8.10.07

Estou indignado porque tu não te indignas

Por falar em sociedade que se diz ateia e racional. A discussão sobre o facto de Pacheco Pereira não ter condenado o vandalismo do cemitério judeu (aqui, aqui) mostra bem a pobreza da opinião pública portuguesa. A condenação do nazismo e do anti-semitismo, ainda por cima num ambiente de unanimismo, é das formas mais fáceis, mais preguiçosas, mais vazias e mais inconsequentes de participar na discussão pública. Tão vazia que muita gente só faz essa condenação para depois poder apontar o dedo a quem não a fez. É uma forma de marcar pontos morais. Dado que o que está errado no nazismo e no anti-semitismo é tão óbvio, sinceramente não percebo o que é tem de especial o facto de Pacheco Pereira não se dar ao trabalho de fazer qualquer condenação.