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Ao Estado, por princípio, deve estar vedada a possibilidade de retirar a alguém os seus direitos básicos. E conceder-lhe legitimidade jurídica de tirar a vida a quem quer que seja é o excesso mais perigoso, capaz, em si mesmo, de viabilizar todos os demais. A justificação desta conduta anti-jurídica soa-me, sempre, aos velhos ditames do Código de Hamurabi ou às premissas do Exodus: "Olho por olho, dente por dente".