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"A Estónia está a ser um pioneiro mundial", afirmou à AFP um membro da comissão nacional de eleições, Ulle Madisse. "Os estónios confiam as suas transacções financeiras à Internet preenchendo os papéis dos impostos e transferindo dinheiro por bancos on-line. Por que não confiar também o voto à Internet?", perguntou Ivar Tallo, director da Academia de Governação Electrónica, em Tallin, 80 quilómetros ao sul de Helsínquia.
Pois, se nem eles compreendem, se calhar não sabem o que estão a fazer. A razão pela qual se pode confiar na banca online é a existência de registos electrónicos e em papel que são independentes dos registos mantidos pelos bancos. Estes registos permitem aos clientes controlar as suas contas confrontando os registos privados com o registo mantido pelo banco. No caso do voto pela internet não existe nada de equivalente. Como o voto é secreto, cada eleitor conhece apenas o seu voto e os totais nacionais. Nenhum eleitor tem forma de saber como é que o seu voto foi contado porque não sabe em quem votaram os restantes eleitores.