24.2.07

É fácil responder

O Ministro da Saúde já disse que as terras que agora estão a perder valências hospitalares serão compensadas com outras valências mais adequadas às condições locais. Assim, consolem-se os habitantes de Elvas, Barcelos, Santo Tirso, Valença ou Chaves. Vão perder as respectivas maternidades e/ou centros de urgência, mas nem tudo está perdido. Estas terras serão concerteza as primeiras a receber as novas unidades públicas para a realização de abortos. Pode não parecer a mesma coisas, mas pelo menos não deixará de dar nome e desenvolvimento à terra.

Tendo em conta que o aborto não envolve grandes problemas éticos, que a sua realização no SNS ainda menos, que é uma doença e um problema de saúde pública e que o aborto no SNS é um sinal de progresso e um direito das mulheres, estou certo que esta ideia será saudada com entusiasmo pelas populações.

Alguém vê algum problema ético, moral, civilizacional, político, social, de decência ou mesmo de bom senso em substituir uma maternidade por uma clínica de abortos? Eu não.