A revista Época desta semana contém um interessante dossier sobre ateus e crentes, tendo como ponto de partida a recente publicação do último livro do norte-americano Daniel Dennett, Breaking the Spell, autor conhecido pelas suas posições fortemente críticas da religião.
No limite, a polémica continua a oscilar nos mesmos parâmetros de sempre: para os ateus a ciência já quase consegue provar a inexistência de Deus, pese embora ainda esse «pequeno quase» que continua a falhar; enquanto que os crentes persistem em dizer que a ciência e Deus são não só conciliáveis, como inexplicáveis um sem o outro. Na verdade, não obstante o estado relativamente evoluído das investigações sobre a origem do cosmos, antes e no momento do big bang, falta ainda responder concludentemente sobre o que existia antes desse momento e porque razão ele teve lugar. Falta, igualmente, explicar a forma como a vida se criou e, mais importante do que isso, se a sua evolução, eventualmente inteligível pela ciência, foi acidental ou intencional. Como, também, os crentes não conseguem demonstrar a existência de Deus, pelo menos, não conseguem apresentar evidências da sua existência, que a ciência possa validar como provas nos termos metodológicos geralmente aceites.
Numa palavra, acreditar em Deus ou na sua inexistência continua a ser, como sempre foi, uma questão de fé.
No limite, a polémica continua a oscilar nos mesmos parâmetros de sempre: para os ateus a ciência já quase consegue provar a inexistência de Deus, pese embora ainda esse «pequeno quase» que continua a falhar; enquanto que os crentes persistem em dizer que a ciência e Deus são não só conciliáveis, como inexplicáveis um sem o outro. Na verdade, não obstante o estado relativamente evoluído das investigações sobre a origem do cosmos, antes e no momento do big bang, falta ainda responder concludentemente sobre o que existia antes desse momento e porque razão ele teve lugar. Falta, igualmente, explicar a forma como a vida se criou e, mais importante do que isso, se a sua evolução, eventualmente inteligível pela ciência, foi acidental ou intencional. Como, também, os crentes não conseguem demonstrar a existência de Deus, pelo menos, não conseguem apresentar evidências da sua existência, que a ciência possa validar como provas nos termos metodológicos geralmente aceites.
Numa palavra, acreditar em Deus ou na sua inexistência continua a ser, como sempre foi, uma questão de fé.