16.3.07

O cúmulo do politicamente correcto...

... também se pode encontrar num suposto esforço de tolerância em relação ao acervo de disparates que compõem as 'teses' criacionistas. Embrulhado no vago pressuposto de que "temos de ouvir todas as versões acerca da questão" aceita-se, ingenuamente, a agenda política daqueles cujo intento primordial é elevar o disparate à categoria de teoria científica. Isso é realizado quotidianamente e levianamente pela generalidade dos media. Aqui e além, no discurso político.
Agora que seja a Faculdade de Ciências de Lisboa a enobrecer, bovinamente, as atoardas religiosas que negam a própria essência da sua existência enquanto instituição, parece-me incompreensível. Isso não é tolerância - trata-se de cedência, pura e simples, ao disparate com agenda.