24.7.07

Caro João Miranda,

«Ora, este súbito legalismo é uma novidade na política portuguesa e, de qualquer das formas, não tem qualquer fundamento. Sempre vivemos com leis que ninguém cumpre, sendo a antiga lei do aborto o exemplo mais evidente»

Sem querer discutir esta ou as demais afirmações na tua posta, apenas recordo que o argumento de que a não aplicação das penas de prisão que constavam da anterior lei do aborto foi muitíssimo mais utilizado pelos defensores da sua manutenção (era quase uma bandeira piedosa e compulsivamente agitada) do que por aqueles que queriam a sua revogação.