Longe da pressão mediática, amanhã será dia de reflexão.
Em Dezembro, Jorge Sampaio tomou a decisão de dissolver a Assembleia da República, valorizando mais o património mediático em perda de um executivo objecto de uma forte corrosão por parte dos "agentes políticos" externos do que a sua legitimidade para governar que resultava da vontade dos portugueses e da forma natural como a actividade política relevante se desenrolava.
No domingo, teremos de optar entre penalizar um governo que nem sequer teve a possibilidade de cumprir o seu mandato, ou, pelo contrário, manifestarmos às altas instâncias do poder político e mediático que não nos deixamos manipular.
Eu estou descontente com o estado do país; mas sobretudo, com a classe política; a começar no Presidente da República, que tomou uma decisão sem precedentes e de consequências ainda não totalmente definidas, mas negativas, tornando o seu cargo num foco de instabilidade, e não num garante da unidade do Estado.
Do mesmo modo, no Sábado vou, em serenidade, decidir o sentido do meu voto. E pensar quem tem sabido, ao longo dos anos, dar rumo ao país.
Sem fait divers. Sem "factos políticos".
Pensem que, quando votam, estão a alienar parte do vosso futuro. Com quem querem partilhá-lo?