O Prof. Marcelo, hoje, até 5 minutos do final do programa, esteve quase bem. Ou seja, praticamente irreconhecível: equilibrado, analítico, até equidistante dos interesses em discussão.
Já estava a ficar pasmado demais, quando Flôr Pedroso inseriu o tema das eleições na Ordem dos Advogados. O Prof. avisou que não era advogado - depois comportou-se como se tivesse procuração mais do que bastante de um dos candidatos. Ele eram elogios, enquadramentos motivantes e paralelismos consigo mesmo, para o seu preferido - tudo a contrastar com o desenho do 'outro', o "justicialista", o candidato dos "descamisados", o "perigoso".
Descansei, com o conforto que traz o cumprimento das expectativas mais comuns. O Prof., por mais que pareça esforçar-se, acaba sempre por ser igual a si mesmo. E nunca corremos o risco de nos surpreendermos quando julgamos vislumbrar alguma sombra de imparcialidade numa sílaba que seja.