31.5.07

Como comprar o direito à greve

Tantos protestos nos comentários aos posts anteriores, mas não há nenhum esforço para tentar perceber a economia da greve. Isto é, um esforço para perceber os fenómenos sociais e económicos tal qual eles são sem paixões nem preconceitos ideológicos. Aquilo que eu defendo está a acontecer na realidade. As empresas privadas já descobriram formas de comprar o direito à greve dos trabalhadores. Limitaram-se a adoptar contratos que permitem descontar mais eficientemente os custos das greves. Passaram a adoptar contratos a prazo e dividir o salários em duas componentes, uma fixa e outra dependente dos resultados. Os contratos a prazo permitem que o empregador compre o direito de greve oferecendo em troca um novo contrato. A componente do salário variável permite que os empregadores comprem o direito de greve premiando os trabalhadores que não a fazem. São as leis da economia a triunfar sobre indisponibilidade do direito à greve.