Já o LR prefere, dentro do mesmo registo, destacar que «Sérgio Vieira demitiu-se de presidente da comissão política do PSD».
Mas quem é Sérgio Vieira? Ainda não há uma Hola ou uma Caras especializada que nos ilumine.
.
Desculpar-me-ás caro LR, mas a tua análise fez-me recordar os tempos soviéticos, em que se estudavam as fotos dos dirigentes alinhados numa qualquer parada para ver se algum deles estava numa posição mais próxima ou mais afastada do líder. E em caso de mudanças, logo se anunciavam mil e uma teorias interpretativas de movimentações underground das cliques e do aparelho, traçavam-se cenários geométricos e se previa o futuro.
Tal como na URSS, bem sei que é nesse tipo de pequenos comités - em Portugal, as distritais, que muito do sistema político se decide. É no seio dos seus grupúsculos que se traçam fidelidades ou inimizades pessoais disfarçadas de conflito político. Onde se arregimentam números para listas, onde se decide se «avança» ou não, a favor ou contra quem. Dali emanam as indicações de deputados, governadores civis, administradores hospitalares, directores dos centros de emprego, os directores regionais da educação, da saúde, da segurança social, de meia centena de fundações, os presidentes e administradores de centena e meia de empresas municipais, de associações, vogais com senhas de presença em tudo o que é organismo, comissões de avaliação, de acompanhamento, ......
O que é supreendente não é que existam Sérgios Vieiras ou Marcos Antónios que até conseguem, em iniciáticas «estratégias», estarem em ruptura ou apoiarem sabe-se lá quem e porquê, Aquilo que espanta mesmo é que ainda se aceite ou se seja conformista com tal forma de funcionamento, com tal tipo de regedores, com o total vazio, com a mesquinhez da coisa. Espanta-me, sinceramente, que seja dessa forma que o sistema político consiga sobreviver e a administração engordar à custa do contribuinte. E que ninguém, mas mesmo ninguém, se insurja ou sequer faça o escrutínio de tal gente.
.
Desculpar-me-ás caro LR, mas a tua análise fez-me recordar os tempos soviéticos, em que se estudavam as fotos dos dirigentes alinhados numa qualquer parada para ver se algum deles estava numa posição mais próxima ou mais afastada do líder. E em caso de mudanças, logo se anunciavam mil e uma teorias interpretativas de movimentações underground das cliques e do aparelho, traçavam-se cenários geométricos e se previa o futuro.
Tal como na URSS, bem sei que é nesse tipo de pequenos comités - em Portugal, as distritais, que muito do sistema político se decide. É no seio dos seus grupúsculos que se traçam fidelidades ou inimizades pessoais disfarçadas de conflito político. Onde se arregimentam números para listas, onde se decide se «avança» ou não, a favor ou contra quem. Dali emanam as indicações de deputados, governadores civis, administradores hospitalares, directores dos centros de emprego, os directores regionais da educação, da saúde, da segurança social, de meia centena de fundações, os presidentes e administradores de centena e meia de empresas municipais, de associações, vogais com senhas de presença em tudo o que é organismo, comissões de avaliação, de acompanhamento, ......
O que é supreendente não é que existam Sérgios Vieiras ou Marcos Antónios que até conseguem, em iniciáticas «estratégias», estarem em ruptura ou apoiarem sabe-se lá quem e porquê, Aquilo que espanta mesmo é que ainda se aceite ou se seja conformista com tal forma de funcionamento, com tal tipo de regedores, com o total vazio, com a mesquinhez da coisa. Espanta-me, sinceramente, que seja dessa forma que o sistema político consiga sobreviver e a administração engordar à custa do contribuinte. E que ninguém, mas mesmo ninguém, se insurja ou sequer faça o escrutínio de tal gente.