Sérgio Vieira acaba de se demitir de presidente da Comissão Política Concelhia do PSD do Porto e irá solicitar a convocação de novas eleições para meados de Janeiro, não pretendendo recandidatar-se. Ao que se diz, sai em completa ruptura com Rui Rio, de quem foi um dos maiores sustentáculos e o principal obreiro da sua candidatura vitoriosa em 2001, lançada curiosamente sob o lema da “ruptura”.
Um crescente mal estar ao nível das freguesias laranjas e um “distanciamento, autismo e arrogância” cada vez maiores de Rui Rio face ao PSD profundo, terão estado na base da demissão. A sangria de apoios internos que vem sendo cada vez mais nítida em simultâneo com um “cerco invisível” que Menezes lhe vem montando, estão gradualmente a transformar Rio num general sem tropas. Nada disto seria importante se ele soubesse criar uma empatia directa com o eleitorado, mas falta-lhe o que sobeja em Menezes, capacidade de comunicação e de sedução, o que o torna bem mais dependente do aparelho.
A sua reeleição para a Câmara fica agora comprometida e começaremos porventura a assistir ao esboroar de mais um mito.