Sempre me incomodaram os que exibem certezas absolutas sobre quase todas as componentes da realidade. Explicações totalizadoras para as coisas deste mundo (e do outro) são domínio da fé e não da razão – também por isso não sou religioso.
Nos últimos anos, a ecologia entrou paulatinamente nesses territórios. Transformou-se num sistema de crenças com pretensões a tudo elucidar, munida de acólitos uniformizados e fanatizados. ‘Eles’ possuem sempre a verdade na palma da sua mão direita. ‘Eles’ estão acima da lei. ‘Eles’ julgam que só os seus direitos contam e que as suas verdades são insindicáveis.
Segunda-feira à noite, na SIC-N, Mário Crespo desmontou as ilogicidades que o profeta verde Gualter Baptista quis alardear. Se a polícia se esquece para que serve, se a lei se revela inócua para proteger os direitos dos cidadãos, ainda bem que existem jornalistas assim.
* Publicado no Correio da Manhã