Rui a. recupera um conjunto de notícias que citam Cavaco como querendo ver JS com maioria absoluta.
De facto, e numa óptica umbigocentrista que Cavaco tanto aprecia, uma maioria absoluta serve que nem uma luva os interesses do nosso Imperador de Boliqueime; pode assim patrocinar rapidamente uma "limpeza" no PSD, a tempo de ser, ainda, o candidato do centro-direita às presidenciais; é que, num cenário de uma "derrota por poucos", poderá não ser simples promover uma mudança de liderança para um elenco que não confronte Cavaco Silva com as suas "traquinices", antigas e recentes.
Com um novo PSD, à sua imagem e semelhança, Cavaco Silva chegará sem dificuldade ao trono presidencial.
E aí, no actual quadro constitucional, poderá avançar finalmente para a tão aspirada concentração de poderes sintetizada na máxima "Uma maioria, um Governo, Um Presidente": desgastando o governo neo-guterrista, rapidamente poderá promover a dissolução da Assembleia, levando ao "colo" para o poder os seus discípulos e seguidores leais. Apenas terá de seguir com atenção os ensinamentos de Jorge Sampaio, e os princípios da política da "terra queimada".
Cavaco quer ver Roma a arder, para renascer das cinzas. Espero é que entretanto o país não arda de uma forma irrecuperável.