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Curiosamente, esta notícia foi muito pouco comentada. Poder-se-á tratar de mais uma boutade de Santana mas, que me tenha apercebido, não houve até à data qualquer desmentido de Miguel Cadilhe. Se for verdade, justificava-se que Cadilhe se associasse à campanha.
Certo é que, a eventual inclusão de Cadilhe num futuro elenco de Santana, garantiria a este uma muito maior credibilidade. E se é impossível uma escolha entre Sócrates e Santana, já seria mais fácil optar entre os hipotéticos nºs 2, entre um mítico António Vitorino, guindado aos píncaros sem que alguém lhe conheça obra feita e, por outro lado, um lendário Miguel Cadilhe, hoje considerado o melhor Ministro das Finanças de sempre, inclusivamente por aqueles que então o vilipendiaram.
Se Cadilhe aceitasse ser o nº 2 formal, seria na condição de ser o nº 1 de facto, de impor as condições de toda a governação, corrente ou estratégica. Trata-se de uma personalidade forte, que sabe muito bem o que quer e não estaria preocupado com futuras eleições, sendo um tal perfil hoje imprescindível no Governo. A cargo de Santana poderia ficar o espalhafato mediático, a única coisa que ele vai sabendo fazer.
Face à pobreza que constitui a alternativa Socrática, não ficaríamos muito mal com um cenário destes.