Pedro Arroja acreditou que a "adesão ao euro iria acabar com aquilo que nós sabíamos fazer, que eram, entre outras coisas, essas indústrias tradicionais. E iria acabar com elas sem que se vislumbrasse qualquer alternativa viável, como se verifica agora". Por isso, defendeu que Portugal não deveria aderir ao Euro.
Por outro lado, afirma (a meu ver, muito acertadamente ... digo eu, que não sou economista, nem Keynesiano!) que "o nosso atraso económico, que é ancestral"....logo, infelizmente, antecedendo o Euro, o SME, a própria União Europeia e a CEE...
### De facto, caro Pedro Arroja, eu nunca disse, nem acreditei que o Euro pudesse, por si só, resolver o nosso ancestral atraso económico (e não só...o nosso atavismo, parece-me, não se restringe apenas ao domínio económico!). Por isso, apesar de até nem desgostar de ilusionismo, em rigor, esse passe de mágica não foi por mim dançado!
Agora, parece-me que o que é bem português é esta nossa tendencia para encontrar "bodes expiatórios". Neste caso é o Euro, apesar de o nosso atraso, como disse, ser ancestral.....
Mas, pergunto eu (repito, que não sou economista, nem morro de amores por Keynes), qual seria, realmente, a alternativa? Defendermos a manutenção de uma pequena economia fechada, como a "do tal período do Estado Novo"?