Teresa de Sousa escreve hoje no Público:
"(...)Não vale, pois, a pena atribuir à Europa responsabilidades que ela não tem. A paisagem política desenhada por este voto europeu, incluindo o alto nível de abstenção, tem mais a ver com as dificuldades que as democracias europeias sentem hoje perante desafios tão complexos como a globalização económica ou a heterogeneidade cada vez maior das suas sociedades, do que com a forma mais ou menos transparente e mais ou menos mobilizadora como funciona a União.(...)"
Nada mais errado.
As democracias europeias tem dificuldades é certo, mas não a este nível. As eleições parlamentares ou locais nunca têm este nível de alheamento.
Não vale a pena esconder o que é evidente, nem tentar virar o bico ao prego: Sim, é a "forma menos transparente e menos mobilizadora como funciona a União" que leva os eleitores a não ligarem ao PE.