As reacções aos comentários feitos acerca do regresso de Paulo Portas ao CDS enfatizaram, todas elas, muito à portuguesa, aspectos de natureza pessoal, sugerindo que os comentadores mais críticos, entre os quais me incluo, não estimariam a pessoa em causa. Este género de apreciações diz bem do estado mental do país e, sobretudo, da relação de subserviência que ele tem, que teve sempre, em relação aos seus políticos mais ilustres.
Como é evidente, não está em causa a pessoa do Dr. Portas, nem poderia estar, porque não é ela que se nos é oferecida, nem sobre ela temos qualquer espécie de direitos. Não está, tão pouco, em questão o direito de um político, no caso concreto especialmente talentoso, em querer voltar a fazer aquilo que sempre fez e sabe fazer.
Do que verdadeiramente se trata é da consciência cívica da sociedade sobre a qual este político, ou outro qualquer, quer verter os seus talentos. Para esse efeito, Portas não é um principiante, um novato imberbe a quem é legitimo autorizar toda a sorte de inabilidades ou tropelias. Portas é, desde sempre, um profissional com experiência e provas dadas, com responsabilidades passadas e presentes nos media, nos partidos, na oposição e no governo. Por isso, se se foi embora e se quer regressar, tem de o fazer de modo a honrar o seu passado e a acalentar expectativas em relação ao seu futuro. Não pode – não deve, fazer declarações vagas, imprecisas e rápidas, como se tivesse saído para tomar um café e regressado cinco minutos mais tarde.
Uma sociedade que não tenha perante os seus políticos uma atitude de exigência, não é uma sociedade forte e nunca será uma sociedade liberal.
Como é evidente, não está em causa a pessoa do Dr. Portas, nem poderia estar, porque não é ela que se nos é oferecida, nem sobre ela temos qualquer espécie de direitos. Não está, tão pouco, em questão o direito de um político, no caso concreto especialmente talentoso, em querer voltar a fazer aquilo que sempre fez e sabe fazer.
Do que verdadeiramente se trata é da consciência cívica da sociedade sobre a qual este político, ou outro qualquer, quer verter os seus talentos. Para esse efeito, Portas não é um principiante, um novato imberbe a quem é legitimo autorizar toda a sorte de inabilidades ou tropelias. Portas é, desde sempre, um profissional com experiência e provas dadas, com responsabilidades passadas e presentes nos media, nos partidos, na oposição e no governo. Por isso, se se foi embora e se quer regressar, tem de o fazer de modo a honrar o seu passado e a acalentar expectativas em relação ao seu futuro. Não pode – não deve, fazer declarações vagas, imprecisas e rápidas, como se tivesse saído para tomar um café e regressado cinco minutos mais tarde.
Uma sociedade que não tenha perante os seus políticos uma atitude de exigência, não é uma sociedade forte e nunca será uma sociedade liberal.