“É uma treta”, diz o sindicalista Carvalho da Silva. “É um factor muito importante”, responde o gestor e militante do CDS Pires de Lima. Portugal surge invariavelmente nos últimos lugares nos índices internacionais de flexibilidade laboral. Mas dentro do país, personalidades como Vitor Constâncio dizem que a flexibilidade nos despedimentos individuais pode ser pouca, mas é compensada pela facilidade com que se despede colectivamente.Ignorando a treta do lider sindicalista, um dos maiores lutadores por essa nobre causa que consiste em tudo fazer para Portugal seja um país pobre e atrasado, atente-se na consideração que é atribuída ao governador do banco de todos nós, no suplemento de economia do Público de hoje. Uma empresa não pode despedir um incompetente para contratar um competente, mas, em compensação, pode despedir toda a gente e mudar-se para a Hungria. A empresa não pode despedir 2 ou 3 funcionários para tentar sobreviver, mas, em compensação, pode falir e mandar toda a gente para o desemprego. Ainda bem que temos compensações destas. Anteontem foi a Alcoa a compensar-se.
Dava um bom sketch para os gatos.
Posso despedir o João? Não.
Porquê? É proibido.
Posso despedir o João e mais vinte? Sim.
E não é proibido? Não.
E despedir o João? É.
E se for e João e mais 20? Não.
E isso não é contraditório? Pssst.