13.3.07

não é, na realidade, impressionante

Apesar das enormes somas recebidas da União Europeia a título de fundos de coesão, as desigualdades regionais em Portugal agravaram-se significativamente na última década e meia.###

Em 1991, a região Centro era a região mais pobre do país, com um o PIB per capita, medido em percentagem do PIB per capita médio do Continente, de 79%. Seguiam-se, por ordem crescente, o Norte (85%), o Alentejo (91%) e o Algarve (95%). A região mais rica era Lisboa - Vale do Tejo (128%).

Em 2004, Lisboa - Vale do Tejo continua a ser a região mais rica do país, e agora ainda mais rica em termos relativos, passando o seu PIB per capita para 142% (sempre medido em percentagem do PIB per capita médio do Continente). A região Norte passou para o último lugar, deteriorando-se a sua posição relativa, que é agora de 79%. As outras regiões tiveram ganhos moderados, passando a região Centro para 86%, o Alentejo para 94% e o Algarve para 103%.

Todas as regiões viram aumentar a sua pobreza relativa face à região mais rica do país. Neste período, medido em percentagem do PIB per capita da região de Lisboa - Vale do Tejo, o PIB per capita da região Norte passou de 66% para 56%, o da região Centro de 62% para 61%, o do Alentejo de 71% para 66% e o do Algarve de 74% para 73%.

Para um país que recebeu tanto dinheiro para atenuar as desigualdades regionais, o desempenho não é, na realidade, impressionante.