Uns dias na maior cidade do Magrebe foram suficientes para mudar a imagem que a comunicação social nos transmite a toda a hora sobre o norte de África. Estive numa cidade ocidentalizada, com muitos McDonald e Pizza Hut, hotelaria dominada pelas grandes cadeias europeias e americanas e com as lojas das grandes marcas globais todas presentes.
E as mulheres? A maioria veste à ocidental e em muitos casos os tamanhos dos decotes competem generosamente com os das mulheres das mais mundanas metrópoles do Mediterrâneo.
Depois há a outra parte, a que se autoidentifica com vários símbolos que vão desde os simples lenços, aos hijabs e a outras vestimentas de origem geográfica ou tribal. Uma pequena minoria usa o niqab, que cobre quase tanto como a burqa, deixando apenas os olhos de fora. O que é certo é que a enorme maioria das mulheres (ainda?) não se mostra dependente de fundamentalismos religiosos. A islamização da sociedade que estará a acontecer em algumas zonas do norte de África não parece estar a conquistar o maioria dos corações nesta cidade. Enquanto houver liberdade.
