Depois do Público ter feito uma reportagem sobre o assunto, no dia 22 de Março, o país que tem opinião dividiu-se em 2 categorias: os que fingiram que nada aconteceu; e os do costume que clamaram por «pudor», apelaram à «decência» e, deslocadamente, agitaram o valor da «privacidade». Agregados a estes últimos apareceram, pendurados, alguns outros que, cada vez mais obsessivamente, gostam de pensar como os do costume.O silêncio prevaleceu durante uma semana. Apenas nos media. Nas conversas, as pessoas interrogavam-se, estranhavam e aguardavam respostas.
Teve de ser - o politicamente correcto, cuja patente, nós portugueses, registamos em muitos séculos de simulação tão assimiladamente colectiva que se tornou maquinal, acabou por ceder. Um a um, todos os órgãos de comunicação social começaram a investigar o caso e a descobrir mais desconformidades que exigem esclarecimentos.
O desconforto do poder é mais do que evidente. O mesmo se passa com os "sepulcros caiados" sempre afastados do ritmo do seu tempo, tão patético é o esforço de o quererem compassar.