25.6.04

CANDIDATOS

Acho um bocado esquisito andar a levantar questões sobre se alguém deve aceitar ou não a oportunidade única de ser Presidente da Comissão Europeia. Julgo que a coisa mais natural do mundo será aceitar. Eu faria isso. E não vejo que venha mal ao mundo por tal. São imponderáveis que surgem e há que saber assumir as coisas no tempo e lugar certos.
Para o cargo, é um bom candidato, seja pela experiência política e profissional, seja pelo carácter ligeiramente determinado, embora conciliador. Parece-me um bom perfil para o lugar.
Porque não aceitar?
Claro, eu preferia de longe o Chis Patten. Tinha tudo para dar certo. Mas não fala francês!.
A escolha de Durão trará alguma vantagem a Portugal? Acho que não. Mas também não é isso que se espera destes cargos, pois não? E nestas situações não se está propriamente a fazer contas de mercearia.

Acho mais difícil a situação interna. É que não se vê um candidato decente ao cargo de primeiro-ministro. Mas nada que rapidamente não se resolva. Espero é que Pedro Santana Lopes não seja o escolhido, seria mau de mais. Aí sim, seria "Pobre país. O nosso."
E se se tiver que ir para eleições, bora lá, que é sempre uma boa oportunidade para ajustar contas e dar animação a isto.

P.S. irritante a igorância dos jornalistas: então não é que dizem que Durão irá assumir uma Comissão com poderes reforçados, mercê do Tratado Constitucional Europeu? Mas eles não saberão que a dita cuja não foi ainda ratificada pelos 25 países? E que tal processo demorará, talvez, anos?