14.3.07

E 21 Anos Depois?

Interrogo-me um pouco sobre aquilo que Pedro Arroja descreve como sendo o resultado da adesão de Portugal ao SME (primeiro) e (depois, consequentemente) ao Euro. Sobretudo, interrogo-me sobre as alternativas realistas, viáveis.... Na realidade, postas as coisas do modo como Pedro Arroja as coloca (apesar de tudo, não sem alguma razão), parece que a opção alternativa (viável) seria defender as condições para que se insistisse num modelo de país (e de região) caracterizada por "um trabalhador industrial não qualificado (geralmente com um baixo nível de educação formal e pobre) e opera(ndo) predominantemente na indústria têxtil, do vestuário ou do calçado".

### Ora, a verdade é que, como o próprio Pedro Arroja também afirma, "a região Norte era já considerada uma região em declínio", antes da adesão ao SME e ao Euro; por isso o mal já viria de trás e de outros lados....


Mas, admitindo tudo, pergunto-me agora o que será o país (em geral) e sobretudo o Norte (em especial) depois de 2013. No fundo, o QREN (que palavrão!!!) consagra uma fatia muito considerável do envelope comunitário que receberemos até 2013, mais concretamente, no montante de 2.711.645.133 Euros para esta região (a título de Plano Operacional Regional Norte).


Como será, então, 21 anos depois? Teremos ou não unhas para, se não mesmo tocar guitarra, pelo menos para "afinarmo-nos" um pouquinho mais?