A 6 de Outubro de 1999, António Guterres declarou 3 dias de luto nacional pela morte de uma cantora de um estilo musical lisboeta. As eleições legislativas foram 4 dias depois. O que está em causa no caso da cantora é o mesmo que está em causa no caso da Dona Lúcia: a separção entre o estado e a sociedade civil. O estado não tem nada que assumir a dor e o luto de partes da sociedade, por muito representativas que sejam. Para o caso, a separação entre a igreja e o estado é irrelevante, porque não é pelo facto de uma senhara ser religiosa que a dor de quem sente a sua falta merece menos respeito.
PS- Os lutos fazem-se pelos vivos, não pelos mortos.
