiplos cargos, lugares e prebendas, que vos têm sido ofertados ao longos destes anos nos inúmeros Institutos, Gabinetes e Organismos, da Administração Pública não foram inventados para essa gente comece, agora, a ter laivos de autonomia de vontade. Façam o favor de actualizarem o discurso de acordo com o poder que vos sustenta os caprichos. Se não ainda vão ter de viver à sua própria custa. E aquela pérola da educação televisiva, 'Minuto Verde' pode correr o risco de terminar para desgosto de milhões de devotos espectadores. Juizinho...
CAA
Pagar a Ota e Alcochete
Sócrates garante que Ota vai ser compensada pelos custos que suportou
Apesar de assegurar que Alcochete foi a melhor escolha, o primeiro-ministro salientou a necessidade de compensar a Ota, "através de um programa que o Ministério das Obras Públicas poderá desenvolver em contacto com os autarcas da região".