Veja-se esta notícia do http://diariodigital.sapo.pt/ . Ela tem todos os tópicos daquilo que constitui a novilíngua constituída em nome do ambiente:
«Ambiente: população mundial disposta a mudar estilo de vida
Quatro em cada cinco pessoas afirma-se disponível para mudar o seu estilo de vida, caso tal contribua para melhorar o ambiente do planeta.»
A sério? Foi feita uma sondagem mundial? E as pessoas estão dispostas a mudar o quê?
«A conclusão é de um estudo encomendado pela BBC, tendo por base as respostas de cerca de 22 mil pessoas, entre elas, chineses e americanos, cidadãos dos dois países que mais contribuem para as emissões de dióxido de carbono, para a atmosfera.»
Afinal foram 22 mil que representam o mundo. Interessante será saber como e onde vivem os inquiridos. Por exemplo os chineses e os norte-americanos do inquérito.
«O inquérito, a que a Rádio Renascença alude na sua edição desta segunda-feira, revela ainda que três em cada quatro pessoas são igualmente favoráveis ao aumento dos impostos sobre a energia a os combustíveis mais poluentes, desde que tenham garantias de que o dinheiro é utilizado para investimentos em formas de energia mais amigas do ambiente ou na melhoria da eficiência energética. Entre os mais entusiastas desta solução estão os chineses, surgindo os russos e os italianos como os mais cépticos ou menos favoráveis à ideia. »
O mudar de vida afinal é sobretudo estar disposto a pagar mais impostos. A energia nuclear faz parte daquilo que os autores do inquérito definem como 'formas de energia mais amigas do ambiente'?
«No entanto, apesar destas diferenças, mais de 80% dos inquiridos está de acordo e diz-se disponível para mudar o seu estilo de vida, de forma a beneficiar o ambiente.»
Ó desgraça! Apesar da população mundial estar reduzida a 22 mil habitantes e portanto poder governar-se por um sistema de voto directo qual cantão suíço ainda há quem discorde da maioria: 20% dos 22 mil habitantes do planeta Terra não estão disposto a mudar de vida em nome do ambiente, sendo que mudar de vida neste linguarejar é pagar mais impostos.
