Todos felicitam Teixeira dos Santos por ter suspendido a decisão da Caixa Geral de Aposentações que obrigava uma funcionária a regressar ao serviço, embora incapacitada.
Eu não.
Até aprecio este ministro das Finanças que conseguiu ser tudo aquilo que Ferreira Leite só anunciou. Mas a Caixa de Aposentações não anda permanentemente a reiterar estes desvarios por acaso: têm de existir instruções hierárquicas que moldem as suas decisões. Também porque o Governo só emenda a mão quando a Comunicação Social acusa – e os casos que não são noticiados? Depois, é por culpa exclusiva do Governo que ainda não entrou em vigor a nova lei sobre as juntas médicas.
Por último, só mesmo um terceiro mundismo irremediável é que permite considerar normal que um caso de uma funcionária de uma autarquia de Ponte de Lima seja resolvido, avulsamente, no Terreiro do Paço.
* Publicado anteontem no Correio da Manhã